Hoje eu quero levantar uma reflexão profunda sobre o uso da inteligência artificial na educação.
Sim, a IA pode ser uma grande aliada. Ela acelera processos, personaliza o ensino, ajuda a diagnosticar dificuldades. Mas será que estamos olhando para o que realmente importa?
Tem uma tendência — especialmente entre as grandes empresas de tecnologia — de enxergar a educação como um campo de negócios. Elas falam em inovação, personalização, acessibilidade... Mas no fundo, muitas vezes o que está em jogo é escala, lucro e redução de custos.
E aí eu pergunto: quem vai cuidar do emocional dos alunos?
Quem vai perceber quando um olhar está triste, quando um sorriso é forçado, quando um aluno está prestes a desistir?
A IA simula empatia, mas não sente.
Ela responde, mas não se conecta.
Ela calcula, mas não acolhe.
Nenhum algoritmo substitui a escuta de um professor atento. Nenhum chatbot é capaz de inspirar como uma professora que acredita no potencial de um aluno desacreditado por todos.
Por isso, o debate não é se devemos usar IA. Devemos, sim! Mas como usá-la. E, principalmente, sem jamais perder de vista que o centro da educação é humano.
A tecnologia tem que servir às pessoas — e não o contrário.
Eu acredito em uma escola com IA, mas com o professor no centro.
Uma escola que avança, sem abrir mão do afeto.
Porque educar não é apenas transmitir conteúdo. É formar pessoas. E isso, nenhuma IA vai conseguir substituir.
A Alpha School, escola particular localizada no Texas, Estados Unidos, está revolucionando a forma como seus alunos aprendem ao integrar a Inteligência Artificial (IA) em suas salas de aula. A instituição afirma que a utilização dessa tecnologia acelera significativamente o aprendizado dos estudantes.
Em entrevista ao programa "Fox & Friends" da Fox News, em 19 de março de 2025, a cofundadora da escola, Mackenzie Price, e a aluna do terceiro ano, Elle Kristine, explicaram como o uso da IA tem contribuído para melhorar o desempenho acadêmico e tornar o ensino mais eficiente.
Benefícios da Inteligência Artificial na Educação
Segundo Mackenzie Price, a personalização do aprendizado é um dos principais benefícios da integração da IA na Alpha School. "Cada aluno tem seu ritmo e estilo próprios. A inteligência artificial nos permite adaptar o conteúdo educacional às necessidades específicas de cada estudante, otimizando o processo de ensino e aprendizado", explicou.Outro aspecto destacado é a capacidade da IA em proporcionar um aprendizado mais dinâmico e interativo. "Com a tecnologia, os estudantes se tornam mais engajados, desenvolvendo habilidades essenciais para o futuro", complementou Price.
Resultados práticos com a IA
A Alpha School já registra resultados concretos após a implementação da tecnologia. Alunos como Elle Kristine confirmam que a experiência tem sido positiva. "Estamos aprendendo mais rápido e com mais confiança, porque tudo é adaptado ao que precisamos saber. É divertido e eficiente", disse a jovem estudante.
Estudos Científicos sobre a Aplicação da IA na Educação
Pesquisas internacionais corroboram os benefícios observados pela Alpha School. Um estudo conduzido por pesquisadores de universidades norte-americanas investigou o impacto de um modelo de tutoria híbrido, combinando tutores humanos e sistemas de IA, em escolas de ensino fundamental. Os resultados indicaram que essa abordagem aumentou significativamente a proficiência dos alunos, especialmente entre aqueles com desempenho acadêmico mais baixo. O estudo sugere que a colaboração entre educadores e sistemas de IA pode otimizar o aprendizado e promover melhores resultados educacionais.
Além disso, uma pesquisa publicada no El País destacou o potencial da IA em personalizar o ensino e melhorar os resultados dos estudantes. O artigo menciona que ferramentas de IA, como tutores personalizados, podem adaptar o conteúdo às necessidades individuais dos alunos, promovendo um aprendizado mais eficaz e engajador.
Desafios da Implementação da IA
Embora promissora, a integração da IA na educação traz desafios importantes, como a necessidade de infraestrutura tecnológica adequada e capacitação contínua dos professores. Para Mackenzie Price, superar esses obstáculos é essencial para que a IA realmente beneficie todos os alunos, independentemente de suas condições sociais e econômicas.
Futuro Promissor da Educação com IA
A Alpha School acredita que está apenas no começo dessa jornada de inovação educacional. "Nosso objetivo é preparar os estudantes para um futuro cada vez mais tecnológico, garantindo que eles estejam prontos para enfrentar os desafios e oportunidades que vêm pela frente", ressaltou Price.
A inclusão digital e o letramento digital são temas fundamentais
para os estudantes do ensino médio, pois estão diretamente ligados
à forma como vivemos, aprendemos e nos relacionamos no mundo atual.
O que é inclusão digital e letramento digital?
A inclusão digital é o processo que garante o acesso de todas as
pessoas às tecnologias digitais, como computadores, internet e
dispositivos móveis, para que possam participar da sociedade da
informação. Já o letramento digital vai além do simples acesso: é
a capacidade de usar essas tecnologias de forma crítica, ética e
responsável. Isso inclui saber pesquisar, avaliar a veracidade das
informações, criar conteúdos e interagir nas redes sociais com
consciência.
Por que isso é importante nas escolas?
Nas escolas, o letramento digital deve ser parte do aprendizado
porque prepara os jovens para viverem em uma sociedade cada vez mais
conectada. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca que o uso
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) deve estar
presente desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental e
Médio, para desenvolver o pensamento crítico dos estudantes e
ampliar o uso da tecnologia na aprendizagem.
Além disso, a educação digital ajuda a proteger os adolescentes
contra manipulações feitas por grandes empresas de tecnologia (big
techs) e donos de dados digitais. Essas empresas podem usar
informações pessoais para influenciar opiniões, comportamentos e
até decisões de consumo, política e sociais. Por isso, é
essencial que os jovens aprendam a identificar notícias falsas,
proteger sua privacidade e entender os impactos do uso das redes
sociais.
A importância para a vida estudantil, cidadã e profissional
Para o estudante, o letramento digital é uma ferramenta que
facilita o aprendizado, tornando o estudo mais dinâmico e conectado
com o mundo real. Como cidadão, o jovem passa a exercer sua
cidadania de forma mais ativa e consciente, participando de debates,
votações e decisões sociais com base em informações confiáveis.
No futuro trabalho, o domínio das tecnologias digitais é cada vez
mais exigido, e quem não estiver preparado corre o risco de exclusão
social e profissional.
Reflexão final
A escola tem um papel decisivo para garantir que todos tenham
acesso e saibam usar as tecnologias digitais de forma crítica e
segura, evitando que o jovem seja manipulado ou excluído. O
letramento digital é, portanto, um instrumento de inclusão social,
democratização do conhecimento e fortalecimento da democracia.
RESPONDA AS
QUESTÕES NO SEU CADERNO
Por que o acesso às tecnologias digitais não é suficiente
para garantir a inclusão digital completa?
Como o letramento digital pode ajudar os estudantes a
identificar notícias falsas e evitar manipulações?
De que forma o letramento digital contribui para o exercício
da cidadania na sociedade atual?
Quais são os riscos para um jovem que não desenvolve
habilidades de letramento digital na escola?
Como as escolas podem promover o letramento digital de forma
eficaz, considerando os desafios que enfrentam?
Por que é importante que os professores também estejam
preparados para ensinar o uso das tecnologias digitais?
De que maneira o letramento digital pode influenciar o futuro
profissional dos estudantes?
Como o uso consciente das redes sociais pode proteger a
privacidade dos adolescentes?
Qual a relação entre o letramento digital e a promoção da
democracia?
Pense em um exemplo prático de como o letramento digital
pode ajudar você no seu dia a dia escolar e pessoal.
Os
algoritmos são fundamentais para o funcionamento das plataformas de
apostas online (bets), pois processam grandes volumes de dados para
definir probabilidades e resultados, garantindo a operação
eficiente e a lucratividade dessas casas. No Brasil, a regulamentação
recente, consolidada pela Lei nº 14.790/2023, estabelece normas
rigorosas para o uso desses algoritmos, exigindo transparência,
segurança da informação e mecanismos que assegurem a aleatoriedade
dos jogos, protegendo os usuários contra fraudes e manipulações.
A legislação também impõe restrições severas para proteger
grupos vulneráveis, especialmente adolescentes, proibindo o acesso
de menores de 18 anos às plataformas de apostas e vedando apostas em
eventos esportivos com participação exclusiva de menores. As
operadoras devem realizar rigorosas verificações de idade e
identidade, além de seguir regras estritas de publicidade que
impedem a promoção direcionada a jovens e o uso de imagens que
possam atrair menores.
Nesse cenário, o papel dos influenciadores digitais ganha
destaque, pois eles exercem grande poder de persuasão sobre jovens e
adultos, muitas vezes promovendo apostas como uma forma fácil de
ganho financeiro. Essa influência pode ser problemática, pois
contribui para a normalização do jogo e o estímulo ao
comportamento de risco, impactando negativamente a saúde mental, com
aumento de casos de vício, ansiedade e depressão entre os
apostadores, especialmente adolescentes e jovens adultos que são
mais suscetíveis à pressão social e à busca por aceitação.
Do
ponto de vista jurídico, a regulamentação busca equilibrar a
liberdade de mercado com a proteção social, impondo obrigações às
operadoras para garantir um ambiente seguro e responsável. Isso
inclui políticas contra lavagem de dinheiro, controle de acesso e
transparência nas operações, além de mecanismos para coibir a
atuação de influenciadores que promovam práticas ilegais ou
irresponsáveis. A fiscalização e penalidades severas, como
bloqueio de sites e multas bilionárias, são ferramentas essenciais
para conter abusos e proteger a população.
Portanto, a relação entre algoritmos, apostas online e
influenciadores está inserida num contexto regulatório que visa
mitigar riscos jurídicos e sociais, especialmente para adolescentes
e jovens adultos, cuja saúde mental pode ser profundamente afetada
pela exposição precoce e descontrolada a esses jogos e suas
estratégias de marketing. A regulamentação brasileira representa
um avanço importante para garantir que o crescimento do setor ocorra
de forma ética, transparente e responsável.
Os
jogos de azar, como apostas em cassinos e principalmente as apostas
online, têm se tornado um grave problema de saúde pública global,
afetando especialmente jovens e adultos. A facilidade de acesso a
esses jogos por meio de aplicativos e sites aumenta consideravelmente
o risco de dependência, principalmente entre os adolescentes, um
grupo vulnerável que ainda está em desenvolvimento psicológico e
emocional.
Estudos recentes indicam que quase 18% dos adolescentes
participaram de algum tipo de aposta no último ano, sendo que mais
de 10% jogaram online. Esse contato precoce com os jogos de azar pode
desencadear sérios prejuízos à saúde mental dos jovens. A
dependência desses jogos está associada a transtornos como
ansiedade, depressão, ideação suicida e uso abusivo de outras
substâncias, como álcool e drogas. O jogo pode funcionar como uma
fuga imediata para o estresse e problemas emocionais, criando um
ciclo perigoso de alívio temporário seguido por agravamento dos
sintomas.
O vício em jogos de azar ativa o sistema de recompensa do
cérebro, liberando dopamina, neurotransmissor responsável pela
sensação de prazer. No caso dos adolescentes, cujos cérebros ainda
estão em formação, esse estímulo intenso pode levar a uma busca
constante por essa sensação de recompensa, dificultando o controle
dos impulsos e aumentando a vulnerabilidade ao vício. Além disso, o
reforço intermitente — recompensas que aparecem de forma aleatória
— mantém o jovem preso à expectativa de ganhar, mesmo após
perdas frequentes.
Os impactos vão além do indivíduo: a dependência pode
comprometer relações familiares, causar isolamento social e até
desencadear comportamentos de risco, como mentiras, furtos e outras
ações ilícitas para sustentar o vício. A negação do problema e
o estigma social dificultam ainda mais o acesso ao tratamento
adequado, agravando o quadro.
Diante desse cenário, é fundamental que políticas públicas
sejam implementadas para proteger os adolescentes, limitando o acesso
aos jogos e oferecendo suporte psicológico e social. Para os jovens,
é importante compreender que o jogo deve ser encarado como
entretenimento, nunca como fonte de renda ou solução para problemas
emocionais.
Reflexão sobre a Saúde Mental dos Adolescentes
O impacto dos jogos de azar na saúde mental dos adolescentes é
profundo e preocupante. A vulnerabilidade dessa faixa etária exige
atenção redobrada de familiares, educadores e profissionais de
saúde para identificar sinais de dependência e oferecer apoio.
Refletir sobre como o ambiente digital e social influencia esses
comportamentos é essencial para promover um desenvolvimento saudável
e prevenir consequências graves no futuro.
Questões
Reflexivas para Estudo
1- Como os algoritmos utilizados nas plataformas de apostas
online podem influenciar o comportamento dos usuários e aumentar o
risco de vício, especialmente entre adolescentes?
2- De que maneira a atuação dos influenciadores
digitais pode impactar a percepção dos jovens sobre as apostas
online e quais são os possíveis efeitos na saúde mental desses
públicos?
3- Quais são os principais desafios jurídicos
para regulamentar as apostas online e proteger adolescentes e pessoas
vulneráveis dos riscos associados a essas práticas?
4- Por que os adolescentes são considerados o
grupo mais vulnerável ao vício em apostas, e quais consequências
psicológicas e sociais esse vício pode acarretar?
5- Como a combinação do fácil acesso às
plataformas de apostas, o marketing agressivo e a falta de
fiscalização adequada contribuem para o aumento dos problemas de
saúde mental relacionados às bets?
6- Compare o vício em jogos de azar com a
dependência química. Quais semelhanças e diferenças você
identifica?
7-Quais características pessoais e fatores
sociais aumentam o risco de uma pessoa desenvolver o vício em jogos
de azar?
8- Como identificar sinais de que alguém pode
estar desenvolvendo um transtorno relacionado ao jogo?
9-Por que o estigma social e a vergonha
dificultam o tratamento do vício em jogos de azar? Como isso pode
ser superado?
10- Quais medidas podem ser adotadas por
políticas públicas para reduzir os danos causados pelos jogos de
azar?
11- Como você definiria um uso “responsável”
dos jogos de azar? Que estratégias podem ajudar a evitar o vício?
12- Pesquise e discuta exemplos de países que
implementaram regulamentações eficazes para controlar os jogos de
azar. Quais foram os resultados?
13- Crie, em grupo, uma campanha digital
(post, vídeo ou infográfico) utilizando ferramentas gratuitas como
Canva, InVideo e ChatGPT para conscientizar adolescentes sobre os
riscos do vício em jogos de azar, destacando seus impactos
emocionais e sociais; depois, apresente e divulgue sua campanha para
a comunidade escolar, refletindo sobre o processo e a importância da
cultura digital na prevenção.
Compreender e detalhar o processo de criação de um aplicativo, reconhecendo sua importância na sociedade atual, por meio de pesquisa, organização de ideias e apresentação de um protótipo conceitual.
Etapas da Atividade (a ser feita em equipes de 3 a 4 alunos):
1. Escolha de um Tema para o App: - Cada equipe deverá escolher um tema para o aplicativo (ex: educação, saúde, meio ambiente, jogos, cultura local, bem-estar, etc.).
2. Pesquisa Guiada: - Usando os computadores do laboratório, a equipe deverá pesquisar: - O que é um aplicativo e como ele funciona. - Plataformas gratuitas para criação de apps (ex: Thunkable, Kodular, MIT App Inventor). - Passo a passo de como criar um app nessas plataformas. - Exemplos de aplicativos similares ao que desejam criar. - A importância dos aplicativos no mundo atual (em áreas como educação, trabalho, saúde, etc.).
3. Criação de um Documento Apresentável (Google Docs, Word ou Canva): O grupo deve elaborar um arquivo contendo: - Nome e descrição do app. - Público-alvo. - Problema que o app ajuda a resolver. - Funcionalidades principais. - Etapas de criação pesquisadas. - Desafios que enfrentaram ao tentar usar plataformas de criação. - Print de tela ou esboço do protótipo (pode ser feito no papel e fotografado ou desenhado em ferramentas como Canva, Paint, etc.). - Conclusão: o que aprenderam com a experiência.
4. Apresentação Final: - Cada grupo irá apresentar rapidamente seu projeto para a turma (oralmente ou por escrito). - O professor pode circular durante a aula observando engajamento, divisão de tarefas e participação.
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Diferenciais da Atividade: - Estimula pesquisa ativa e crítica. - Foco em trabalho em equipe. - Incentiva a organização e o planejamento digital. - Valoriza o processo, não apenas o produto final. - Permite que mesmo quem não conseguiu terminar o app, compreenda e registre o processo.