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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

AS CARAS DA EDUCAÇÃO - NET EDUCAÇÃO

É com muita satisfação que convido a todos a torcerem para que meu trabalho seja escolhido no concurso:

 AS CARAS DA EDUCAÇÃO http://www.neteducacao.com.br/ . 

O QUE É NET EDUCAÇÃO?

O NET Educação é, sobretudo, um portal especializado, direcionado ao uso de professores, comunidades escolares, alunos e seus familiares. O veículo disponibiliza, gratuitamente, conteúdos de interesse educacional, como planos de aula com objetos de aprendizagem, vídeos, games, podcasts, notícias, entrevistas e reportagens; também é possível conhecer metodologias e experiências educativas aplicadas pelo programa NET Comunidade que, atualmente, oferece oficinas de educomunicação às comunidades do Cambuci, em São Paulo, e Vila União, em Campinas.


O objetivo do portal é disponibilizar recursos tecnológicos que possam complementar o processo de ensino aprendizagem e estimular a troca de conhecimento entre os internautas, aproximando-se da missão de "Conectar Pessoas para um Mundo Melhor".



VEJAM A PUBLICAÇÃO DE DIVULGAÇÃO

As tecnologias avançam cada vez mais, sendo preciso adaptar os métodos de ensino à elas.

Confira a história da Professora Isabel Aguiar de como foi a primeira experiência usando celular em sala de aula.



 VEJA O MEU PROJETO SOBRE O USO DE CELULAR NA SALA DE AULA AQUI . APÓS ENTRAR NA PÁGINA CLIQUE EM GOSTEI!!

CONTO COM A TORCIDA DE TODOS!!

domingo, 15 de setembro de 2013

A proibição do celular nas escolas faz sentido?



Cabe avaliar o comportamento desta nova geração no acesso e uso das tecnologias digitais

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.”

A frase, de Jean Piaget, não poderia ser mais atual, mas precisa encontrar eco nos novos desafios agora impostos aos educadores na formação de uma geração de estudantes que são nativos digitais.

Não é incomum ouvir pessimistas de plantão incrédulos com a adoção das novas tecnologias nas escolas, especialmente nas instituições públicas, que recebem estudantes com condições sociais mais precárias, sob o argumento de que não só não há recursos para investir na compra de equipamentos e de que a escola tem outras prioridades mais urgentes, mas também de que estes jovens não teriam a cultura necessária para utilizar computadores, tablets, softwares ou pesquisar na Internet.



Será mesmo? Antes de fazer uma análise do ambiente escolar, cabe avaliar o comportamento desta nova geração no acesso e uso das tecnologias digitais. Basta um olhar mais atento para perceber que, assim como aconteceu com o rádio e depois com a TV, os celulares, os tablets e computadores, de uma forma geral, estão cada vez mais presentes nos domicílios das classes menos favorecidas, criando assim um cenário bastante favorável para adoção deste tipo de tecnologia nas escolas.

De acordo com recente pesquisa realizada pelo CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) com o apoio da Fundação Victor Civita com estudantes do Ensino Médio, com faixa etária entre 15 e 19 anos, residentes em São Paulo e Recife e renda familiar inferior a R$ 2,5 mil, quase 60% possuem um celular ou tablet com acesso à Internet e mais de um quarto deles já os utilizou para estudar e realizar atividades escolares.

Ao invés de coibir o uso do celular, as escolas deveriam incorporá-lo como um recurso que já tem uma forte ligação com a rotina dos estudantes. Se bem aplicados e com um planejamento bem elaborado, eles podem contribuir fortemente para envolver os alunos em um processo de aprendizagem baseado em projetos, envolvendo atividades desafiadoras e que são conectadas ao cotidiano do aluno. As escolas devem estimular a criação de conteúdos e o desenvolvimento de projetos educacionais e pedagógicos que o transformem em uma poderosa ferramenta de ensino e aprendizagem.


Está nas primeiras páginas dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que o objetivo final do Ensino Médio é preparar o aluno para dar continuidade aos seus estudos, ingressar no mercado de trabalho e exercer sua cidadania. Mas será que a organização de nossas estratégias de ensino estão suportando efetivamente estes desafios?


Ao que tudo indica, ainda não. Em pesquisa realizada com 63 presidentes de grandes empresas, publicada pela revista Você S/A, os mesmos mencionaram que buscam jovens que saibam se comunicar bem pela oralidade e pela escrita, tenham um bom raciocínio lógico, saibam pesquisar, se relacionar bem, usar tecnologias, administrar bem o tempo, preservar o meio ambiente e fazer trabalho voluntário. Ou seja, muito mais do que pessoas com conhecimento técnico, as empresas estão buscando pessoas que tenham atitude, iniciativa, criatividade e resiliência.

Para que a escola consiga engajar e motivar estes alunos da geração que já nasceu digital é preciso avaliar alguns pontos, como se a grade curricular que está sendo trabalhada é relevante e faz sentido para os alunos; se as estratégias de ensino são instigantes e desafiantes, colocando o aluno no centro da aprendizagem e colaborando no desenvolvimento de suas competências e habilidades básicas para serem mais participativos na sociedade; e, claro, se os recursos que apoiam estas iniciativas são os mais adequados.

O celular pode permitir aos alunos pesquisar na Internet, criar textos, gravar vídeos, tirar fotos, produzir podcasts, armazenar dados e compartilhar todo material nas redes sociais e blogs, possibilitando, inclusive, desenvolver projetos colaborativos envolvendo alunos de várias escolas e até mesmo de outros países, entre diversos outros recursos que irão tornar o processo de ensino e aprendizado muito mais empolgante.

Adotar as tecnologias digitais na educação é um caminho sem volta. Mas não é preciso reinventar a roda. Agregar o celular como ferramenta pedagógica já pode ser um excelente começo. Proibir seu uso nas escolas faz com que os alunos se sintam em um presídio, de acordo com a pesquisa desenvolvida pelo CEBRAP.




Já há diversas empresas desenvolvendo softwares e aplicativos para smartphones com fins educacionais. Afinal, se o celular é uma ferramenta para uso profissional, por que os alunos não podem utilizá-la na escola? Um dos principais papéis da escola não é justamente preparar os estudantes para o mercado profissional? Então, qual o sentido de obrigar o aluno a deixá-lo em casa?

Fonte: Net Educação

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ATENÇÃO! SE LIGUEM NESSAS DICAS!!


Jovens do ensino fundamental 2 e médio dão dicas de como usar o celular em sala de aula.
Eles comentam sobre a importância do uso das novas tecnologias digitais para nos auxiliar no aprendizado.
















quarta-feira, 4 de setembro de 2013

AULA COM CELULAR, É O QUE HÁ!!

Registrando a aula com o celular

Hoje , dia 4 de setembro de 2013, tivemos uma aula teste com o celular na turma do 1º ano do Ensino Médio. Foi uma aula completamente diferente. Saímos de nossa sala de aula formal e fomos para um espaço bem mais agradável do colégio onde foi feita uma enquete com a turma para saber a opinião dos jovens sobre a importância do celular na vida deles e o que eles pensam sobre o uso do celular como uma ferramenta a mais para aprender.


Vejam no vídeo a opinião dessa turma hitech.








" Quando a aula é como essa, ou como algumas que a senhora faz , usando até vídeo... a gente não usa. "
(João Pedro Lacerda)


" O celular é um acessório indispensável para nós do século XXI , porque o celular exerce várias funções ... o celular tem sim seus prós e também tem seus contras ... um celular com acesso a internet... ao mesmo tempo que o professor tá explicando a gente tá interagindo através do celular porque tem vários aplicativos que permitem essas funções hoje ..."
(Mara Lúcia)
" Quando o professor faz uma pergunta, o aluno pode muito bem usar o celular e ir na internet procurar a resposta de alguma pergunta."
(Gustavo Henrique)



"Quando eu estava na escola, o computador era uma coisa muito assustadora. As pessoas falavam em desafiar aquela máquina do mal que estava sempre fazendo contas que não pareciam corretas. E ninguém pensou naquilo como uma ferramenta poderosa. "Bill Gates em palestra na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, em 2004.






domingo, 1 de setembro de 2013

ENTREVISTA AO SITE "DOCÊNCIA IN LOCO" SOBRE O USO DO CELULAR NA SALA DE AULA

Sexta-feira, dia 30/08/13, conversei com a Profª Rosana Rogeri (SP) que administra o site Docência in Loco, sobre o uso de celular na sala de aula.
Abordamos temas polêmicos do uso dessa ferramenta e procuramos focar no lado positivo da utilização do celular de forma didática.

VAMOS ASSISTIR?

terça-feira, 13 de agosto de 2013

1º EXPERIÊNCIA USANDO CELULAR EM SALA DE AULA







AULA DE HISTÓRIA USANDO O CELULAR



OBJETIVOS:


  •    DESCONSTRUIR A IDEIA DE QUE O CELULAR É ALGO PREJUDICIAL AO APRENDIZADO, COMPROVANDO, QUE QUANDO BEM USADO, PODE SER UMA FERRAMENTA PODEROSA PARA COMPARTILHAR O CONHECIMENTO E ENRIQUECÊ-LO.
  •   CRIAR ESTRATÉGIAS PARA A UTILIZAÇÃO DO CELULAR COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR DO ENSINO-APRENDIZAGEM.



PÚBLICO ALVO:

  •  Fundamental 2 ( 6º ao 9º ano)

  • Foi feito um comunicado aos alunos em sala de aula e via Facebook sobre o uso liberado do celular para fins pedagógicos. Então os alunos deveriam levar o celular  e utilizá-lo conforme o desenvolvimento da aula.





AULA


Utilização do celular com envio de mensagens sobre o tema da aula, respondendo questões propostas por mim e opinando sobre os pontos positivos e negativos do uso do celular em sala de aula.

OBS.: PESQUISAR PLATAFORMAS DE MENSAGENS GRÁTIS PARA QUE ELES POSSAM INSTALAR EM SEUS CELULARES E ENVIAREM AS MENSAGENS GRATUITAMENTE, POSSIBILITANDO, ASSIM, A PARTICIPAÇÃO DE TODOS.







USANDO O CELULAR PARA APRENDER MAIS

Alguns alunos produziram vídeos com os assuntos estudados durante a aula . Esses vídeos foram feitos usando o celular. 


O Jovem Pedro Henrique , aborda a questão do bom uso do celular em sala de aula. Ele dá exemplos de como o celular pode contribuir para o aprendizado.





E o jovem João Batista lança sua proposta de uso do celular pra aprender mais , sem esquecer nosso velho e bom dicionário de papel. Vejam!!



Vejam o resultado do vídeo produzido pelas alunas Bruna e Rafaela da turma do 7º ano. 




Agora vamos ver o vídeo da Lara, Ana Beatriz e a Emanuele, também do 7º ano. Assunto : Expansão Marítima.



Vejam mais opiniões dos alunos sobre o uso do celular em sala de aula.



Agora a opinião da jovem Nicoly.


Depoimento do Felipe





PONTOS OBSERVADOS


1- Nas turmas de 6º, 7º e 9º anos alguns alunos não possuem celular, ou estão quebrados ou esqueceram em casa.

2- Alguns alunos que não estavam com celular pediram pra fazer as atividades em dupla com os colegas que estavam com o celular. ( ocorreu dispersão da aula de forma mais acentuada nos grupos)

3- Na turma do 8º ano somente 2 alunos não estavam com celular, sendo, assim, a aula transcorreu de forma mais tranquila. Isso pode demonstrar que é bem melhor cada um usar o seu aparelho celular individualmente e interagir com a turma através de mensagens. (ou através de outras funções do aparelho, desde que não atrapalhe o aprendizado).

4- Senti que necessitaria fazer um esclarecimento sobre esse tipo de aula ( incomum a todos eles, inclusive a mim) para haver uma conscientização maior.

5- Nas turmas do 7º e 9º anos foi exibida uma reportagem sobre o tema celular em sala de aula.

6- Na turma do 6º ano por ter maior índice de alunos sem celular, a aula ocorreu de forma tradicional. (imprevisto)

7- Alguns alunos reclamaram de não ter crédito no celular para enviar mensagem.

8- Houve dispersão durante a aula (os mesmos alunos que normalmente dispersam nas aulas tradicionais).

9- Através do envio de mensagens o aluno pode exercitar a escrita correta e o hábito de pensar e construir suas respostas.

10- O tempo de 50 minutos ( por sala ) não foi suficiente para organizar a aula em todas as turmas.

11- Alguns alunos se mostraram pessimistas com relação ao uso do celular em sala de aula. (uma minoria)

12- Grande parte da turma estava estimulada a participar da aula.





·         Mudar a metodologia é um processo lento e mais lento ainda com o uso dessas plataformas digitais, tendo em vista que pra nossa realidade ( Fortaleza- Ceará) não temos nenhuma escola trabalhando com isso. O que se tem são laboratórios de informática – muitas vezes sem internet ou com computadores desatualizados ou com defeito.
·         Os alunos têm uma forte tendência a pensar o uso do CELULAR SOMENTE PARA LAZER. (Consequência da falta de interação CELULAR-APRENDIZADO, suponho)
·         Devemos ter  muita paciência e perseverança pra realizar as mudanças.









DEPOIMENTOS DOS ALUNOS SOBRE O USO DO CELULAR EM SALA DE AULA




 “ Sinceramente, eu acho que fotografar a lousa é uma coisa extremamente desnecessária pois é praticamente um CONTROL C CONTROL V. Além do mais com esse hábito as pessoas perdem o costume de escrever e acabam ficando com uma péssima caligrafia.”

“ O celular pode ajudar a todos os alunos , mas tem que ter responsabilidade para usar para os estudos e trabalhos. É isso que é bom pois os alunos já sabem muito sobre esse assunto.”

“Usando de forma correta, não só o celular, mas qualquer outra tecnologia será uma forte arma para nosso aprendizado.”

“ Depende, pois as vezes é necessário atender ou mandar mensagens na hora da aula pois pode ter alguma emergência na sua família entre outras coisas!! Mas se não for pra isso pode atrapalhar o seu aprendizado! Então use de forma correta!!!”

“ Depende do modo de usar a tecnologia, pode atrapalhar ou não! Se você usar de forma correta pode ser legal.”

Concordo plenamente com uso de novas tecnologias em sala de aula, pois o mundo ao nosso redor muda constantemente e a educação não deve estar privada dessas mudanças, com técnicas de ensino provenientes do século passado o aluno chega a se interessar mais pelo rápido e fácil acesso oferecido pelos aparelhos de smartphones e ipads do que pelas técnicas de ensino tão comuns nas escolas brasileiras, como por exemplo o "copiar na lousa", mas em um mundo tão globalizado em que vivemos hoje em dia, a melhor escolha seria unir o útil ao agradável, ou seja, o rápido e fácil acesso das novas tecnologias ao conteúdo proposto pelo professor, elaborando uma forma de ensino mais simples e produtiva, aliviando o peso do material na mochila do aluno compactando-o em um único acessório, acessório este que além dessas vantagens ainda constitui uma forma de discussão e compartilhamento do conteúdo estudado." ( Vinicius de Souza Lima - 8º ano)

 Concordo de usar celular na aula, mas com a maneira de interagir o aluno de uma forma mais positiva, ajudando ele a ter mais aprendizagem nas matérias."( David Levi - 8º ano )



P.S.: AULA REALIZADA NO COLÉGIO INSTITUTO FREI JOÃO PEDRO DE SEXTO.







segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ALIVIE O PESO DA SUA CONSCIÊNCIA E DA MOCHILA DO SEU ALUNO COM TECNOLOGIA








Já há algum tempo eles deixaram de ser meros telefones ou brinquedinhos. Está na hora de começar a levá-los mais a sério: os mobiles já estão na sua sala de aula, mesmo que escondidinhos, e não vão mais sair de lá!

Tablets e Smartphones:
 eles podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de alunos e professores

Tablets e Smartphones

Tablets e Smartphones: eles podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de alunos e professores.
Um dos grandes problemas das escolas jurássicas é a estreiteza de visão de gestores e educadores sobre o impacto e a extensão da aplicação de novas tecnologias no processo educacional.

Já estamos todos cansados de repetir e concordar que nosso modelo escolar é ruim e precisa ser reinventado (só tapar o sol com a peneira já não dá mais). Já há um consenso muito bem estabelecido de que as novas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) têm um papel fundamental nessa reconstrução. Porém, os falsos paradigmas da escola jurássica e o apego quase nostálgico a práticas e hábitos ultrapassados ainda sobrevivem e impedem que gestores e educadores promovam mudanças.

Em outros artigos [1][2][3] já discuti extensivamente o uso pedagógico dos mobiles (smartphones, tablets, minitablets, etc.) como meios de transformar a maneira como se ensina e propiciar novas formas de aprendizagem, de forma que o ensino se aproxime mais da dinâmica como o aluno aprende atualmente. Porém, há muito mais que podemos fazer pelos nossos alunos, e por nós mesmos, ao incorporar as novas tecnologias em nossa prática de ensino.

O uso das TDIC causa impacto dentro e fora da sala de aula e abrange algumas questões que raramente nos chamam a atenção, mas que se relacionam diretamente com as nossas práticas em sala de aula e na escola de maneira mais geral. Essas questões que, aparentemente, extrapolam o universo da sala de aula, são igualmente fundamentais se pretendemos uma escola feita para alunos e não apenas para professores e gestores terem um local para trabalhar.

Nesse artigo eu volto ao tema dos móbiles, mas com um enfoque que extrapola a prática de sala de aula para abarcar também a qualidade de vida dos nossos alunos. Como não poderia deixar de ser, retomo também o uso pedagógico dos móbiles e tento apontar alguns caminhos possíveis que eu mesmo e muitos outros estamos tentando trilhar.

A primeira proposta é simples: vamos rever o material escolar de nossos alunos e aliviar o peso de suas mochilas?

A segunda é mais complexa: vamos refletir sobre nossa capacidade de aplicar a nós mesmos as teorias que aprendemos na faculdade (Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, etc. etc) e tentar uma ação concreta?

·        Mochilas escolares, dores e problemas posturais


Mochila escolar
A mochila escolar não pode pesar mais do que 10% do peso da criança.
Diversos estudos já mostraram que as mochilas escolares podem causar problemas posturais e quadros de dores nos ombros, costas e outras partes do corpo sensíveis a sobrecarga de peso transportado.

Segundo esses estudos a carga máxima que uma criança deveria transportar em sua mochila não deve ultrapassar 10% de seu peso. A conta é simples:

Carga máxima = 100 x (peso da mochila)/(peso da criança)

A mochila escolar não pode
pesar mais do que 10%
do peso da criança.
Se o resultado dessa conta for maior do que 10 isso quer dizer que a criança está transportando um peso excessivo e, provavelmente, terá problemas de saúde como consequência.

Há várias maneiras de tentar contornar o problema do sobrepeso das mochilas. Algumas são indicadas no final do artigo, nas referências de pesquisa na internet. Porém, a maneira mais simples de resolver o problema é simplesmente reduzir a quantidade de itens transportados.

Mas, que itens são transportados em uma típica mochila de criança do ensino fundamental ou médio?
Vamos listar alguns:

livros: livros didáticos e apostilas, livros de literatura, gibis, revistas, dicionários de português e outras línguas, etc.
cadernos: caderno de várias disciplinas, cadernos de caligrafia, caderno de desenho, agenda.
materiais de apoio à escrita: lápis, caneta, lápis e canetas para desenhar e pintar, borracha, corretivo, régua e outros apetrechos de desenho, estojo para armazenar.
materiais variados: relógio, adesivos, tesouras, brinquedos, chaveiros, instrumentos musicais, calculadora, jogos, etc.
Se olharmos com atenção veremos que as mochilas são mini papelarias ambulantes e mesmo retirando delas todos os itens supérfluos ainda restarão muitos itens pesados, sendo que, geralmente, estes são os mais importantes.

Estudos também mostram que o peso das mochilas aumenta conforme a idade e a série escolar de forma desproporcional ao aumento de peso das crianças. Nas séries finais no Ensino Fundamental as mochilas pesam bem mais porque os alunos transportam mais cadernos, dicionários e livros de diversas disciplinas.

Proposta 1: Aliviando o peso da mochila com tecnologia

Enquanto alguns professores ainda gritam desesperados para seus alunos desligarem seus smartphones e tablets e pegarem seus livros e cadernos, porque simplesmente não pedem que os alunos abram seus livros e cadernos no smartphone ou no tablet?

Em um único tablet, com pouco mais de meio quilograma, é possível armazenar todos os livros didáticos que o aluno utilizará, todos os dicionários que precisar, todas as enciclopédias sugeridas para consulta, tradutores, agendas, e milhares de outros materiais “escritos” para consulta.
Os tablets possuem aplicativos para produção de texto formatado, planilhas, gráficos, figuras, apresentações, ferramentas de desenho, ferramentas de escrita caligráfica, corretores ortográficos, etc. etc.
Com um tablet não há necessidade de dezenas de lápis coloridos, borrachas, tesouras, canetas, calculadoras, relógios, corretivos líquidos, réguas, compassos, etc. etc.
De brinde os tablets ainda levam em si máquinas fotográficas, filmadoras, aparelhos de som, televisores, calculadoras, cronômetros, jogos e aplicativos para todo tipo de coisa que se queira.
Com os tablets é possível fazer experiências sem ter laboratório na escola, simular situações que seriam impossíveis ou extremamente difíceis no mundo real, consultar professores virtuais, interagir com alunos de outras classes e escolas, etc. etc. É uma lista interminável!
Não é preciso ser um gênio da matemática para perceber que quase tudo que um aluno carrega em sua mochila pode ser colocado em um tablet ou mesmo em um smartphone (com algumas restrições devido ao tamanho da tela) com uma redução de peso e de volume absurdamente grande.

E o mais impressionante nisso tudo, e razão pela qual eu afirmo que os falsos paradigmas ainda sobrevivem na escola e nos atrasam cada vez mais, é que em muitas mochilas já encontramos um item muito bem escondidinho, porque é odiado por professores e gestores, mas muito importante: o tablet ou o smartphone!

Não adianta fingir: sua consciência anda abalada por causa das TDIC

Oras, convenhamos, se não fôssemos educadores diplomados e cultos, portanto inteligentes e sempre abertos às novas ideias, alguém que nos visse proibindo os alunos de usarem seus tablets na sala de aula nos acharia “um tanto desprovidos de bom senso” (para ser bem sutil).

Porque gestores e professores resistem de forma quase ingênua, para não dizer tola, à incorporação dessas tecnologias de forma natural em suas salas de aula?
 Porque querem que os alunos copiem suas lousas à mão e no caderno se eles podem simplesmente fotografá-las? Porque os alunos precisam levar livros pesados se esses livros e muitos outros poderiam estar digitalizados de maneira a não ocupar nenhum espaço e nem ter peso algum? Porque o aluno tem que escrever sobre uma folha de papel em seu caderno (parte de um cadáver de uma pobre árvore derrubada para essa finalidade) se eles podem escrever e desenhar da mesma forma, ou melhor ainda, sobre uma tela digital?


Fotografando a lousa.

Fotografar a lousa é uma forma inteligente de copiá-la.

Fotografar a lousa é uma forma inteligente de copiá-la.
Há tantos porquês de difícil resposta nessa questão que é mais fácil refletirmos sobre o conjunto deles todos:

Será que não estamos teimando em continuar na idade da pedra lascada sem nenhuma razão evidente que justifique isso?
Porque nos apegamos tanto a paradigmas, práticas e ideias completamente obsoletas?
Como podemos dormir em paz sabendo, lá no fundo de nossa consciência, que estamos agindo errado e de forma proposital?

Já está mais do que claro que além do usos pedagógicos que potencializam o ensino e a aprendizagem, os tablets e smartphones são escolhas saudáveis e inteligentes para substituírem uma infinidade de itens que de fato não precisamos mais ter dentro da mochila.

Porém, os tablets e smartphones também provém recursos para que não precisemos mais de uma série de práticas pedagógicas que também já não cabem mais em nossas salas de aula: nossa mochila pedagógica está cheia de entulho!

Aliás, porque ainda temos “salas” de aula e grades nas portas e janelas?
Porque nossos alunos precisam ficar sentadinhos enfileirados como militares ou prisioneiros em formação?
Porque temos horários rígidos e campainhas que nos empurram daqui para ali, como nas fábricas ou nas prisões?
Porque a escola parece uma indústria-prisional de lavagem cerebral se ela se destina a gerar cidadãos livres e libertários, criativos e conscientes?
São tantos porquês…

Proposta 2: Aliviando o peso da sua consciência com tecnologia
Proponho, além da reflexão sobre esses “porquês inexplicáveis”, uma ação concreta que nos permita passar de elementos passivos ou observadores críticos para atores criativos: vamos “chutar o balde”? Mesmo que você acredite (e não saiba racionalmente porque acredita) que o uso de tablets e smartphones é mais prejudicial do que benéfico, aceite o desafio de usá-los por dois meses (um bimestre!).

·         Combine com seus alunos que tragam para a aula seus smartphones, tablets, netbooks e notebooks e comece a propor que eles sejam usados em atividades rotineiras da aula como: copiar a lousa, escrever textos, pesquisar palavras em dicionários, assuntos em enciclopédias ou na internet, etc. Explore as possibilidades!

·         No princípio você estará bastante inseguro sobre “onde isso vai nos levar”. Afinal, é algo novo, e sempre nos sentimos inseguros diante de coisas que não dominamos, não conhecemos profundamente e nem somos capazes de controlar de forma absoluta (Ei, espere aí, a vida toda é assim, não é?).

·         Claro que para “chutar o balde” e passar de elemento passivo ou observador crítico para ator criativo, é preciso antes ter uma boa conversa com os gestores, os pais e os alunos. Afinal, somos educadores e não vamos propor que os alunos “tragam um novo brinquedo para a sala de aula”, mas sim que passemos a usar novas ferramentas para potencializar a aprendizagem e promover mudanças comportamentais importantes (para a aprendizagem, para a saúde, para a cidadania em um mundo moderno e tecnológico e para nosso próprio benefício, na medida que podemos desenvolver aulas mais produtivas e obter melhores resultados com menores esforços).

·         Também não pense que tudo sairá como planejado inicialmente, pois um dos novos paradigmas com os quais você terá que ir se acostumando é que nesse novo mundo, em constante e rápida transformação, todos os processos são dinâmicos e pouco controláveis, requerendo ajustes constantes e uma atenção contínua ao desenvolvimento.

·         Nem pense em contar com a adesão de todos à sua volta, pois o diferente ainda é visto como “estranho e perigoso”. Muitos colegas dirão que você está “conturbando a escola” (e estará mesmo!), que isso dificulta o trabalho deles (bobagem!) e, principalmente, que você perderá o controle (o que seria verdade se realmente alguém tivesse o “controle” nos dias de hoje).

·         Muitos alunos podem não ter esses recursos, então você também não poderá migrar 100% de sua prática para esse novo modelo. Mas também não é esse o objetivo aqui. O objetivo é iniciar agora mesmo, na sua escola e nas suas classes, uma mudança que já está em andamento em todo lugar e que não será freada por esforços retrógrados: a incorporação natural das novas tecnologias nas práticas de ensino e o desenvolvimento de novas práticas baseadas em um novo estilo de aprendizagem e comportamento manifestado pelas gerações de nativos-digitais.

·         Se o desafio lhe parecer “impossível ou muito improvável”, tenha em mente que já existem professores fazendo isso em salas de aula reais no mundo todo e, inclusive, no Brasil (ok, eu também sou um deles) e, segundo relato deles mesmos, tem dado certo! Todos os problemas e dificuldades listados acima podem ser contornados ou superados.

·         Se aceitar o desafio não se esqueça de planejar antes de executar qualquer atividade e, durante a atividade, esteja preparado para lidar com todo tipo de imprevisto. Portanto, tenha na manga um plano B, C, D e uma boa dose de paciência e persistência;


·         sonhe alto, mas caminhe devagar e dê um passo de cada vez. As grandes obras se constroem lentamente. Na sala de aula as conquistas são incrementais, ocorrem aos poucos, nem sempre com todos ao mesmo tempo e, por fim, nem sempre terminam onde planejamos no início;
·         seja muito persistente; acredite de verdade que está construindo algo melhor do que já temos;
·         observe tudo atentamente e analise em tempo real as ações, comportamentos e mudanças na sua própria prática e na prática do aluno. Procure localizar as mudanças que planejou, mas tenha olhos para ver outras mudanças não planejadas que ocorrerão;
·         coloque-se no lugar do seu aluno. Mude seu ponto de vista. Tente aprender com eles as melhores maneiras de usar as ferramentas tecnológicas para atingir de forma mais eficiente os objetivos que você tem como professor;
·         procure outras pessoas que estão tentando usar os mobiles em sala de aula; a rede está cheia delas. Procure “aliados” na própria escola. Compartilhe, interaja e se insira na rede mundial, nos grupos de discussão, nas comunidades virtuais;
·         no final desse “bimestre experimental”, reavalie com seus alunos a possibilidade de continuar tentando inovar no próximo bimestre, e no próximo ano, e pelo resto da sua vida.
·         Se depois desse bimestre você concluir que não valeu a pena e resolver desistir (não recomendo mesmo!), tranquilize-se, pois pelo menos você terá saído de sua zona de conforto, terá sentido um desequilíbrio cognitivo que o levará a explorar sua zona de desenvolvimento proximal, terá desenvolvido novas habilidades em direção à aquisição de novas competências e, para todos os fins, terá exercitado na prática o novo paradigma de aprender a aprender.

·         Se resolver continuar adiante, terá aprendido que aprender sempre e aprender com novas tecnologias é divertido e desafiador e, por isso mesmo, os alunos também preferem aprender assim. Além disso, quando os mobiles, enfim, deixarem de ser vistos como vilões e passarem a ser vistos como essenciais na Educação, você já estará pronto para desenvolver novas metodologias para as próximas tecnologias que estarão surgindo, e não mais como agora, na incômoda situação de ter que lidar com algo que desconhece por completo, que nunca experimentou e, mesmo sabendo que é bom, não gosta (parece criança que não quer comer brócolis, não?).

Acredito que após dois meses persistindo no uso dos mobiles você poderá ter conseguido:

·         alunos mais produtivos, que agora terão mais tempo para se dedicar ao aprendizado e às suas explicações do que à tarefas ridiculamente ultrapassadas como “fazer cópias de lousa”;
·         criar uma rotina de uso em que o aluno (e você mesmo) passe a ver o tablet ou smartphone como uma ferramenta de trabalho escolar tão banal quanto o antiquíssimo caderno, porém mais divertida e funcional;
·         um menor nível de “indisciplina”, “desatenção” e “desinteresse” nas aulas pois, aquilo que é proibido e raro (como o uso atual dos smartphones e tablets na sala de aula) é muito atrativo e dispersivo, mas o uso regular desses aparelhos acaba retirando deles o “gosto pelo pecado” e os torna apenas materiais didáticos usuais, porém, mais divertidos e inteligentes;
·         criar novas dinâmicas de aula que incluam o uso da internet e de recursos de multimídia e computacionais como ferramentas banais, mas que podem tornar suas aulas mais completas e interessantes;
·         reduzir significativamente o peso e o volume de materiais didáticos e de apoio que os alunos trazem para a escola em suas mochilas e, com isso, estará também contribuindo para a saúde deles. E procure perceber que você também acabará reduzindo o peso que carrega na bolsa e na consciência;
·         criar em si mesmo e nos alunos a expectativa de que muito mais pode ser feito, muito mais há para se saber sobre essa nova forma de ensinar e aprender e, por fim, terá plantado uma sementinha onde antes havia apenas poeira velha e repisada de paradigmas capengas.



Bom, então, divirta-se!

Referências e sugestões na Internet:
[1]: Uso pedagógico do telefone móvel (celular) – Artigo já publicado nesse blog.
[2]: TICs, telefones celulares e a escolassaura – Artigo já publicado nesse blog.
[3]: Educação, TICs e diversão – Artigo já publicado nesse blog.
Simulador de peso da mochila: nessa página você encontra um aplicativo online que permite calcular o peso da mochila de uma forma simples e direta (e divertida!).
Cartilha Mochilas Escolares: cartilha produzida pel Associação de Consumidores PROTESTE orientando sobre o uso correto da mochila escolar.
Avaliação do peso e do modo de transporte do material escolar em alunos do ensino fundamental. Paper.
Influência do peso das mochilas escolares sobre alterações posturais em crianças. Paper.
Uma Avaliação Acerca da Incidência de Desvios Posturais em Escolares. Paper.
Encontro Internacional de Educação 2012-2013: iniciativa da Fundação Telefonica/Educared que promove entre 2012 e 2013 uma série de palestras, atividades onlines e encontros presencias para discutir o papel das novas tecnologias na Educação. Você encontra aqui diversos temas diretamente ligados ao uso dos mobiles e relatos de uso eficiente.
Mobile Learning na Educação da Geração Z: veja aqui um apanhado de escolas e sistemas de ensino que já utilizam os tablets regularmente. Artigo da FGV Online.
Mlearningpedia: o Mlearningpedia é um blog focado no uso de dispositivos móveis como ferramenta de ensino. O conteúdo e bastante diversificado e de boa qualidade.
Blog Serão Extra: um blog do professor Suintila, que vem fazendo bastante sucesso com o uso do celular em suas aulas. No blog também há vídeos de palestras dele sobre o tema.
Celulares na Educação: grupo temático de discussão no Facebook sobre o uso do celular na Educação, TDIC e temas correlatos.
(*) Para citar esse artigo (ABNT, NBR 6023):


ANTONIO, José Carlos. Alivie o peso da sua consciência e da mochila do seu aluno com tecnologia

Fonte: http://professordigital.wordpress.com/