Lançado no Brasil na
quarta-feira, dia 3 de Agosto, o jogo Pokemon Go é uma febre por onde passa.
Com mais de 21 milhões de usuários ativos diariamente, somente nos Estados
Unidos, o jogo promete também conquistar a atenção dos brasileiros.
Os números são muito
expressivos e mostram que o jogo está conseguindo mais atenção do que as
principais redes sociais do momento, como Facebook e Instagram.
Tempo diário gasto no
Pokemon Go em média comparado com outros aplicativos (Fonte: Sensor Tower)
O Pokemon Go é um jogo de
realidade aumentada, ou seja, mistura elementos do mundo físico e do mundo
virtual, juntamente com elementos de gamificação. Nele, ao registrar e entrar,
o GPS do celular é sincronizado e o jogador passa a ver o mapa do lugar em que
está, porém dentro da realidade do jogo
Não é de hoje que desenhos
animados e jogos famosos causam grande influência nas crianças e adolescentes
e, consequentemente, na rotina das escolas e nas salas de aula.
No ano de 2000, a revista
Nova Escola já estampava em sua capa o furacão que os Pokemons trouxeram para o
dia-a-dia das escolas, quando os “bichinhos” eram apenas um desenho animado:
Agora que o fenômeno está
aliado à tecnologia, a tendência é de que a influência seja ainda maior!
Por mais assustador que
toda essa onda possa parecer, especialistas em educação do mundo todo estão
enxergando isso como uma ótima oportunidade para professores e escolas.
Não é papel das escolas e
dos professores estimular e incentivar os estudantes a jogarem, e sim,
educá-los e orientá-los para que façam um bom uso. Além disso, podem utilizar
certas situações para introduzir o jogo no processo de ensino e aprendizado,
afirmam os especialistas americanos que já estão vivenciando essa experiência
há mais tempo.
Josh Gauthier, professor e
membro do ISTE (International Society for Technology in Education), feira
americana equivalente à Bett Educar, afirma:
“Se os educadores
conseguirem capturar a paixão dos jovens pelo jogo, imagine o engajamento e o
aprendizado que podemos criar. Utilizar a realidade aumentada do jogo pode
criar um fascínio pela escola e motivar o aprendizado para os estudantes.”
Pensando nisso, listamos
os aspectos positivos e pontos de atenção do Pokemon Go, além de dicas de como utilizar o jogo de
maneira educativa no ambiente escolar.
Confira abaixo!
Como explorar o Pokemon Go
na escola
Nos lugares em que o jogo
chega, diversas discussões, polêmicas e notícias surgem em torno de seu uso.
Fato é que, a má utilização, não só desse game, mas como de qualquer outro,
pode causar prejuízos para o jovem dentro e fora da escola.
Aspectos positivos
Promove a interação social
entre os jovens
Faz com que os jovens
saiam de casa para interagir com o espaço público
Estimula a realização de
atividades físicas
Pontos de atenção
A distração pode ser
perigosa ao atravessar ruas e avenidas
Cuidado com a segurança
durante a brincadeira
Utilizar o jogo em excesso
Para aproveitar essa febre
e transformá-la em uma oportunidade para estimular o aprendizado em sua escola,
separamos 3 dicas de projetos envolvendo a utilização do Pokemon Go para ser
feito em sua escola:
1. Utilizar os ginásios da
escola para atividades em grupo
Existem chances do ginásio
da sua escola já ter se tornado um “Ginásio Pokemon”, onde os estudantes vão
nos intervalos para caçar os bichinhos.
Permita e estimule então que seus
estudantes organizem torneios no ginásio e utilizem as redes sociais para
divulgá-los. Essa pode ser uma excelente ação de marketing para melhorar a
reputação e a atração de alunos para sua escola.
Afinal, qual aluno não
iria amar estudar em uma escola que da liberdade para jogarem seu jogo favorito
com os amigos nos horários livres?
Além disso, nas aulas de
Educação Física, o professor pode promover atividades físicas que envolvam o
uso do Pokemon Go, aumentando o interesse e o engajamento dos alunos.
2. Organizar passeios em
parques e museus
Josh Gauthier, do ISTE,
recomenda esse projeto. Segundo ele, o professor pode planejar as visitas a
parques e museus da seguinte forma:
Estudar o local a ser
visitado em sala de aula
Mapear os pontos de
interesse que a turma irá visitar
Durante a visita, alternar
entre momentos em que os alunos estarão assistindo a explicação do professor e
momentos em que estarão interagindo com o ambiente e “caçando Pokemons”
Essa mistura de momentos
de ensino e lazer, contribuem para a construção de significado por parte dos
alunos, garantindo que o aprendizado esteja ocorrendo de fato.
3. Promover a integração
entre os alunos
Essa última dica pode ser
encarada como algo que as escolas já fazem.
Uma das funções da escola
é a de ser um espaço onde os jovens aprendem a construir relações sociais.
Com
a introdução do jogo nos intervalos ou em momentos específicos das aulas, essa
integração pode ser potencializada.
As experiências e conquistas compartilhadas
pelos estudantes dentro do Pokemon Go podem servir para derrubar barreiras até
mesmo dos mais introvertidos.
Isso pode diminuir a ocorrência dos casos de
bullying, uma vez que os jovens de diferentes grupos estarão se ajudando dentro
da realidade do game.
Outro fato interessante é
o uso do aplicativo nos Estados Unidos para estimular e engajar estudantes com
Autismo.
É importante ressaltar que
o alinhamento das expectativas sobre os momentos em que os alunos estarão
autorizados a brincar é fundamental para o sucesso dos projetos.
Com os alunos, professores
e a escola cientes dos limites de cada parte, a experiência tende a ser a
melhor possível.
Celular como aliado no
processo de ensino e aprendizagem
Não é de hoje e, sem
dúvidas, não é a chegada do Pokemon Go no Brasil que marca o aumento do uso de
celulares pelos jovens.
Com o avanço das
tecnologias móveis, boa parte dos alunos possui um smartphone. Mais de 50% da
população brasileira já possui um aparelho desse tipo e, graças a esse
desenvolvimento, também evoluímos bastante na tecnologia 3G.
Visto isso, os celulares
tem um potencial enorme a ser explorado na educação.
Tais celulares têm a mesma
capacidade de pesquisa e atividades que os computadores e, apesar de serem
considerados os “vilões” que atrapalham as aulas, podem ser utilizados como um
excelente instrumento apoiador do professor no processo de ensino. Existem
inúmeras ferramentas educacionais gratuitas que podem ser utilizadas pelos
professores em sala de aula – e o AppProva é um deles.
Essa mudança de estratégia
por parte dos professores e das escolas ao adotar o celular e a tecnologia como
aliados, representa um avanço, já que as abordagens anteriores estão perdendo
eficácia com as mudanças cada vez mais frequentes em nossa sociedade.
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