Causas da descolonização
A descolonização da Ásia e da África está relacionada com a
decadência da Europa, motivada pela Primeira Guerra Mundial, pela crise de 1929
e Segunda Guerra Mundial.
Outro fator será o despertar do sentimento nacionalista na
Ásia e na África, impulsionado pela decadência da Europa e pela Carta da ONU,
que, em 1945, reconheceu o direito dos povos colonizados à autodeterminação. O
ponto máximo do nacionalismo será a Conferência de Bandung (1955), ocorrida na
Indonésia que estimulou as lutas pela independência.
A guerra fria e a polarização entre EUA (capitalismo) e a
URSS (socialismo) também contribuiu para o fim dos impérios coloniais. Cada uma
das superpotências via na descolonização uma oportunidade de ampliar suas
influências políticas e econômicas.
A Descolonização da Ásia
O processo de independência das
áreas coloniais asiáticas foi por meio da guerra ou pacífica.
Independência da Índia
O processo de independência da Índia teve seu início na
década de 1920, através do Partido do Congresso, sob a liderança de Mahatma
Gandhi e Jawarhalal Nerhu. A campanha de Gandhi foi caracterizada pela
desobediência civil, não-violência e resistência passiva. Em 1947, os ingleses
reconheceram a independência da Índia. Em face das rivalidades religiosas o
território foi dividido: a maioria hinduísta, governada por Nerhu formará a
União Indiana; a parte islâmica, governada por Ali Junnah, formará o Paquistão.
Em 1971 o Paquistão Oriental proclama sua independência do Paquistão Ocidental,
surgindo a República do Bangladesh.
Independência da Indonésia
O movimento de
independência da Indonésia foi conduzido por Sukarno. A luta estendeu-se até
1949, quando a Holanda reconheceu a independência.
Independência da Indochina
No ano de 1941, como
resistência a ocupação japonesa, formou-se um movimento nacionalista – Vietminh
– dirigido por Ho Chi Minh. Após a derrota japonesa na guerra foi proclamada a
independência da República Democrática do Vietnã ( parte norte). Os franceses
não reconheceram a independência e tentaram, a partir de 1946, recolonizar a
Indochina, tendo início a Guerra da Indochina. Em 1954, na Conferência de
Genebra foi reconhecida a independência da Indochina, dividida em Laos, Camboja
e Vietnã (parte norte e parte sul). A mesma conferência estabeleceu que o
paralelo 17 dividiria o Vietnã. Em 1956 formou-se a Frente de Libertação
Nacional, contra o governo de Ngo Dinh Diem – apoiado pelos EUA. A Frente
contou com o apoio do Vietcong (exército guerrilheiro). O cancelamento das
eleições de 1960 deu início à guerra do Vietnã. O Vietcong contou com o apoio
do Vietnã do Norte, e o governo de Ngo Dinh Diem dos EUA. A guerra perdurou até
1975, quando os Estados Unidos retiraram-se da região.
A Descolonização da África.
Independência do Egito: O Egito era um protetorado inglês ( a
região possuía autonomia, supervisionada pela Inglaterra). O domínio inglês
terminou em 1936, porém o canal de Suez continuou sob controle britânico.
Independência da Argélia: O movimento nacionalista argelino
começou em 1945. Liderada por muçulmanos este movimento inicial foi reprimido.
As manifestações intensificaram-se após a fundação da Frente Nacional de
Libertação – influenciada pelo fundamentalismo islâmico. A guerra de
independência começou em 1954. Em 1957 ocorreu a Batalha de Argel – duramente
reprimida pelo exército francês. No ano de 1962 houve a assinatura do acordo de
Evian, ocorrendo o reconhecimento da independência argelina.
O fim do império colonial português
Durante a década de
1950 começaram a se organizar movimentos separatistas em Angola, Moçambique e
Guiné portuguesa.
Em 1956 foi criado o Movimento Popular pela Libertação de
Angola (MPLA), sob a liderança de Agostinho Neto. Posteriormente surgiram a
Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA)
Após a independência de Angola, mediante o Acordo de Alvor em
1975, os três grupos acima iniciaram uma guerra civil, na disputa pelo poder. A
independência de Moçambique foi patrocinada pela Frelimo (Frente de Libertação
de Moçambique), tendo como líder Samora Machel – que em 1960 iniciou um
movimento de guerrilha. Portugal reconheceu a independência em 1975. No ano de
1956, Amílcar Cabral fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC). No ano de 1974 foi reconhecida a independência da Guiné; em
1975 do Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe. Um importante fato que contribuiu
para o fim do império colonial português foi a Revolução dos Cravos, que
ocorreu em 25 de abril de 1974 e que marcou o fim do regime fascista (imposto
por Oliveira Salazar e continuado por Américo Tomás e seu primeiro-ministro
Marcelo Caetano). O novo governo de Portugal não ofereceu resistência para o
reconhecimento da independência das colônias.
As consequências da descolonização
o surgimento de novos países que, ao lado das nações latino americanas,
formaram o bloco do Terceiro Mundo. Este bloco fica sob a dependência dos
países capitalistas desenvolvidos (Primeiro Mundo) ou de países socialistas
(Segundo Mundo). A dependência deste bloco será responsável pela concentração
de renda nos países ricos e pelo crescente endividamento externo dos países
subdesenvolvidos, apresentando sérios problemas de saúde, educação,
desnutrição, entre outros.
QUESTÕES
1. (Mackenzie) "Cremos como verdades evidentes, por si
próprias, que todos os homens nasceram iguais, que receberam do seu Criador
alguns direitos inalienáveis; que entre esses direitos estão a vida, a
liberdade e a procura da felicidade; que é para assegurar esses direitos que os
Governos foram instituídos..."
(Declaração de Independência dos
EUA - 04.07.1776).
Esta declaração inspirou-se nos ideais do:
a) Neoliberalismo.
b) Absolutismo.
c) Iluminismo.
d) Positivismo.
e) Estoicismo.
2. (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um
homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há
um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não
ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o
resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na
região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da
Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de
descolonização que não respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com as
independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que
provocou suas grandes desigualdades sociais.
3. (Cesgranrio) "A Conferência está de acordo em
declarar que o colonialismo, em todas as suas manifestações, é um mal a que
deve ser posto fim imediatamente."
(DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril de 1955)
Após a Segunda Guerra Mundial, a dominação ocidental no
continente asiático e no continente africano foi contestada por movimentos
locais de confronto com as nações imperialistas, em prol da independência e da
autodeterminação dos povos desses continentes. Dentre os fatores que
possibilitaram o processo de descolonização afro-asiático, NÃO podemos apontar
a(o):
a) influência da doutrina socialista, principalmente nas
áreas coloniais que sofreram transformações revolucionárias, tais como o Vietnã
e Angola.
b) transferência para as áreas coloniais de uma ideologia
humanista e antinacionalista, expressa na organização doutrinária do Bloco dos
Não-Alinhados.
c) deslocamento dos centros hegemônicos das decisões
políticas internacionais da Europa para os EUA e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento das potências coloniais europeias
provocado por sua participação na Segunda Guerra Mundial.
e) fim do mito da inferioridade dos povos afro-asiáticos, em
virtude das vitórias japonesas contra os ocidentais na guerra do Pacífico.
4. (Fatec) A descolonização do Oriente Médio enfrentou sérias
dificuldades decorrentes, entre outras razões, das arbitrariedades cometidas na
demarcação dos territórios de cada uma das novas nações. Esse procedimento, ao
tentar solucionar os problemas dos ex-dominadores, dividiu grupos tradicionais,
tirando-lhes regiões ricas ou estratégicas, colocando, com isso, os nascentes
Estados em rivalidade permanente e levando, algumas vezes, ao surgimento de
guerras como a Guerra dos Seis Dias (1967).
Esse conflito trouxe como principal problema para aquela
região:
a) o boicote petrolífero determinado pela OPEP contra os
países do Ocidente.
b) a guerra civil no Líbano após a queda de Nasser no Egito.
c) a ocupação por Israel de vários territórios árabes,
principalmente a margem ocidental do rio Jordão.
d) a internacionalização de Jerusalém e a ocupação israelense
em Golan.
e) o fechamento do Canal de Suez e a ocupação egípcia da
região do Sinai.
5. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na Indonésia,
reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo.
Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o
Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos
liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os
interesses dos países que estavam sofrendo as consequências do processo de
industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial
uma vez que suas propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos
países periféricos.
c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no
Oriente Médio, provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados
"tigres asiáticos" que valorizou o planejamento estratégico, a
industrialização independente e a educação.
e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que
condenou o colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.
6. (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a
guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em
Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência.
Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades
africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do
planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos
estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e
muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e
aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o
continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de
Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma
política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se
do caos.
7. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos
flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente
todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este
quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança
do neocolonialismo, uma vez que a dominação colonial europeia se encerrou logo
após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao
colonialismo europeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede
sua modernização.
c) da inserção da maioria dos países africanos na economia
mundial como fornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado
continuamente.
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao
continente, a espoliação imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua
autodeterminação.
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que
redundou na formação de micronacionalismos incapazes de reconstruir antigas
formas de associação bem como de construir novas.
8. (Fuvest) As resistências à descolonização da Argélia
derivaram essencialmente:
a) da reação de setores políticos conservadores na França,
associados aos franceses que viviam na Argélia.
b) da pressão das grandes potências que temiam a implantação
do fundamentalismo islâmico na região.
c) da iniciativa dos Estados Unidos que pressionaram a França
a manter a colônia a qualquer preço.
d) da ação pessoal do general De Gaulle que se opunha aos
projetos hegemônicos dos Estados Unidos.
e) da atitude da França que desejava expandir suas colônias,
após a Segunda Guerra Mundial.
9. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao processo
de descolonização na África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos
países daquele continente a se tornarem independentes. Isto se explica
a) pela ausência de movimentos de libertação nacional
naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, Samora Machel e
Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada no
paternalismo e na benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e África do Sul
para manter a dominação.
e) pela intransigência do salazarismo somente eliminada com a
Revolução de Abril de 1974.
10. (Fuvest) Na década de 1950, dois países islâmicos tomaram
decisões importantes: em 1951, o governo iraniano de Mossadegh decreta a
nacionalização do petróleo; em 1956, o presidente egípcio, Nasser, anuncia a
nacionalização do canal de Suez. Esses fatos estão associados
a) às lutas dos países islâmicos para se livrarem da
dominação das potências Ocidentais.
b) ao combate dos países árabes contra o domínio militar
norte-americano na região.
c) à política nacionalista do Irã e do Egito decorrente de
uma concepção religiosa fundamentalista.
d) aos acordos dos países árabes com o bloco soviético,
visando à destruição do Estado de Israel.
e) à organização de um Estado unificado, controlado por
religiosos islâmicos sunitas.
11. (Puc-rio) As lutas pela descolonização transformaram
profundamente o mapa político mundial na segunda metade do século XX. As
alternativas abaixo relacionam características importantes dos Estados
nacionais surgidos na África e Ásia ao longo desse período, com EXCEÇÃO de uma.
Qual?
a) A maioria dos novos Estados nacionais adotou sistemas
políticos e modelos de governo ocidentais inspirados nas experiências de suas
metrópoles.
b) Os Estados recém-constituídos conseguiram construir uma
identidade política sólida, o que permitiu a organização do movimento dos
países "não-alinhados", em Bandung, na Indonésia.
c) Na maioria dos novos países, coube ao Estado tomar para si
as tarefas de modernização e crescimento econômico com o objetivo de promover o
desenvolvimento nacional.
d) Nos países em que a independência se realizou por meio de
revoluções sociais, os novos Estados tenderam para o modelo soviético.
e) Nos processos de independência conseguidos através de
guerras contra as antigas metrópoles, os exércitos nacionais e suas lideranças
acabaram por desempenhar um papel de destaque na política nacional dos novos
Estados.
12. (Pucmg) Na segunda metade do século XX, após décadas de
dominação européia, os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos
Estados Africanos hoje, EXCETO:
a) o domínio exercido por uma elite africana em lugar do
antigo dominador.
b) o falso desenvolvimento econômico realizado em proveito do
capital externo.
c) a independência formal associada à manutenção do domínio
de "tipo colonial".
d) a solidariedade dos povos negros em luta contra os
resíduos da europeização.
e) a tendência autoritária e violenta dos pequenos Estados
recém-formados.
13. (Pucsp) "A economia dos países africanos
caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação,
constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda,
mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza
e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma
escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila
Leite Hernandez. "A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro
Edições, 2005, p. 615.
O fragmento caracteriza a atual situação geral dos países
africanos que obtiveram sua independência na segunda metade do século XX. Sobre
tal caracterização pode-se afirmar que:
a) deriva sobretudo da falta de unidade política entre os
Estados nacionais africanos, que impede o desenvolvimento de uma luta conjunta
contra o controle do comércio internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da precariedade de recursos naturais no
continente africano e da falta de experiência política dos novos governantes,
que facilitam o agravamento da corrupção e dificultam a contenção dos gastos
públicos.
c) deriva sobretudo das dificuldades de formação dos Estados
nacionais africanos, que não conseguiram romper totalmente, após a
independência, com os sistemas econômicos, culturais e político-administrativos
das antigas metrópoles.
d) é resultado exclusivo da globalização econômica, que
submeteu as economias dos países pobres às dos países ricos, visando à
exploração econômica direta e estabelecendo a hegemonia norte-americana sobre
todo o planeta.
e) deriva sobretudo do desperdício provocado pelas guerras
internas no continente africano, que tiveram sua origem no período anterior à
colonização européia e se reacenderam em meio às lutas de independência e ao
processo de formação nacional.
14. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos
últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total
mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por
motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique, maio/1993
- com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes
históricas desses conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para
escravização, extinguiram inúmeros reinos existentes
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS,
transformou a África num palco de guerras localizadas
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes
nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou direitos de conquista
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas
fronteiras do colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e
nacionalidades
15. (Ufmg) "O colonialismo em todas as suas
manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
Os argumentos dessa reivindicação, expressa na Conferência de
Bandung (1955), estavam fundamentados
a) na Carta das Nações Unidas e Declaração dos Direitos do
Homem.
b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas resoluções do
Concílio Vaticano II.
c) na estratégia revolucionária do Kominform para as regiões
coloniais.
d) na Teoria do Efeito Dominó do Departamento de Estado
americano.
e) nas teorias de revolução e imperialismo do
marxismo-leninismo.
16. (Ufrn) Em relação ao processo de descolonização
afro-asiático, é correto afirmar:
a) As potências européias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram recursos
na luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das Nações Unidas tornou-se o parlamento no
qual muitos países condenavam o neocolonialismo, dado que proclamava a
autodeterminação dos povos.
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, em virtude da
oposição de soviéticos e americanos, que viam no processo uma limitação de seu
poder de influência na África e na Ásia.
d) As nações que optaram por guerra e luta armada foram as
únicas que conquistaram independência e autonomia política frente à dominação
dos países europeus.
17. (Ufv) O vasto império colonial português na África, cujas
origens se encontram na expansão ultramarina no século XV, começou a ruir a
partir da década de 50 do século XX, quando suas colônias iniciam as lutas pela
independência. Esse processo estava associado ao fim do Imperialismo e do
Colonialismo, com a emancipação das colônias européias na África e na Ásia.
Dentre as opções abaixo, assinale aquela que NÃO está diretamente associada ao
fim do Imperialismo e do Colonialismo. afro-asiático:
a) A ampliação do poder econômico e político dos Estados
Unidos e da União Soviética.
b) As transformações políticas, econômicas, sociais e
ideológicas causadas pela Segunda Grande Guerra.
c) A ampliação dos movimentos de caráter nacionalista.
d) O declínio da hegemonia europeia iniciado na Primeira
Guerra Mundial.
e) As pressões da China comunista pela ampliação de sua área
de influência na Ásia e na África ocidental.
18. (Unesp) A Inglaterra, detentora do mais rico e poderoso
império marítimo, chegou ao auge de sua supremacia no Século XIX. A decadência
do Império Britânico e o processo de descolonização nas colônias oriundas de
povoamento inglês, relacionam-se com
a) a educação política veiculada pelos dominadores,
procurando desenvolver a consciência anti-imperialista dos dominados.
b) a transformação de alguns domínios em comunidades
autônomas e iguais, não subordinadas umas às outras, embora unidas por uma
fidelidade comum à Coroa Britânica e livremente associadas.
c) o controle administrativo direto das terras árabes,
segundo fundamentos filantrópicos e zelo missionário.
d) o prolongado governo pela força e sem nenhum grau de
autonomia dos domínios do Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
e) a transferência de tecnologia para os domínios da África e
da Ásia, a fim de assegurar imediata independência econômica.
19. (Unirio) A descolonização do continente africano, a
partir de 1950, libertou nações do imperialismo. Entretanto, não solucionou os
problemas estruturais de diversos países do continente. Sobre os países africanos
descolonizados, é correto afirmar-se que:
a) em Ruanda, ao processo de independência, conquistada em
1962, seguiu-se a criação de um governo de coalizão popular que, apoiado por
investimentos ocidentais, extinguiu as rivalidades étnicas e as guerras
tribais.
b) em Angola, a prolongada guerra civil após a independência,
em 1975, provocou a intervenção da ONU no conflito, com a participação de
soldados brasileiros, cujo objetivo é desarmar a guerrilha e auxiliar na
reconstrução do país.
c) em Moçambique, que alcançou a independência em 1975, o
movimento guerrilheiro de inspiração socialista FRELIMO (Frente de Libertação
de Moçambique), apoiado pela União Soviética, conquistou a gestão das regiões
auríferas da Rodésia.
d) na Argélia, independente em 1962, após o fracasso das
tentativas de estabelecimento da democracia com as recentes eleições, ocorreu o
golpe de estado dos fundamentalistas muçulmanos.
e) na Namíbia, a fraqueza política e econômica dos governos
posteriores à independência, ocorrida em 1990, facilitou a invasão militar, com
a anexação de seu território pela África do Sul.
20. (Ufes) O presidente sul-africano ficou surpreso ao saber
que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala uma só
língua e se pratica o sincretismo religioso.
("O Globo" - 23/7/98)
O texto se refere à visita ao Brasil do presidente
sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas
enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à
Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de "apartheid",
que consistia no(a)
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e
ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo religioso, que não permitia aos brancos
professar a religião dos negros, impedindo o sincretismo religioso que
interessava aos ingleses.
c) manutenção da igualdade social, que facilitava o acesso à
cultura a brancos e negros, desde que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo oficial, que permitia que uma minoria de
brancos controlasse o poder político e garantisse seus privilégios diante da
maioria negra.
e) desarmamento obrigatório para qualquer instituição
nacional e exigência do uso exclusivo do dialeto africano nas empresas
estrangeiras.
GABRITO: 1.C
2.C 3.B 4.C
5.E 6.D 7. E
8.A
9.E 10.A 11.B
12.D 13.C 14.D
15.A 16.B
17.E 18.B 19.B
20.D
Muito bom, professora Isabel! São questões ainda não muito exploradas. Eu gostei de encontrar ajuda. Obrigada!
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