sábado, 15 de março de 2014

RAINHA VITÓRIA : A VOVÓ DA EUROPA



No dia 24 de maio de 1819, nasceu Alexandrina Vitória Regina, filha do duque de Kent e da ex-princesa de Leininge. O pai de Vitória faleceu quando ela completou oito meses; aos 18 anos a jovem herdou o trono de seu tio, o rei da Inglaterra Guilherme IV. No presente texto iremos abordar o reinado mais longo da história da Inglaterra, pois Vitória ficou no poder por 64 anos, seu governo tornou-se conhecido como a “Era Vitoriana” (1837-1901).

Após assumir o poder em 1837, a rainha Vitória enfrentou seu primeiro desafio, a ascensão do movimento cartista (reivindicação dos trabalhadores) até meados de 1850. Três anos depois de sua posse como rainha, Vitória casou-se com seu primo, o príncipe Alberto, no ano de 1840, juntos tiveram nove filhos. Alberto desempenhou grandes influências no governo de Vitória, incentivou o desenvolvimento das artes e das ciências, modernizou e fortaleceu o exército britânico.



Vitória era amante das letras, estudou geografia, história, falava fluentemente além do inglês, o francês e o alemão, também tocava piano; podemos dizer que a rainha Vitória era uma erudita apreciadora de artes, aliás, desempenhou a prática da pintura até seus setenta anos.

Uma dura perda foi a morte de seu marido Alberto, no ano de 1861, a rainha se desmanchou em lágrimas e viveu em luto por quase toda sua vida. O governo de Vitória perdurou 64 anos, tornou-se o maior reinado da história da Inglaterra. Mais conhecido como a “Era Vitoriana”, o principal feito durante o seu reinado foi o apogeu da política industrial e colonialista inglesa, marcado pela prosperidade industrial da burguesia.

Dessa forma, os últimos trinta anos da “Era Vitoriana” foram marcados pelo Imperialismo e Neocolonialismo britânico, as potências industriais europeias (Inglaterra, França, Alemanha) submeteram, dominaram e exploraram os continentes asiático e africano. Durante o seu reinado aconteceram alguns conflitos, como a Guerra da Crimeia (1853-1856) e a guerra dos Boers na África do Sul (1899-1901).

Além das atribulações políticas, a rainha Vitória desempenhou uma série de atribuições sociais, como a Abolição da Escravidão no Império Britânico (1838), reduziu a jornada de trabalho dos trabalhadores da indústria têxtil para dez horas (1847), instalou o “Third Reform Act”- direito ao voto de todos os trabalhadores (1884).

No ano de 1901, a rainha Vitória faleceu, deixando um grande legado para a Inglaterra: a expansão territorial do império britânico e o fortalecimento da indústria inglesa e da burguesia industrial.




Texto de :Leandro Carvalho - Mestre em História
Fonte: Brasil Escola



A RAINHA CASCA GROSSA




A Rainha Vitória comandou o Império Britânico por 64 anos, seu governou ficou conhecido como a “Era Vitoriana”
Ela conseguiu construir uma imagem pública invejável nos seus 63 anos de reinado (o mais longo de todos). Na realidade, ela assumiu uma monarquia já esvaziada, sem poder político direto. Mesmo assim, não abriu mão de influenciar decisões do governo. Apesar de ter sido apelidada de “vovó da Europa”, por ter espalhado 35 filhos e netos pelas famílias reais do continente, a rainha casca-grossa detestava ficar grávida e achava os recém-nascidos “feios”. Em 1842, passeava de carruagem quando um homem apontou uma arma, sem disparar. Ao invés de se amedrontar, Vitória decidiu fazer o mesmo caminho no dia seguinte, só para provocá-lo e pegá-lo no flagra. E como vaso que é ruim não quebra: ela escapou da bala e o bandido foi preso. Décadas depois, alvo de outro atentado frustrado, afirmou, diante da comoção dos súditos: “Às vezes vale a pena ficar na mira de um tiro. Para saber o quanto você é amada”.


DICA DE FILME



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