sexta-feira, 27 de junho de 2025

O humano que a IA não substitui



Hoje eu quero levantar uma reflexão profunda sobre o uso da inteligência artificial na educação.

Sim, a IA pode ser uma grande aliada. Ela acelera processos, personaliza o ensino, ajuda a diagnosticar dificuldades. Mas será que estamos olhando para o que realmente importa?

Tem uma tendência — especialmente entre as grandes empresas de tecnologia — de enxergar a educação como um campo de negócios. Elas falam em inovação, personalização, acessibilidade... Mas no fundo, muitas vezes o que está em jogo é escala, lucro e redução de custos.

E aí eu pergunto: quem vai cuidar do emocional dos alunos?
Quem vai perceber quando um olhar está triste, quando um sorriso é forçado, quando um aluno está prestes a desistir?

A IA simula empatia, mas não sente.
Ela responde, mas não se conecta.
Ela calcula, mas não acolhe.

Nenhum algoritmo substitui a escuta de um professor atento. Nenhum chatbot é capaz de inspirar como uma professora que acredita no potencial de um aluno desacreditado por todos.

Por isso, o debate não é se devemos usar IA. Devemos, sim! Mas como usá-la. E, principalmente, sem jamais perder de vista que o centro da educação é humano.

A tecnologia tem que servir às pessoas — e não o contrário.

Eu acredito em uma escola com IA, mas com o professor no centro.
Uma escola que avança, sem abrir mão do afeto.
Porque educar não é apenas transmitir conteúdo.
É formar pessoas. E isso, nenhuma IA vai conseguir substituir.

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