sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

30% dos adolescentes brasileiros não têm acesso a internet






O Brasil tem seis milhões de adolescentes sem acesso à internet. O número corresponde a 30% dos brasileiros entre 12 e 17 anos. Entre as meninas e meninos que vivem nas zonas rurais, a taxa de exclusão é maior, chegando a 52% dos indivíduos nessa faixa etária. A renda familiar também tem impacto no acesso. Os dados fazem parte de uma pesquisa nacional coordenada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Entre os adolescentes cuja as famílias somam rendimento de até um salário mínimo mensal, a taxa de exclusão também é de 52%. Ainda, a escolaridade é outro filtro de acesso à rede. O índice de exclusão entre os jovens que estudaram somente até o quinto ano do ensino fundamental é de 56%.

Para o coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, Mário Volpi, “a pesquisa confirma que as desigualdades sociais se refletem também no acesso à internet, uma vez que os adolescentes mais pobres e com menos escolaridade são os mais excluídos da internet”.

O estudo mostra também que enquanto os adolescentes das famílias de maior renda têm acesso à internet em suas casas, os de menor renda precisam pagar para estarem conectados. Além disso, escolas e centros públicos gratuitos não representam uma alternativa de acesso, já que menos de 10% dos adolescentes citam esses espaços com uma opção.

Foram entrevistados pelo Ibope Inteligência pouco mais de dois mil adolescentes entre 12 e 17 anos, em 150 municípios em todas as cinco regiões do país.


Riscos virtuais


O estudo deverá servir de base para uma campanha da Unicef voltada para adolescentes sobre o uso seguro da internet. Um total de 48% dos meninos e 31% das meninas já encontrou pessoalmente alguém que só havia conhecido pela internet.

“O compartilhamento de informações pessoais, a exposição de situações de seu cotidiano, fotos e a permissão de acesso livre a qualquer pessoa aos seus dados são fatores que tornam o adolescente vulnerável às pessoas que queiram manipular as informações para constrangê-los ou assediá-los”, de acordo com nota da Organização das Nações Unidas (ONU) Brasil.

Quando perguntados se já presenciaram situações de discriminação ou assédio de outras pessoas na internet, 14% disseram ter visto alguém sendo abordado insistentemente por pessoa desconhecida; 10% informaram ter visto alguém ser abordado com conteúdo sexual ou pornográfico.


Do total, 27% dos entrevistados revelaram ter visto pessoas sendo discriminadas por causa de sua raça/cor e 22% disseram ter visto alguém ser desrespeitado por gostar de alguém do mesmo sexo.


AGORA UMA DICA DE FILME SOBRE O TEMA RISCO 

NA INTERNET





Conta a historia de Annie, uma adolescente de 13 anos. Ela ganha um computador de seu pai Will, este que sempre mantém uma relação super aberta com os filhos. Annie conhece Charlie, um garoto de 16 anos. Eles marcam de se encontra e Annie não conta nada a família pois já se acha madura o suficiente. Acontece que este encontro vai gerar uma certa surpresa e acontecimentos que mudarão de vez a sua e a vida de todos da sua família.

Censura: 14 anos


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