domingo, 22 de dezembro de 2013

Por que temos o hábito de presentear no Natal?

a origem do natal, como surgiu o natal


Um costume que acompanha povos de diversas culturas mundo afora é o de presentear. Presenteia-se no aniversário, no dia dos namorados, no dia das crianças, no dia das mães e dos pais, enfim, existem várias datas que oportunizam o ato de presentear. Com tantas ocasiões, dificilmente alguém passa o ano sem ter ganho algum presentinho ou sem ter presenteado. Há, inclusive, aqueles que dão presentes até fora de qualquer data comemorativa, simplesmente pelo fato de querer agradar alguém por quem tem apreço.Porém uma coisa é fato: a época em que mais acontece a troca de presentes entre amigos, colegas de trabalho e familiares certamente é no Natal. Mas como foi que essa história de dar presentes começou?

Com a Revolução Agrícola, ainda na Pré-História (cerca de 8000 a.C.), os grupos comunitários começaram a trocar entre si os excedentes de suas produções. A troca de alimentos garantia a subsistência de todos. Esse escambo pode até não se caracterizar como "presente", mas era um costume que beneficiava a quem dava e a quem recebia.


Acredita-se que o hábito de dar presentes tem o objetivo original de afastar os maus espíritos. Isso já acontecia no Egito antigo, na Grécia e em Roma. Só para ilustrar, basta lembrarmos do "presente de grego", aquele belo cavalo de madeira que os gregos entregaram aos troianos. A Guerra de Troia teria ocorrido entre os anos de 1500 e 1200 a.C., portanto, verifica-se aí o quão remoto é o gesto de presentear.




Hoje, dar presentes é algo que está muito atrelado ao Natal. Essa festa religiosa foi oficializada no ano 354 pelo papa Libério, ou seja, somente 4 séculos após o nascimento do Messias. Antes disso, a época em que hoje comemoramos o Natal estava associada às festividades pagãs (sim, o Natal tem origens pagãs!). Enfim, voltando ao cristianismo, o próprio Jesus recém-nascido foi presenteado por três reis magos: Baltazar, Belchior e Gaspar levaram ouro, mirra e incenso para o menino-deus.









Contudo, dar presentes no Natal tem um sentido mais capitalista do que genuinamente cristão. E tudo por culpa de um personagem chamado Papai Noel. Se bem que a ideia original de Papai Noel até que era nobre, bondosa, altruísta...O mito do bom velhinho foi inspirado em São Nicolau, um bispo católico que viveu no século IV na cidade de Mira, atual Turquia. "Ele ficou conhecido em todo o Oriente por sua bondade e pela atenção com as crianças", afirma o frei Luiz Carlos Susin, professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

Diz a lenda que Nicolau presenteava as crianças no dia de seu aniversário, em 6 de dezembro. Nos séculos seguintes, o mito se espalhou pela Europa e a data da entrega de presentes acabou se confundindo com o nascimento de Cristo. "Quando a história chegou à Alemanha, no século 19, o velhinho ganhou roupas de inverno, renas, um trenó de neve e uma nova casa: o Pólo Norte", afirma Luiz.



Nessa época, Noel ainda era representado como um homem alto e magro com roupas que variavam de cor - dependendo do relato, elas eram azuis, amarelas, verdes ou vermelhas. A silhueta rechonchuda, o rosto barbudo e os trajes vermelhos que conhecemos hoje apareceram pela primeira vez na revista americana Harper’s Weekly, em 1881. A figura, desenhada pelo cartunista Thomas Nast, sofreu uma nova transformação em 1931. Na criação de um anúncio para a Coca-Cola, o desenhista Haddon Sundblom acrescentou um saco de presentes e um gorro ao personagem. A série de comerciais que mostrava Noel metido em situações engraçadas para entregar seus brinquedos rodou o mundo, popularizou essa imagem e, claro, turbinou as vendas do refrigerante.

O nome Santa Claus, como Noel é conhecido em inglês, é uma adaptação de Sinter Klaas, forma como São Nicolau era chamado pelos holandeses, que levaram suas tradições natalinas para colônias na América no século XVII (entre elas a região da cidade de Nova York). Já por aqui, a origem da expressão "Papai Noel" tem raízes no idioma francês, no qual Noël significa "Natal". Ou seja, no Brasil, o bom velhinho ganhou um carinhoso nome que significa literalmente "Papai Natal".

E assim vamos mantendo o hábito de dar presentes na festa consumista, digo, natalina. Talvez muito mais motivados pelo impulso das propagandas e de toda a publicidade inerente ao capitalismo do que pela real causa religiosa e solidária a qual se remete. Independentemente de darmos ou recebermos presentes no Natal, que possamos, acima de tudo, fazer felizes àqueles que nos rodeiam e que a simples presença dos amigos e dos familiares nas nossas vidas seja o mais valioso presente de todos os dias. Feliz Natal!



ARTIGO DE VIEGAS FERNANDES DA COSTA SOBRE O MITO DO PAPAI NOEL 
(PUBLICADO NO JORNAL DE SANTA CATARINA DIA 19/12/13)


"[...] Não sei quem espalhou que moro na Lapônia ou no Polo Norte, lugares inóspitos, frios e solitários. Esta afirmação é absurda e mentirosa. Meu lugar é entre as gentes. Eu não sobreviveria sem o calor humano. Enfiar-me em uma Alcatraz de gelo pode ser muito útil àqueles que desejam transformar a solidariedade, o respeito à diferença e o amor ao próximo em gestos exóticos disponíveis apenas no mês de dezembro. Mas não compactuo com isso, assim como não frequento shoppings, até porque o ar-condicionado destes novos templos alimenta minha rinite alérgica.

Também não é verdade que chicoteio renas pelos céus e que exploro elfos em minha fábrica de brinquedos. Por favor, quanta ignorância! Por qual motivo faria isso? Aliás, depois que a China assumiu para si o capitalismo ocidental, qualquer tentativa de manter uma linha de produção baseada na exploração de elfos seria deficitária. Esclareço que nunca fui empresário, que nunca possuí qualquer negócio e muito menos inventei este meio de transporte revolucionário que põe renas e trenós a voar por aí.

Aproveito ainda a oportunidade para deixar claro que jamais cedi o uso do meu nome para campanhas publicitárias. É um abuso o que fazem comigo! Tudo começou em 1915 quando um impostor, passando-se por mim, anunciou a venda de uma marca de água mineral. Na década seguinte colocaram meu nome a serviço de um refrigerante de gengibre e, a partir de 1931, quando uma multinacional de bebidas resolveu transformar meu impostor em garoto propaganda, a coisa degringolou de vez. Hoje, dizem, sou mais popular que aquele sujeito barbudo e de sandálias, que saía pelo deserto pregando o amor. Uma pena, primeiramente porque não sou este que pintam de vermelho a invadir as casas pelas chaminés, e também porque aquilo que representa o sujeito barbudo de sandálias, tenha ele existido ou não, é muito mais significativo do que qualquer coisa que eu possa representar.





E PRA TERMINAR, VAMOS VER UM VÍDEO BEM LEGAL SOBRE A HISTÓRIA DO NATAL!!



Fontes: 
Blog do Profº Josimar 
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quando-surgiu-o-costume-de-comemorar-aniversarios
http://www.mundoeducacao.com/natal-1/os-presentes-natal-sua-origem.htm
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quando-e-por-que-o-papai-noel-passou-a-simbolizar-o-natal

Nenhum comentário:

Postar um comentário