O desafio de aliar
Tecnologia e Educação
Seja por meio de celular,
computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia
a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas
ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de
aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. Mas pode ser ainda mais
severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de
professores e a limitações de acesso à internet – problema que afeta docentes e
estudantes.
Citamos algumas questões
acerca do uso da tecnologia na educação:
Extensão do uso das novas
tecnologias nas escolas brasileiras.
Censos educacionais
realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP)
mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua disposição uma série de
tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas não significa
necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que ainda não
conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores
possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação,
que poderiam ser úteis no ambiente educacional.
Quais devem ser as
políticas públicas para incentivar as tecnologias em sala de aula?
Elas precisam ter um
componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a
tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas
como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia
a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a
construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas
tecnologias. A questão é como ensinar a matemática, por exemplo, de uma maneira
que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem
possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não
permitem. Por fim, é preciso preocupar-se com a avaliação dos resultados para
saber se essas políticas de fato fazem a diferença.
As novas tecnologias já
fazem parte da formação dos professores?
Dados disponíveis mostram
que, infelizmente, ainda é muito incipiente a formação de professores com a
perspectiva de criação de competências no uso das tecnologias na escola. Com
relação à formação continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais
que já estão em serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais
concretos. Há uma série de programas disponíveis que oferecem recursos a eles.
Para os alunos, qual o
impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?
As avaliações mais sólidas
a esse respeito estão acontecendo no âmbito da União Europeia. Elas mostram que
a introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm
feito a diferença em alguma áreas, aumentando, por exemplo, o potencial
comunicativo dos alunos.
As relações dentro da sala
de aula mudam com a chegada da tecnologia?
O que tem acontecido – e
acho que isso é positivo, se bem aproveitado – é que a relação de poder
professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas
tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande
com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma
maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos
autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.
É comum imaginar que em
países com um alto nível educacional a integração das novas tecnologias
aconteça mais rapidamente. Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde
muitas vezes o professor tem uma formação deficitária, a incorporação seja mais
lenta.
Grandes questões sobre o
assunto não se colocam apenas para países em desenvolvimento. É o caso, por
exemplo, de discussões sobre como melhor usar a tecnologia e como treinar
professores. O mundo todo discute esses temas, porque essas novas ferramentas
convergentes são um fenômeno recente. Porém, também é correto pensar que nações
onde as pessoas são mais conectadas e têm mais acesso a dispositivos devem
adotar a tecnologia em sala de aula de modo mais amplo e produtivo. Outro
fenômeno detectado no mundo todo é o chamado “gap geracional”, ou seja, os
professores não nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
Quais os passos para
superar a formação deficitária dos professores?
A Unesco sintetizou em
livros seu material de apoio, chamado Padrões de Competências em Tecnologia da
Informação e da Comunicação para Professores. Ali, dividi-se o aprendizado em
três grandes pilares. O primeiro é a alfabetização tecnológica, ou seja,
ensinamos a usar as máquinas. O segundo é o aprofundamento do conhecimento. O
terceiro pilar é chamado de criação do conhecimento. Ele se refere a uma
situação em que as tecnologias estão tão incorporadas por professores e alunos
que eles passam a produzir conhecimento a partir delas. É o caso das redes
sociais. É importante lembrar que esse processo não é trivial, ele precisa
estar inserido na lógica da formação do professor. Não se deve achar que a
simples distribuição de equipamentos resolve o problema.
Tudo depende do nosso
olhar, da nossa vontade de mudar, de propiciar maneiras de aprender. Entender a
Tecnologia com seus aspectos positivos para a didática.
Assumir a tecnologia como
uma postura de crescimento, mudança e buscar nela novas formas de fazer a
educação, assumir a multifuncionalidade do processo de ensino-aprendizagem.
Educação e Tecnologia:
arte de ensinar com conhecimento técnico e científico.
A tecnologia usada de
forma adequada pode propiciar ao aluno, um mundo de possibilidades, um mundo de
conhecimentos, onde fronteiras podem ser quebradas.
Dúvidas ou sugestões,
envie-nos.
Fonte: Blog Evoluir e Educar
excelente post, vou usar o conteudo para o colegio zona norte SP, irá me ajudar muito mesmo!recomendo demais esse blog maravilhoso! Os alunos vão adoraaaar!
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