No dia 24 de maio de 1819,
nasceu Alexandrina Vitória Regina, filha do duque de Kent e da ex-princesa de
Leininge. O pai de Vitória faleceu quando ela completou oito meses; aos 18 anos
a jovem herdou o trono de seu tio, o rei da Inglaterra Guilherme IV. No
presente texto iremos abordar o reinado mais longo da história da Inglaterra,
pois Vitória ficou no poder por 64 anos, seu governo tornou-se conhecido como a
“Era Vitoriana” (1837-1901).
Após assumir o poder em
1837, a rainha Vitória enfrentou seu primeiro desafio, a ascensão do movimento
cartista (reivindicação dos trabalhadores) até meados de 1850. Três anos depois
de sua posse como rainha, Vitória casou-se com seu primo, o príncipe Alberto,
no ano de 1840, juntos tiveram nove filhos. Alberto desempenhou grandes
influências no governo de Vitória, incentivou o desenvolvimento das artes e das
ciências, modernizou e fortaleceu o exército britânico.
Vitória era amante das
letras, estudou geografia, história, falava fluentemente além do inglês, o
francês e o alemão, também tocava piano; podemos dizer que a rainha Vitória era
uma erudita apreciadora de artes, aliás, desempenhou a prática da pintura até
seus setenta anos.
Uma dura perda foi a morte
de seu marido Alberto, no ano de 1861, a rainha se desmanchou em lágrimas e
viveu em luto por quase toda sua vida. O governo de Vitória perdurou 64 anos,
tornou-se o maior reinado da história da Inglaterra. Mais conhecido como a “Era
Vitoriana”, o principal feito durante o seu reinado foi o apogeu da política
industrial e colonialista inglesa, marcado pela prosperidade industrial da
burguesia.
Dessa forma, os últimos
trinta anos da “Era Vitoriana” foram marcados pelo Imperialismo e
Neocolonialismo britânico, as potências industriais europeias (Inglaterra,
França, Alemanha) submeteram, dominaram e exploraram os continentes asiático e
africano. Durante o seu reinado aconteceram alguns conflitos, como a Guerra da
Crimeia (1853-1856) e a guerra dos Boers na África do Sul (1899-1901).
Além das atribulações
políticas, a rainha Vitória desempenhou uma série de atribuições sociais, como
a Abolição da Escravidão no Império Britânico (1838), reduziu a jornada de
trabalho dos trabalhadores da indústria têxtil para dez horas (1847), instalou
o “Third Reform Act”- direito ao voto de todos os trabalhadores (1884).
No ano de 1901, a rainha
Vitória faleceu, deixando um grande legado para a Inglaterra: a expansão
territorial do império britânico e o fortalecimento da indústria inglesa e da
burguesia industrial.
Texto de :Leandro Carvalho - Mestre em História
Fonte: Brasil Escola
A RAINHA CASCA GROSSA
A Rainha Vitória comandou
o Império Britânico por 64 anos, seu governou ficou conhecido como a “Era
Vitoriana”
|
Ela
conseguiu construir uma imagem pública invejável nos seus 63 anos de reinado (o
mais longo de todos). Na realidade, ela assumiu uma monarquia já esvaziada, sem
poder político direto. Mesmo assim, não abriu mão de influenciar decisões do
governo. Apesar de ter sido apelidada de “vovó da Europa”, por ter espalhado 35
filhos e netos pelas famílias reais do continente, a rainha casca-grossa detestava
ficar grávida e achava os recém-nascidos “feios”. Em 1842, passeava de
carruagem quando um homem apontou uma arma, sem disparar. Ao invés de se
amedrontar, Vitória decidiu fazer o mesmo caminho no dia seguinte, só para
provocá-lo e pegá-lo no flagra. E como vaso que é ruim não quebra: ela escapou
da bala e o bandido foi preso. Décadas depois, alvo de outro atentado
frustrado, afirmou, diante da comoção dos súditos: “Às vezes vale a pena ficar
na mira de um tiro. Para saber o quanto você é amada”.
DICA DE FILME
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