segunda-feira, 26 de abril de 2010


Religiões da China (Tauismo, Confucionismo, Budismo Ch'an)
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Das três mais importantes religiões ou “caminhos” da China – tauismo, confucionismo, e budismo – as duas primeiras foram levadas para o Japão por comerciantes e missionários.” (em “Dicionário Ilustrado das Religiões”, de Philip Wilkinson, p. 67).
Diferente do budismo, porém, o tauismo e confucionismo não se tornaram religiões universais, (à excepção do confucionismo que foi expandido para o Japão) mas têm permanecido basicamente na China e onde quer que a cultura chinesa firmasse sua influência. (Em “O Homem em Busca de Deus”, Autor não referênciado, p. 161)
Além destas três religiões que se destacaram, “existe uma série de outros pensadores, sábios e filósofos chineses cujas doutrinas evidenciaram durante algum tempo uma grande divulgação na China, mas que, em última análise, não conseguiram acompanhar o significado do confucionismo e do tauismo.
Após o seu surgimento na China, o budismo adoptou muitas características das primeiras formas religiosas chinesas, como, por exemplo, o culto dos antepassados e dos mortos ou o culto imperial e estatal, que não pertencem às características originais do budismo. O buda Amitabha (Amida) goza de especial veneração na China, por ser associado ao pensamento chinês antigo da ordem do mundo moral.” (Em “Religiões do Mundo”, de Markus Hattstein, p. 47).
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Tauismo:
Para melhor se explicar os fundamentos do Tauismo é importante explicar o conceito fundamental chinês de “Tao”. A palavra em si significa “caminho, estrada, ou vereda”. Por extensão, pode também significar “método, princípio, ou doutrina”.(...) em vez de crerem num Deus Criador, que controla o universo, eles criam numa providência, uma vontade do céu, ou simplesmente o próprio céu como causa de tudo.(...) de início, o Tauismo era basicamente uma escola de filosofia. Reagindo contra as injustiças, os sofrimentos, a devastação e a futilidade resultantes do cruel domínio do sistema feudal da época, os taoístas criam que o caminho para encontrar a paz e a harmonia era retornar à tradição dos antigos, antes de existirem reis e ministros que dominavam o povo. Seu ideal era levar a tranquila vida rural, em união com a natureza. (...) No entanto, o Tauismo não permaneceria por muito tempo como filosofia passiva.
Na sua tentativa de estar em comunhão com a natureza, os taoístas tornaram-se obcecados com a perenidade e a resiliência da natureza. Especulam que, se a pessoa vivesse em harmonia com Tao, ou o caminho da natureza, ela talvez pudesse de algum modo penetrar nos segredos da natureza e tornar-se imune ao dano físico, a doenças e até à morte.(...)
Com o tempo, o Tauismo lentamente se degenerou num sistema de idolatria e superstição. Cada pessoa simplesmente adorava seus deuses e deusas preferidos nos templos locais, pedindo-lhes protecção contra o mal e ajuda para ganhar fortuna terrena. Os sacerdotes eram contratados para realizar funerais, seleccionar locais propícios para sepulturas, casas e negócios, comunicar-se com os mortos, afastar os maus espíritos e fantasmas, celebrar festividades e realizar vários outros rituais. Assim, o que começara como escola de filosofia mística se transformou numa religião profundamente atolada na crença em espíritos imortais, inferno de fogo e semideuses... (em “O Homem em Busca de Deus”, Autor não referênciado, pequenos fragmentos das p. 163, 167, 168, 169, 173 e 174).
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Confucionismo:
“(...) O confucionismo que pode serdenominado por culto estatal, exige o respeito pela tradição social e a colaboração activa do indivíduo no bem do todo.” (Em “Religiões do Mundo”, de Markus Hattstein, p. 40).
Confúcio recebeu uma boa educação na sua infância, adolescência e juventude e revelou desde muito novo, grande interesse pelas tradições espirituais da China.
(...) Ele ensinava música, poesia, literatura, educação cívica, ética, ciência, (...) chegando a ter 3.000 alunos. No Oriente, Confúcio é reverenciado principalmente como mestre por excelência. (Em “O Homem em Busca de Deus”, Autor não referênciado, p. 176)
Confúcio acreditava na ordem e que esta só podia ser conseguida através do respeito pelo próximo e da veneração pelos nossos antepassados. Foi Confúcio quem criou a palavra tao, que significa o Caminho, ou a busca da bondade e da harmonia na vida.
“Os confucionistas crêem no jen, delicadeza e lealdade em todas as circunstâncias, e em hsaio, as cinco relações de amizade e que cada um tinha que demonstrar essas qualidades. As cinco relações de amizade eram entre pai e filho; entre irmãos mais velhos e irmãos mais novos; entre marido e mulher; entre mais idosos r mais jovens; entre governantes e governados.” (Em “As Religiões do Mundo”, de Lynn Underwood, p. 26 e 27)
“Visto que Confúcio pouco falou em Deus, muitos encaram o confucionismo apenas como filosofia e não como religião. Todavia, o que ele disse e fez mostrou que ele era religioso. Pode-se ver isso em dois aspectos. Primeiro, ele tinha temor reverente de um supremo poder espiritual cósmico, que os chineses chamam de T’ien, ou Céu, que ele considerava como a fonte de toda a virtude e bondade moral, e cuja vontade, achava ele, dirige todas as coisas. Segundo ele, dava grande ênfase à meticulosa observância de ritos e cerimónias relacionadas com a adoração do céu e dos espíritos dos ancestrais falecidos.
Embora Confúcio jamais sustentasse tais conceitos como forma de religião, para gerações de chineses eles se tornaram o que religião realmente significa.” (em “O Homem em Busca de Deus”, Autor não referênciado, p. 175).

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