Dr Augusto Cury no prefácio de seu livro, A Ditadura de
Beleza e Revolução das Mulheres destaca, que durante décadas tem investigado
como psiquiatra o que se pode dizer ultima fronteira da ciência a mente humana
.Ele denuncia o massacre emocional nas sociedades modernas, escreve sobre ele
em forma de ficção, um romance que ecoa do fundo de sua alma. Para o
desenvolvimento de seu livro utilizou dados reais através de emoções intensas e
excitantes, cujo objetivo é dissecar um câncer social que tem feito
literalmente centenas e milhões se seres humanos infelizes e frustrados em
especial mulheres e adolescentes. Cerca de 600 milhões de mulheres sentem-se
escravas dessa masmorra psíquica. É a maior tirania de todos os tempos e uma
das mais devastadoras da saúde psíquica o padrão inatingível de beleza
amplamente difundido na TV, nas revistas, no cinema, nos desfiles, nos
comerciais, penetrou no inconsciente coletivo das pessoas e as aprisionou no
único lugar em que não é admissível ser prisioneiro dentro de si mesmas. O
autor revela que tem na mente, a imagem de jovens modelos que , apesar de
supervalorizadas, odeiam seu corpo e pensam em desistir da vida também Recorda
de pessoas brilhantes e de grande qualidade humana que não queriam frequentar
lugares públicos, pois se sentiam excluídas e rejeitadas por causa da anatomia
do seu corpo e dos portadores de anorexia nervosa que tratou. Embora
magérrimos, reduzidos a pele e ossos, controlavam os alimentos que ingeriam
para não engordar. Como não ficar perplexo ao descobrir que há dezenas de
milhões de pessoas nas sociedades abastadas que, apesar de terem uma mesa
farta, estão morrendo de fome, pois bloquearam o apetite devido à intensa rejeição
por sua auto imagem? Mais de 98% das mulheres não se vêem belas. Isso não é uma
loucura? Vivemos uma paranoia coletiva. Os homens controlaram e feriram as
mulheres em quase todas as sociedades, considerados o sexo forte, são na
verdade seres frágeis, pois só os frágeis controlam e agridem os outros. Eles
também são vitimas dessa ditadura como crianças e adolescentes . Com vergonha
de sua imagem, angustiados, consomem cada vez mais produtos em busca de
fagulhas superficiais de prazer. A cada segundo destrói-se a infância de uma
criança no mundo e se assassina os sonhos de um adolescente. É o desejo do
autor que muitos deles possam ler atentamente esta obra para poderem escapar da
armadilha em que, inconscientemente, correm o risco de ficar aprisionados .Finalmente
destaca que para fazer esta revolução, de aventura , lagrimas e alegrias
devemos nos inspiram no homem que defendeu as mulheres em todos os tempos Jesus
Cristo o qual fez das prostitutas seres humanos e das despregadas princesas. Drº.
Augusto Cury
Resumo do prefácio do livro por Ismaelita Nascimento
UM POUCO DE HISTÓRIA
Em um mundo onde o culto ao corpo é cada vez mais presente,
os adolescentes são invadidos diariamente por padrões de beleza muito
específicos, seja pela televisão, publicidade, revistas, internet, desfiles de
moda, entre tantos outros meios. A busca pela beleza torna-se quase incessante!
Seja garota ou garoto, a questão é que a busca desenfreada
pela juventude e beleza se torna um grande problema para aqueles que sofreram
algum tipo de perda, que se acham feios. Esse problema torna-se a cada dia mais
comum e começa cada vez mais cedo.
Mas essa ditadura da beleza não começou agora, pode-se citar
como exemplo a China Milenar, onde era costume enfaixar os pés das meninas
nobres para que os pés não crescessem. Pé pequeno era sinal de delicadeza e de
feminilidade.
Mas qual o motivo de estar cada vez mais "belo"
perante a sociedade?
A verdade é que envelhecer ou estar feio para os padrões de
beleza causa sofrimento a algumas pessoas, em vista que muitos adolescentes são
fortemente influenciados e ainda vivem pela imagem e não pelo conteúdo.
E quais são as consequências que essa Ditadura da Beleza pode
causar?
Para indústrias e empresas, essa ditadura é sinônimo de
lucros, já que quanto mais cedo os adolescentes se sentirem insatisfeitos com a
imagem, maior será os rendimentos acumulado.
Já as consequências para o adolescente, é manter-se
escravizado por esse lema, visando que a moda e a beleza nunca tem um fim, a
insatisfação da pessoa que convive com essa ditadura nunca vai acabar também.
A ditadura da beleza vive em nossa sociedade, e por mais que
tentamos nos opor, na maioria das vezes uma bela imagem, nos fazem levar o produto pretendido. Somos
consumistas, isso é fato, mas devemos nos controlar e evitar os exageros.
“A diferença entre o remédio e o veneno é a dose!”
(Por Gustavo )
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DITADURA DA BELEZA X ATITUDES
EXTREMAS
por **Maurício de Maio
O dismórfico é aquele que não consegue se enxergar como é na
realidade, mas como imagina que seja. Meninas anoréxicas, por exemplo, sempre
se veem gordas diante do espelho, embora estejam esqueléticas.
Muito antes de Vinícius afirmar que beleza é fundamental, a
necessidade de ser belo já influenciava a sociedade no culto e na aspiração de
atingir o padrão estético vigente. Há casos em que essa pressão atua de forma
perversa, e leva o indivíduo a desenvolver distúrbios psicológicos sérios.
Na natureza, a beleza tem um papel importante para a
evolução, pois determina a seleção dos parceiros. É por isso que, em geral, os
machos são mais coloridos e vistosos, pois precisam se sobressair para seduzir
as fêmeas. Com a raça humana tem acontecido justamente o oposto. Enquanto os
homens são valorizados por sua capacidade intelectual e pelo sucesso
profissional e financeiro, o que está diretamente relacionado à função de
manter e sustentar a família, as mulheres tornaram-se objeto da beleza.
Espera-se, então, que sejam eternamente jovens e atraentes.
Há sociedades que chegam a atitudes extremas. Na China
Milenar, por exemplo, era costume enfaixar os pés das meninas nobres para que
os pés não crescessem. Pé pequeno era sinal de delicadeza, ao mesmo tempo em
que simbolicamente representava o controle masculino. É possível citar ainda as
famosas Mulheres-Girafa da Ásia, que usavam argolas na adolescência para
aumentar de duas a três vezes o comprimento do pescoço. Assim como no caso das
meninas chinesas, a ideia aqui não era só adequá-las a um padrão estético, mas
também mantê-las sob o domínio dos homens, já que não poderiam mais sobreviver
sem as argolas.
Se voltarmos à era pré-histórica, quando os homens saíam para
caçar e as mulheres ficavam o tempo todo em casa cuidando dos filhos,
entendemos, por exemplo, o porquê de a pele clara ter se tornado sinônimo de
beleza. O fato é que elas praticamente não se expunham ao sol. Isso se
perpetuou até a década de 20, com o look bronzeado proposto por Channel, que
passou a ser associado à saúde e sensualidade.
Com a chegada ao mercado de trabalho, cada vez mais mulheres
preferem adiar o casamento em detrimento do desenvolvimento profissional. Ainda
assim elas continuam a ser selecionadas pelos parceiros em função da beleza, ou
seja, precisam estar sempre bem cuidadas e arrumadas.
Nem mesmo os momentos de crise impediram que as mulheres
continuassem a investir em beleza. Há registros de que durante a Segunda Guerra
Mundial os gastos com cosméticos chegaram a superar os com alimentos. Esse
fenômeno, que recentemente voltou a se manifestar com a crise financeira
internacional, foi batizado pelos especialistas econômicos de “Lipstick
Effect”.
A verdade é que envelhecer e não atender ao padrão de beleza
causa sofrimento a algumas pessoas. Exemplo disso é que mulheres muito belas na
juventude tendem a entrar em depressão com a perda do alto padrão estético. É
quando iniciam uma busca desenfreada por procedimentos rejuvenescedores e, pela
falta de conhecimento, acreditam que o excesso de produtos trará de volta os
anos que passaram, o que é tecnicamente impossível e nada natural.
De uns cinco anos para cá, os homens também começam a sofrer
com a ditadura da beleza. Não somente os metrossexuais, indivíduos altamente
focados nos cuidados pessoais e com a imagem, mas também executivos de altos
cargos que se sentem impactados pelo envelhecimento, que prejudica o
desenvolvimento e manutenção de seu status profissional, tornaram-se símbolo
desse novo padrão de comportamento masculino que valoriza a estética.
Seja homem ou mulher, a questão é que a busca desenfreada
pela juventude e beleza se torna um grande problema para aqueles que sofreram
algum tipo de perda, que se acham velhos.
Pessoas que sofreram retaliação na infância e/ou adolescência, período
importante do desenvolvimento psicológico, podem apresentar traumas difíceis de
curar. Há casos em que mesmo após uma cirurgia plástica corretiva, o paciente
continua se vendo com o nariz grande e largo, no mesmo padrão de sua
adolescência.
Michael Jackson, um dos exemplos mais famosos de cirurgia
plástica feita de forma obsessiva e irresponsável.
Também são muito comuns situações em que o indivíduo renega
seus sinais raciais. Os asiáticos vão atrás das cirurgias popularmente
conhecidas como de “ocidentalização”, nas quais é possível deixar os olhos mais
abertos, arredondados e com o sulco palpebral evidente. A mudança do nariz é
demanda recorrente, também por parte de afrodescendentes. Enquanto os asiáticos
querem aumentar a altura do perfil do nariz, os afrodescendentes buscam o
afinamento da ponta e das narinas.
Chamados de distúrbios dismórficos, os casos considerados
mais graves revelam pacientes extremamente preocupados e angustiados com
mínimos detalhes de sua aparência e nunca se satisfazem com nenhum tratamento.
Acabam se fragilizando muito quando, em especial, não atingem seu objetivo, que
na maioria das vezes é irreal.
O fato de existirem técnicas que possibilitam essas
modificações não significa que não haja um limite. Não se pode esquecer que
após cada ato cirúrgico há um processo inflamatório e de fibrose. E quanto mais
se opera uma determinada área, mais risco existe de comprometer a
vascularização e a nutrição das estruturas faciais.
Recentes avanços na medicina possibilitam o uso de métodos
não-cirúrgicos, promovendo resultados similares ou iguais sem o risco excessivo
de fibrose, necrose parcial ou total do tecido. Entretanto, isso não isenta a
responsabilidade que o médico tem de orientar seu paciente sobre os limites
para não prejudicar a saúde, ainda mais quando for detectado qualquer problema
psicológico.
Independente do que seja feito e de como a sociedade evolua,
a beleza tende a continuar a exercer um papel de ditadora. Trata-se, como já
vimos, de um instinto de sobrevivência. Mesmo assim, a busca pelo padrão
estético ideal ou pela juventude pode ser vista como um estímulo à busca pelo
equilíbrio e por uma vida mais saudável. Basta que, para isso, cada um tenha
consciência de seus limites. Sejam médicos ou pacientes.
E VOCÊ? USA A MODA OU DEIXA A MODA TE USAR?
Excelente post, muito bem armado. De fato a beleza parece ser um sucedâneo para a própria subjetividade como se sendo belo o sujeito de despojasse do dever ser-a-si. Se Platão está certo então a felicidade reside no fundo da harmonia. Entretanto não existe um "padrão de beleza ideal", o Photoshop tornou-se a lei na era da imagem. Depois a beleza é traiçoeira, uma vez que ao perder seu viço perde seu valor e como dito causa depressão. No fundo, nao passa da nossa miserável vaidade que é nada mais nada menos que o desejo imoderado de ser admirado pelos outros. Embora a colaboração entre pessoas e países seja indispensável para a preservação de nossa existencia e prosperidade, imagina que vida mediocre viver em função do desejo e aprovação do outro? Isso nao é algo que um livre-pensador possa admitir para si mesmo. Outra coisa, quando somos ignorantes é que os outros são grandes coisas .Essas mulheres de capas de revistas tão desejadas pelos homens e admiradas pelas mulheres nao passam do que os filósofos chamam de "mera vida", ou seja, são umas pobres coitadas que vivem do seu corpo tanto quanto uma prostitua qualquer. Embora eu respeite todos.
ResponderExcluirUm beijo, minha bela.