Assim
como a internet nos anos 90, a IA chegou para mudar a vida das
pessoas e, para entender seu potencial, é preciso conhecer sua
história.
Para entender como a IA vai impactar no emprego e na sua carreira
profissional, é importante entender o que é, sua história e seus
impactos potenciais.
Em primeiro lugar, a IA está marcando uma nova era, semelhante,
mas muito mais poderosa do que o que significou a chegada da internet
nos anos 90. Está entrando em nossa sociedade de forma exponencial
e, nos últimos 3 anos, está vivendo um verdadeiro boom, pois
estamos em um verdadeiro ponto de inflexão.
Ao longo do tempo, os computadores evoluíram de simples
calculadoras que lidavam com números e matemática para dispositivos
mais complexos que lidam com palavras, imagens e sons. Atualmente,
até mesmo contamos com computadores altamente sofisticados, como o
smartphone que você carrega no bolso ou por onde você está lendo
esse texto neste exato momento, capazes de interpretar nossos pedidos
e convertê-los em ações.
Essa capacidade é alcançada graças aos famosos algoritmos. Um
algoritmo pode ser comparado a uma receita, e assim como um
cozinheiro segue uma receita, um computador segue as instruções do
algoritmo para produzir o resultado desejado.
O desenvolvimento da IA como a conhecemos hoje ocorreu no século
XX, especialmente na metade do século, com figuras proeminentes como
Alan Turing. Turing contribuiu com o “teste de Turing”, um
experimento mental onde um humano interage com uma máquina e uma
pessoa sem saber qual está por trás de cada fenda, avaliando a
capacidade da máquina de dar respostas que se assemelham à
inteligência humana.
A partir daí, vários marcos importantes começaram a surgir. Nos
anos 60, o primeiro chatbot foi criado por Joseph Wiezenbaum no
Laboratório de Inteligência Artificial do MIT.
Na década seguinte, surgiu o aprendizado automático e o
desenvolvimento de algoritmos de classificação, como o Perceptron,
mas o grande feito dos anos 90 foi a famosa vitória da inteligência
artificial Deep Blue da IBM sobre o campeão mundial de xadrez Garry
Kasparov. Muitos dizem que foi a mudança de paradigma da IA.
Mas a verdadeira revolução na inteligência artificial só
ocorreria com a chegada da internet, dando acesso a grandes volumes
de dados por meio das redes. Foi aí que o aprendizado automático
floresceu — permitindo que as máquinas aprendessem de forma
autônoma, comparando seus resultados com informações reais. Esse
enfoque, conhecido como “machine learning” ou aprendizado
automático, transformou a IA em uma ferramenta que pode se adaptar e
evoluir por si mesma.
A tecnologia de aprendizado automático está em nosso ambiente
cotidiano, desde estacionamentos que reconhecem placas até suas
compras online ou suas próprias redes sociais. À medida que o
volume de dados aumenta exponencialmente, o aprendizado automático
nos leva a um futuro onde as máquinas explorarão o vasto universo
de informações em busca de novos conhecimentos, sem a necessidade
de instruções específicas.
Como resultado de tudo isso, e a partir de 2010, houve um avanço
enorme com a popularização do aprendizado profundo (também
conhecido como “Deep learning”, em inglês), sendo uma
subdisciplina e uma evolução natural do aprendizado automático
focada no treinamento de modelos computacionais, chamados redes
neurais artificiais, para realizar tarefas específicas sem usar
algoritmos explícitos. Imagine essa rede como camadas empilhadas.
Ele é chamado de “profundo” porque envolve o uso de redes
neurais com múltiplas camadas. Cada camada da rede ajuda a entender
diferentes aspectos da informação. É como se você estivesse
olhando para uma foto: a primeira camada poderia notar as bordas, a
próxima as cores, depois o tamanho e assim por diante até chegar a
detalhes mais complexos.
O mais fascinante de tudo é que essas camadas aprendem sozinhas à
medida que veem mais exemplos. Se você mostrar muitas fotos de
cachorros, a rede neural aprenderá automaticamente quais
características fazem um cachorro ser um cachorro. Isso é útil
para tarefas como reconhecimento de imagens ou compreensão do
significado das palavras em um texto.
O aprendizado profundo tem sido muito útil porque permite que os
computadores aprendam de forma mais semelhante à nossa, com base em
como nosso cérebro funciona, reconhecendo padrões em dados
complexos. E essa tecnologia está sendo amplamente aplicada em nosso
dia a dia, como reconhecimento facial, recomendações de filmes e
séries que recebemos em plataformas como Netflix, os famosos
assistentes de voz como Alexa, traduções automáticas, anúncios
personalizados e centenas de aplicativos mais.
Vídeo da aula de produção de prompts com os alunos do Ensino Médio da E.E.M JOSÉ DE ALENCAR - Fortaleza/ Ce
1. Persona
Você pode pedir para o ChatGPT emular uma persona, ou seja,
escrever dentro de um estilo específico. Você pode pedir para ele
imitar um escritor/autor famoso, ou imitar alguém trabalhando em uma
profissão específica.
Veja alguns exemplos de trechos (em negrito) que você pode usar
para incorporar uma persona em seus prompts:
“Eu quero que você escreva como um especialista em
mídias sociais criando um conteúdo comercial para
vender um curso de Técnicas de Produtividade e Alta Performance”.
“Eu quero que você escreva como um professor de
pós-graduação promovendo seus próprios cursos”
“Eu quero que você escreva como um influenciador
de produtividade recomendando um curso bem
conceituado”
Qualquer uma das opções acima já fariam leves alterações na
escolha de vocabulário do ChatGPT.
A persona altera vocabulário (dependendo do profissional
escolhido), profundidade e detalhes (quando você pede para escrever
como um especialista) e estilo de escrita (quando você pede para
imitar alguém conhecido).
2. Tarefa detalhada (passo-a-passo)
Depois que especificar a persona você detalhará a tarefa o
máximo possível, abaixo tem um exemplo com roteiro de viagem onde
você personalizaria o conteúdo entre parênteses com as suas
necessidades:
“Eu quero que você monte um roteiro de viagem de (X) dias
saindo de (cidade) em (data) e voltando em (data), passando pelas
cidades (A, B, C) e me deslocando de (carro e trem)”.
3. Contexto, restrições e objetivos
Continuando o exemplo acima. Você explicaria para o ChatGPT os
motivos da viagem: “Essa é uma viagem de (férias) de (1) pessoa
(estilo do viajante) que está conhecendo essas cidades pela
(primeira) vez”.
Você ainda pode acrescentar restrições: “Não quero que o
roteiro inclua (casas noturnas, festas ou passeios de barco)”.
E objetivo: “O principal objetivo da viagem é (descansar,
refletir e me conectar com a natureza)”.
4. Modificadores
Ao longo do prompt você pode inserir algumas palavras (geralmente
adjetivos, numerais e advérbios) que afetam significativamente o
tipo e a qualidade do resultado do ChatGPT, seguem alguns exemplos
que você pode utilizar:
Extensiva: Indica que a resposta deve ser
abrangente, detalhada e incluir uma ampla gama de informações.
Incomum: Indica que a resposta deve abordar
aspectos que são raros, pouco frequentes ou fora do comum.
Máximo: Solicita uma resposta que maximize
um determinado aspecto, como eficiência, benefícios ou impacto.
Mínimo: Indica que a resposta deve ser
reduzida ao mínimo possível, com foco na essência ou nas
consequências mínimas.
Crítico: Solicita uma resposta que seja
negativa, cética ou que aponte falhas e problemas.
Favorável: Indica que a resposta deve ser
positiva, favorável ou que destaque os benefícios de algo.
Ideal: Indica que a resposta deve descrever
uma situação perfeita, idealizada ou que atenda a todos os
critérios desejáveis.
Realista: Solicita uma resposta que seja
prática, baseada em acontecimentos reais ou que leve em
consideração limitações e restrições para ser executada.
Futurista: Indica que a resposta deve ser
especulativa sobre o futuro, considerando avanços tecnológicos,
tendências ou inovações.
Conservador: Solicita uma resposta que seja
cautelosa, tradicional ou que preserve valores e práticas
estabelecidas.
Prático: Indica que a resposta deve ser
direcionada para a aplicação prática, funcionalidade ou utilidade
do tema em questão.
Completo: Indica que a resposta deve ser
abrangente e incluir todos os aspectos ou informações relevantes
sobre o tema.
Particular: Solicita uma resposta que seja
específica para uma situação, contexto ou grupo particular.
Imparcial: Indica que a resposta deve ser
neutra, imparcial ou que considere diferentes perspectivas sem se
inclinar para nenhum lado.
Local: Solicita uma resposta que foque em
aspectos específicos de um lugar ou região.
Provável: Solicita uma resposta que seja
baseada em probabilidades altas, chances ou ocorrências mais
prováveis.
Improvável: Indica que a resposta deve
considerar possibilidades remotas, eventos pouco prováveis ou
ocorrências improváveis.
Eficiente: Solicita uma resposta que seja
otimizada, produtiva ou que atinja resultados desejados com o mínimo
de recursos.
Tradicional: Indica que a resposta deve
considerar práticas, costumes ou abordagens estabelecidas e de
longa data.
Inovador: Solicita uma resposta que seja
criativa, original ou que envolva ideias novas e disruptivas.
Sustentável: Indica que a resposta deve
levar em consideração aspectos de sustentabilidade, impacto
ambiental ou equilíbrio a longo prazo.
Específico: Solicita uma resposta que seja
precisa, detalhada e focada em aspectos específicos do tema em
questão.
5. Formato da resposta
Você pode especificar para o ChatGPT qual o formato desejado do
resultado.
Exemplo:
Escreva como um guia turístico e organize meu roteiro de
viagem de 1 semana pelo Nordeste brasileiro, listando as
cidades e separando as atividades por dia dentro de cada cidade.
Gostaria de explorar os principais pontos turísticos de Salvador,
Recife e Fortaleza.
O formato no prompt também pode ser indicado de outras maneiras,
veja esses exemplos:
formato de artigo
formato de arquivo de legendas para um vídeo
dividido em 10 slides para fazer um carrossel no Instagram
em capítulos para organizar em um e-book
formato de newsletter
Você também pode pedir o resultado no formato de uma
tabela, podendo inclusive mencionar que dados você quer em
cada linha e cada coluna.
Exemplo:
Crie uma tabela com as principais empresas do mercado
financeiro. Coloque uma empresa por linha e crie colunas com o nome
da empresa, site, descrição dos serviços oferecidos.
6. Espaço para criatividade
Quando estiver solicitando uma tarefa ao chatGPT ao final dos
detalhes, inclua uma expressão que dê oportunidade para o ChatGPT
tentar te surpreender com algo inesperado. Essa é uma chance do
ChatGPT ir além do que você imaginava inicialmente para aquela
tarefa.
Alguns exemplos de expressões que você pode utilizar:
“e outras informações relevantes para melhorar minhas vendas.”
“e outros tópicos importantes para deixar minha aula mais
completa.”
“e outros argumentos fortes para tornar meu conteúdo mais
convincente.”
“e outras despesas necessárias para executar esse processo.”
“e outros componentes significativos para um planejamento de
sucesso.”
7. Fontes de informação
O ChatGPT possui uma base de conhecimento que vai até
setembro/2021 e mesmo assim você não sabe se, ao criar sua
resposta, ele vai usar conteúdo vindo de uma fonte confiável. Ou
seja, o conteúdo pode estar tanto desatualizado quanto não ser
verídico.
Para contornar esse problema, ao enviar seu prompt, você pode
enviar os dados que você quer que sejam utilizados. Por exemplo,
através de plugins, você pode enviar links ou arquivos PDFs para
ele usar como fonte de informação ao criar conteúdo.
Você também pode enviar seus próprios textos, ou apenas uma
lista de fatos que você deseja que sejam incluídos ou considerados
ao criar a resposta.
Sempre que estou trabalhando em um conteúdo técnico eu faço
primeiro uma pesquisa de fontes confiáveis de informação e depois
utilizo essas fontes na criação do conteúdo, eu não deixo que o
ChatGPT busque esses dados sozinhos.
Isso melhora a qualidade do meu trabalho e me ajuda a produzir
conteúdo sempre atualizado.
Outro cuidado: ao enviar um conteúdo com fatos e dados para mudar
o estilo de escrita, às vezes o ChatGPT inventa algumas informações
enquanto reescreve. Para tornar mais fácil o trabalho de revisão
você pode acrescentar uma observação do tipo: “não inclua
nenhum fato ou dado que não esteja mencionado no texto abaixo”
8. Continuar a resposta
Se o ChatGPT parar de escrever antes de completar a resposta,
basta digitar “continue” (ou clicar no botão “Continue
Generating”) que ele continua escrevendo de onde parou.
Quando sua solicitação requer uma resposta longa, o ChatGPT vai
pausar antes do fim. Pode ser por falhas de comunicação entre seu
browser e a Open AI, ou um dispositivo de segurança para evitar
travamentos com pedidos muito longos e complexos.
Em algumas situações, ao invés de continuar a resposta de onde
parou, ele começa a escrever novamente do início. Nesses casos é
melhor quebrar sua solicitação em prompts que produzam conteúdos
menores.
9. Melhorando a resposta
Após receber o primeiro resultado você pode ir refinando dando
novos comandos, seguem alguns exemplos:
Reescreva como se você fosse um (corretor de viagens
especializado em viagens na natureza).
Remova o (segundo) parágrafo e adicione conteúdo falando
sobre (inovação corporativa).
Me dê sugestões para tornar esse conteúdo mais atraente
para (pessoas jovens na busca de adquirir seu primeiro imóvel na
cidade de São Paulo).
Reescreva no formato de (tópicos) organizando por
(diferentes tipos de clientes).
Mantenha cada parágrafo com no máximo (300) caracteres.
As sugestões podem ser melhorias ou mudanças em qualquer aspecto
do comando inicial:
Você pode mudar a persona que você quer que o ChatGPT use
no estilo de escrita.
Você pode dar um novo contexto.
Você pode adicionar novas restrições.
Você pode mudar o objetivo.
Você pode mudar o formato de saída.
Você pode inclusive dar comando para uma nova tarefa usando
como base o conteúdo gerado anteriormente.
10. Seja específico pensando no tamanho da
resposta
Se você perceber que as respostas do ChatGPT estão muito breves
ou resumidas, é importante entender as limitações do modelo. No
GPT-3.5, a capacidade máxima de uma resposta é de cerca de 3.200
palavras (ou 4.000 tokens), enquanto no GPT-4, esse limite é de
aproximadamente 6.400 palavras (ou 8.000 tokens).
Para contornar essa limitação e obter respostas mais detalhadas,
você pode adotar uma abordagem em etapas:
Divida a tarefa em partes: Em vez de fazer um
prompt muito abrangente, divida-o em componentes menores. Por
exemplo, se você quer saber sobre a história da inteligência
artificial, comece perguntando sobre suas origens e depois siga para
os desenvolvimentos mais recentes.
Solicite detalhes progressivamente: Solicite uma
resposta inicial em tópicos, e pedir vá pedindo mais informações
relevantes sobre cada tópico. Isso permite que você explore um
conteúdo em profundidade, sem exceder o limite de tokens do modelo.
Seja preciso na solicitação: Quanto mais
específica for a sua pergunta, maior a probabilidade de receber uma
resposta bem fundamentada. Por exemplo, em vez de perguntar “Como
funciona a inteligência artificial?”, você poderia perguntar
“Quais são os algoritmos mais comuns usados em aprendizado de
máquina?”
Seguindo essas diretrizes, você aumenta as chances de obter
respostas mais completas e informativas, aproveitando ao máximo as
capacidades do ChatGPT.
11. Plágio de conteúdo gerado
Verificar plágio em textos gerados por inteligência artificial
generativa é uma tarefa desafiadora. As ferramentas existentes para
identificar plágio ou textos construídos a partir de IA estão se
tornando menos eficientes após cada evolução dos modelos de IA.
Vale destacar que o texto gerado por uma IA generativa não é um
simples “copiar e colar”, mas sim uma sequência única e
original, calculada com base na probabilidade de palavras estarem
dispostas em uma ordem específica. A própria OpenAI desistiu de sua
ferramenta para analisar a probabilidade de um texto ter sido gerado
por IA, devido ao seu desempenho insatisfatório.
Existem ferramentas como a Smodin,
a Copyleaks, o GPTZero e
a Crossplag,
que analisam o texto e te indicam qual a probabilidade de alguma
inteligência artificial como o ChatGPT ter sido utilizada para criar
aquele conteúdo.
Porém, se o autor do texto utilizar prompts avançados de escrita
com o ChatGPT, é quase impossível afirmar que o ChatGPT foi
utilizado, mesmo com as ferramentas acima. Vou explicar como criar
esses prompts avançados de escrita no próximo capítulo.
12. Idioma do prompt
O ChatGPT funciona melhor em inglês? Depende do que você está
pedindo para ele.
Se você quer que ele crie um conteúdo ou te dê uma resposta
sobre um assunto cujo material original foi produzido em inglês,
então é bem provável que escrever um prompt em inglês vai te dar
uma resposta sem “ruídos” de tradução.
Os templates e exemplos de prompts desse ebook foram todos criados
e testados em português.
Não se esqueça de que o ChatGPT (incluindo o GPT-4) recebeu
treinamento com dados até setembro de 2021. então não importa o
idioma utilizado, algumas respostas sempre serão desatualizadas (a
menos que você utilize plugins, veja como fazer a seguir).
ATIVIDADE
APÓS A LEITURA DO PASSO A PASSO PARA ELABORAR UM BOM PROMPT, CHEGOU A VEZ DE VOCÊ ELABORAR O SEU.
Mito
(do grego mythós)
é uma narrativa
fantástica que
possui o objetivo de explicar a origem de tudo aquilo que existe e é
considerado importante para um determinado povo. A reunião dessas
narrativas forma um conjunto
de explicações sobre o mundo chamada de mitologia.
A
mitologia como se conhece hoje em dia tem origem na Grécia
antiga. A cultura
grega, politeísta (crença em muitos deuses), possibilitou a criação
de um modelo complexo de interpretações sobre a origem
do mundo e a
relação dos seres humanos com a natureza e esses deuses.
Os
mitos cumprem o papel de ensinar através de histórias
repletas de simbolismo,
que relacionam elementos sobrenaturais
com a vida dos seres humanos, dando lições
sobre como se deve viver.
Hoje
em dia, mito pode ser sinônimo de falsidade
ou mentira. A
oposição entre "verdade ou mito" tornou-se muito comum e
se dá pela tradição fantástica das histórias míticas e sua
falta de coerência com a realidade.
Características
dos mitos:
São narrativas que não possuem
uma lógica
rigorosa e utilizam-se de símbolos de fácil
reconhecimento e compreensão.
Nos mitos não
há um limite
definido entre o que é natural e o que é sobrenatural.
*Os mitos gregos que relatavam a
origem das coisas podem ser divididos em duas categorias:
Teogonia: narrativas sobre o nascimento dos deuses e
seu poder.
Cosmogonia: narrativas sobre o nascimento do universo e
dos elementos da natureza.
Alguns
exemplos de mitos:
Mito de Cronos - sobre o tempo e o nascimento dos deuses.
Mito de Pandora - sobre a primeira mulher, a curiosidade humana e o
surgimento dos problemas no mundo (semelhante à passagem bíblica
sobre Adão e Eva).
Mito de Orfeu e Eurídice - sobre o destino e a morte.
Mito de Eros e Psiquê - sobre o amor e sua união com a alma.
Mito de Narciso - sobre a beleza e a vaidade.
2- O SURGIMENTO DA VIA LÁCTEA
A nossa Galáxia, conhecida
popularmente como “Via Láctea”, é estimada em 13,2 bilhões de
anos contendo cerca 300 bilhões de estrelas. Esta surgiu quando
inúmeras nuvens de gás e poeira se agruparam e colidiram, criando
essas estrelas. Então, uma grande quantidade de gás se acumulou em
seu centro, aumentando a gravidade e formando um buraco negro maciço
com a morte de estrelas de grande massa.
As
primeiras menções da “Via Láctea” nos levam até os gregos
antigos, que batizaram com o nome que significa “Caminho do Leite”,
devido a forma que a faixa da Via Láctea se mostra a olho nu na
esfera celeste.
O
nome Via Láctea era um conceito utilizado para descrever essa faixa
leitosa no céu desde os gregos da antiguidade. Hoje, usamos o termo
Via láctea conceitualmente para designar nossa Galáxia!
Na
mitologia grega, se relaciona com o mito do deus Zeus. Esse mito
descreve o momento em que Zeus trouxe o bebê Hércules para que ele
pudesse mamar no seio de sua esposa Hera, enquanto ela dormia. Quando
acordou, ela se afastou, e seu leite materno se espalhou pelo
firmamento, criando o caminho do leite – a faixa da Via Láctea.
A
faixa esbranquiçada da Via Láctea atravessa o céu de um horizonte
a outro. A parte mais central desta faixa se localiza na constelação
de Sagitário, onde está situado o centro da Galáxia, cujo Sistema
Solar se encontra numa distância de aproximadamente 28.000 anos-luz.
A
gravidade mantém a Galáxia unida, e todas as suas estrelas giram em
torno do centro, contudo, nem todas as estrelas se deslocam à mesma
velocidade. Suas velocidades dependem de sua distância em relação
ao centro.
Quem foram Homero e Hesíodo? Estes
poetas compilaram a famosa mitologia grega
As obras de Homero e Hesíodo
são clássicos da mitologia grega, narram a história de deuses,
heróis e da criação do mundo. Apesar das diferenças, os dois
autores apresentam seus personagens como modelos de virtude para a
civilização grega, por isso suas obras têm um objetivo
educacional.
Quem foram Homero e Hesíodo?
Homero
e Hesíodo foram os poetas mais importantes para a mitologia e
cultura da Grécia Antiga. Isso porque eles deixaram os registros
mais completos sobre o que a sociedade grega pensava e acreditava.
Qual a importância de Homero e Hesíodo para a mitologia grega?
As
obras de Homero e de Hesíodo apresentam como os deuses criam o mundo
e como eles controlam os destinos humanos. Nos escritos de Homero, há
um universo sobre-humano, com forças benignas e malignas que influem
na vida dos homens. Nos de Hesíodo, a criação do mundo se dá a
partir do Caos, do completo nada.
O Caos
é pai de Tártaro, deus que personifica o mais profundo dos
infernos; Gaia é a terra; e Eros é o amor, o desejo que permite
transformar o caos do mundo em algo ordenado, em cosmos.
Ambos
os autores, apesar da diferença de suas obras, concebem uma
explicação da origem do mundo a partir do mito. Em seus escritos,
há uma intenção epistemológica, ou seja, de refletir acerca das
origens das coisas.
Suas
obras são a última expressão da chamada fase mítica do pensamento
grego, que antecede a fase do pensamento racional.
Conheça a biografia completa dos principais filósofos gregos do
período do pensamento racional: Sócrates,
Platão e Aristóteles.
Nessa
época, a Grécia e suas cidades ainda não possuíam códigos
escritos ou leis. A maior parte da mitologia era transmitida
oralmente. Portanto, a mitologia transmitia uma tradição
civilizacional que deveria ser seguida.
O
objetivo era apresentar modelos de virtude, de comportamento, enfim,
o verdadeiro sentido da existência para que as pessoas imitassem e
difundissem tal ideal, transmitindo-os de geração em geração.
O
exemplo dos heróis famosos tornou-se parte essencial da ética e da
educação. O herói de Homero é o homem prudente,
corajoso e guerreiro; e o de Hesíodo é o trabalhador que em tudo
pratica a virtude da justiça.
Portanto,
a poesia épica destes autores tem, como nenhum outro estilo, um
objetivo transcendente, porque representa o todo da vida humana na
sua luta com o destino por um objetivo mais elevado.
FAÇAM E ME ENTREGUEM NA SEMANA QUE VEM DIA 11/03/24
1-Compare e contraste as narrativas
mitológicas gregas sobre a origem dos deuses e do universo, conforme
apresentado no texto, com as teorias científicas contemporâneas
sobre a formação do universo e das galáxias. Como essas
perspectivas se relacionam e em que aspectos diferem?
R- Na primeira questão, os alunos precisariam realizar uma pesquisa comparativa entre as narrativas mitológicas gregas, como a Teogonia e a Cosmogonia, e as teorias científicas contemporâneas sobre a origem do universo e das galáxias. Eles teriam que explorar os pontos em comum, como a tentativa de explicar a origem do mundo, bem como as diferenças fundamentais, como a abordagem sobrenatural dos mitos em contraste com a abordagem baseada em evidências e observações da ciência. Isso exigiria uma compreensão profunda das narrativas mitológicas e dos conceitos científicos modernos sobre cosmologia.
2-Analise a influência da mitologia
grega na construção de conceitos científicos e culturais, como
exemplificado pelo mito do surgimento da Via Láctea. Como a
interpretação mítica do fenômeno celeste se relaciona com as
descobertas astronômicas modernas? Explique como a compreensão dos
mitos pode enriquecer a apreciação e a investigação científica.
R- Na segunda questão, os alunos teriam que investigar a
influência da mitologia grega na cultura e na ciência, focando
especificamente no mito do surgimento da Via Láctea. Eles
precisariam examinar como essa narrativa mitológica se
relaciona com as descobertas astronômicas contemporâneas
sobre a natureza da Via Láctea e seu surgimento. Isso exigiria
uma análise crítica das interpretações mitológicas e científicas do
fenômeno celeste, bem como uma compreensão das maneiras
pelas quais a mitologia continua a influenciar a ciência e a
Compreender a importância do Dia Internacional da Mulher.
Explorar o papel das inteligências artificiais (IAs) na perpetuação do machismo.
Discutir estratégias para combater o machismo digital.
1- A ORIGEM DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Exemplos de machismo nas inteligências artificiais.
EXEMPLO DE MACHISMO NO CHAT GPT
EXEMPLO DE MACHISMO EM JOGOS ONLINE
MACHISMO COM AS ASSITENTES VIRTUAIS
O MAU USO DAS IAs NO CONTEXTO ESCOLAR
PERGUNTAS PARA CADA GRUPO DE ALUNOS
PESQUISEM NA INTERNET TEXTOS E VÍDEOS QUE AJUDEM A RESPONDER A QUESTÃO SORTEADA PARA SUA EQUIPE. APÓS ESTUDAR O TEMA E CONTRUIR RESPOSTA A PERGUNTA, DIGITE NO EDITOR DE TEXTO E ENVIE PARA O GRUPO DE WHATSAAP DA TURMA COM OS NOMES DOS MEMBROS DA SUA EQUIPE.
1-Como os preconceitos sociais podem ser incorporados nas IAs devido aos dados de treinamento enviesados ou à falta de diversidade na equipe de desenvolvimento?
2-Como o machismo nas IAs pode afetar as mulheres?
3-Quais são os possíveis impactos negativos do machismo digital?
4-Quais estratégias podem ser adotadas para combater o machismo nas IAs?
5- Qual o papel das mulheres na sociedade e os desafios enfrentados em diferentes contextos, incluindo o ambiente digital?
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Cada grupo apresenta suas reflexões e propostas para combater o machismo digital.
DA TEORIA À PRÁTICA
Quais ações práticas que os alunos podem tomar para combater o machismo nas redes sociais, na criação de conteúdo online e no uso de tecnologias?
José Moran - Professor, escritor e palestrante sobre educação criativa, humanista, aberta e transformadora com tecnologias
O cenário atual
“Converso” com frequência com vários aplicativos “inteligentes” sobre diversos assuntos, com bastante fluência e “intimidade”, principalmente na prática de línguas. É incrível como evoluíram os chats de conversação, principalmente no último ano. Você se sente dialogando com “alguém”, com bastante fluência e sobre temas que lhe interessam. Mas não é uma tarefa simples. É um processo de acerto progressivo, de calibragem contínua, de tentativas de melhoria de ambas as partes; o que exige paciência, refinamento e competência. Para aprender, é preciso ser curioso, proativo, saber perguntar, ter conhecimento prévio sólido, competências críticas, discordar, reelaborar as questões, checar as fontes.
Nunca tivemos tantas chances de aprender de formas diferentes, sozinhos e em grupos, em espaços formais e informais, com tecnologias simples ou sofisticadas. Mas a facilidade não garante a aprendizagem; pode gerar preguiça. Muitos se contentam com informações rasas, querem tudo pronto, se acomodam, não se esforçam, não se aprofundam. Acessar facilmente não significa aprender.
Na educação superior, alunos das melhores universidades, como Harvard, estão questionando que os currículos atuais não os estão preparando para esse mundo em que a inteligência artificial está impactando a forma de agir nas profissões, nos serviços, no entretenimento. Recém-formados relatam sentir-se ameaçados e preocupados com a ascensão da IA, de acordo com a edição de 2023 do “Relatório de Empregabilidade” anual do Grupo Cengage. “Entre 1.000 graduados que concluíram um programa de graduação ou não no mês passado, cerca de 46% disseram que se sentiram ameaçados pela IA, e 52% disseram que isso os fez questionar sua preparação para o mercado de trabalho”[1]
Num recente painel de discussão na Universidade de Harvard sobre as perspectivas dos estudantes sobre a IA generativa, alguns estudantes disseram ter sérias preocupações sobre a forma como a escola prepara os futuros profissionais para utilizarem ferramentas de IA no trabalho, especialmente em grandes empresas.
Alunos do ensino médio compartilham as mesmas preocupações. Sam Cheng, estudante do primeiro ano da Design Tech High School em Redwood City, Califórnia, disse em uma entrevista que a IA é apenas mais uma tecnologia que faz com que as escolas fiquem em descompasso com o que os alunos precisam. “Esse problema existe há muito tempo, pois os alunos sentem que a escola não está me preparando para o mundo real”, disse Cheng. A IA, na sua opinião, apenas contribui para esse problema generalizado.[2]
Quanto mais avança a inteligência artificial, mais importante é a formação sólida em competências básicas, com grandes mestres.A inteligência artificial é uma excelente companhia para quem sabe pensar, avaliar, contextualizar. Sem essa base, vira uma espécie de enciclopédia multimídia atraente, mas pouco relevante para quem não a utiliza bem.
Universidades e escolas estão começando a integrar a IA
Escolas e IES[3] estão sendo desafiadas a redesenhar seus currículos, as metodologias, e o cenário de educação se tornará mais polivalente, flexível, personalizado, diversificado e, infelizmente, desigual.
A Universidade de Michigan em 2023 disponibilizou um novo conjunto de ferramentas generativas de inteligência artificial, a plataforma de serviços de IA, para o toda a comunidade de mais de 100.000 pessoas.
A Arizona State University (ASU) acaba de firmar uma parceria com a OpenAI. A plataforma ChatGPT Enterprise será integrada à instituição com foco em aumentar o sucesso dos alunos, abrir novos caminhos para pesquisas inovadoras e simplificar as práticas organizacionais. A universidade desenvolverá tutores de IA personalizados e avatares de ajuda de estudo para os alunos, que adotam a tecnologia de forma esmagadora.
Algumas universidades norte-americanas (Stanford, MIT, Carnegie Mellon), europeias, chinesas e sul-coreanas estão na vanguarda da IA com programas avançados de pesquisa e ensino em IA, com foco em áreas como aprendizado de máquina, aprendizado profundo, robótica, tradução automática e biotecnologia, entre outras.
Está em curso uma corrida entre as IES em todos os países para capitalizarem as oportunidades proporcionadas por uma das mais recentes fronteiras da tecnologia – e para se protegerem também das desvantagens que também traz. É uma corrida em que haverá muitos vencedores, mas, também, é provável que haja perdedores claros: as instituições que tentam ficar na defensiva, só vendo os problemas que a IA traz, sem buscar alternativas institucionais viáveis. “Já estamos começando a ver empresas abrindo suas próprias escolas impulsionadas pela IA. Acredito que testemunharemos a descentralização da educação nos próximos anos”, diz o gestor Dan Fitzpatrick. “Haverá muito mais opções para pais e alunos.”[4]
Os impactos mais imediatos
A inteligência artificial pode ajudar os alunos a aprender de forma mais eficiente e os professores a ensinar de forma mais eficaz. O aluno pode ser cada vez mais protagonista e o professor competente continua sendo fundamental, mas a dinâmica entre ambos e o impacto na gestão tende a ser mais ampla, diversificada e complexa.
A inteligência artificial na educação estáajudando no desenho de caminhos de aprendizado personalizadospara os alunos com base em seus estilos individuais, ritmos e interesses. Ela se adapta e evolui conforme o aluno progride, eliminando a abordagem única para todos. A IA também é usada para recomendar conteúdo relevante para os alunos e para os professores. Com base em seus interesses, nível de habilidade e histórico de aprendizado, os sistemas de IA podem sugerir recursos, como livros, vídeos ou cursos, que sejam mais adequados para eles. Podem identificar lacunas de conhecimento em materiais existentes, recomendar melhorias e gerar conteúdo adaptado a objetivos de aprendizagem específicos.
A plataforma Khan Academy criou o Khanmigo, que, na versão inglesa, serve como tutor para os estudantes, mas oferece também uma variedade de recursos para os professores, como criar facilmente um plano de aula, cocriar rubricas de avaliação, resumir as atividades da turma e as discussões. A plataforma faz uma análise abrangente do trabalho dos alunos nos últimos sete dias, incluindo tempo de aprendizado, dados de conclusão de tarefas e progresso no domínio do curso.[5]
Assistentes virtuais impulsionados por IA começam a ter um papel ativo importante para estudantes e professores. Podem oferecer suporte e orientação a ambos, em tempo real, dialogar com eles, dar atenção personalizada, adaptar os níveis de dificuldade de cada estudante, verificar o trabalho imediatamente, responder perguntas, indicar guias de estudo, oferecer recursos, dialogar com cada aluno e professor, todos os dias, a qualquer hora.
A IA pode facilitar também a aprendizagem colaborativa, integrando ferramentas avançadas de comunicação nas plataformas educacionais. Os alunos podem se conectar com seus colegas e professores, compartilhar ideias e colaborar em projetos remotamente. A IA também avançou muito na tradução automática de idiomas em tempo real, o que ajuda a quebrar barreiras linguísticas e torna o aprendizado mais global.[6]
A IA pode ajudar no processo de correção e avaliação, reduzindo a carga sobre os professores. Ao analisar e interpretar o trabalho dos alunos por meio de algoritmos de aprendizado de máquina, a IA consegue realizar avaliações rápidas e bastante precisas.
Tecnologias de IA estão simplificando as tarefas administrativas, como os processos de admissão e ajudam nas tarefas repetitivas como classificar redações, agendar reuniões e fornecer suporte básico ao aluno. Chatbots e automação alimentados por IA reduzem a burocracia, economizam tempo e tornam as instituições educacionais mais eficientes.
As ferramentas de Análise Preditiva da IA analisam dados em tempo real para identificar sinais precoces de dificuldades acadêmicas. Ao monitorar interações e o desempenho dos alunos, os educadores podem intervir proativamente, o que contribui para a melhoria nas taxas de retenção e sucesso acadêmico.
Ferramentas com IA podem oferecer suporte direcionado para alunos com deficiência, como interpretação em linguagem de sinais em tempo real, anotações automatizadas, conversão de texto para fala, reconhecimento de imagens, no ritmo adequado para as necessidades de cada estudante.
É um cenário desafiador para todos e muito diversificado, de acordo com a etapa de formação de cada um. Uma criança precisa de um acompanhamento muito mais próximo de professores o desenvolvimento de competências amplas e interação física com seus colegas do que os adultos. Sabemos que a tendência das escolas e IES no começo é à da assimilação, incorporando esses recursos como apoio para a melhoria daquilo que já vem acontecendo (que é o que a maioria está fazendo atualmente). Mas esse processo será insuficiente.
Temos consciência da desigualdade brutal em que muitas escolas se encontram de acesso, condições e cultura de inovação. Também há uma consciência maior de que a IA comete muitos erros, mostra vieses, preconceitos, problemas de autoria e falhas na privacidade pessoal.
Como pesquisador, procuro entender os avanços e, também, os problemas que a IA traz para a educação. Existe o otimismo tecnológico (IA transformará tudo) e o pessimismo (só vê problemas, erros e manipulação). Mas está clara a pressão por mudanças profundas que implicará em transformações no desenho de currículos mais personalizados, flexíveis, de metodologias mais criativas e de valorização das dimensões humanas plenas. Isso será feito em ritmos diferentes, de acordo com a cultura de cada escola e IES.
Os impactos a médio prazo
Teremos avançado na avaliação, em cada área de conhecimento e nível de ensino, de como integrar todo o potencial da aprendizagem personalizada, com a de grupo e com a de tutoria avançada em espaços presenciais e virtuais.
Já se percebe um aumento dohomeschoolingem alguns países como os Estados Unidos, com grupos de pais se organizando com o apoio de plataformas com inteligência como a Khan, Dreambox ou Carnegie Learning. Mas o impacto no ensino superior será muito mais profundo.
A IA está ajudando a remodelar os currículos educacionais para alinhá-los ao mercado de trabalho em rápida mudança. Há uma integração maior entre as áreas curriculares e com as empresas. A oferta curricular será muito flexível, para que o aluno vá e volte sempre que precisar ao longo da vida, de acordo com sua necessidade.A ida a um campus será menos frequente, mais para atividades de experimentação, discussão e aprofundamento relevantes. O presencial será para momentos importantese para criar conexões sociais, porque para aprender não haverá muita diferença entre estar juntos fisicamente e estar juntos virtualmente.
O design curricular será como mapa de um sistema de transporte público integrado (metrô, ônibus, trem) que atende necessidades e percursos diferentes, com entradas em tempos variáveis e percursos, ao menos parcialmente, personalizados. As certificações serão mais curtas, valorizando cada etapa, mantendo os alunos mais engajados e permitindo uma maior personalização e formas diferentes de integralização do currículo.
A IA não substituirá os professores no que eles têm de melhor: a interação humana, a empatia, o apoio emocional e o ensino criativo, que continuam sendo essenciais para uma educação de qualidade. Precisam ser muito competentes intelectual, emocional e digitalmente e também ter apoio e condições de exercer a profissão dignamente . Seu papel é decisivo na formação de crianças e jovens para que aprendam a pensar, questionar, comparar, a desenvolver valores humanistas, democráticos e sustentáveis. Mas todos interagirão cada vez mais com plataformas e aplicativos com Inteligência artificial para continuar sendo relevantes neste mundo híbrido, fi-digital, tão desigual.
Quem tem interesse por aprender, encontra nas diversas plataformas “inteligentes” inúmeras possibilidades, o tempo todo disponíveis. Elas tanto podem nos ajudar a evoluir para o bem como para o mal, porque espelham as contradições de sociedades multiculturais, com valores, expectativas, formas de organização e de vida muito diferentes. A educação humanista e integral, com o apoio de bons profissionais e da IA, contribuirá para tornar as pessoas mais autônomas, solidárias e felizes.
Algumas referências:
ALVES, L. (Org.). (2023).Inteligência artificial e educação: refletindo sobre os desafios contemporâneos. Salvador: EDUFBA ; Feira de Santana: UEFS Editora
Djokic, Ines; Milićević, Nikola; Djokic, Nenad; Malcic, Borka; Kalas, Branimir (2024):Students' perceptions of the use of artificial intelligence in educational services,Amfiteatru Economic Journal, ISSN 2247-9104, The Bucharest University of Economic Studies, Bucharest, Vol. 26, Iss. 65, pp. 294-310,https://doi.org/10.24818/EA/2024/65/294
Laura Czerniewicz and Catherine Cronin (eds),Higher Education for Good: Teaching and Learning Futures.Cambridge, UK: Open Book Publishers, 2023,https://doi.org/10.11647/OBP.0363