Crânio de um neandertal e de um Homo sapiens |
O Homem de Neandertal não
era exatamente o troglodita que se imaginava. Ele era tão inteligente quanto os
homens modernos e esta é a conclusão foi confirmada por mais um estudo (de
pesquisadores da Universidade de Leiden, Holanda) sobre esta espécie humana
primitiva - e não é a primeira investigação a concluir isso.
Os neandertais surgiram
aproximadamente entre 350.000 a 400.000 anos atrás e foram extintos por volta
de 30.000 passados, tendo se espalhado por várias partes da Europa e Ásia. As
razões para o desaparecimento da espécie são controvertidas e por muito tempo
cogitava-se que a extinção dos neandertais ocorreu em função da desvantagem
cognitiva que sofriam em relação aos seus parentes "mais evoluídos",
os Homo sapiens.
Já os pesquisadores C.
Michael Barton (Universidade do Arizona State) e Julien Riel-Salvatore
(Universidade do Colorado) concluíram que as aproximações entre os neandertais
e nossa espécie eram mais intensas do que muitos imaginavam. Os cientistas
desenvolveram estudos que indicaram que traços genéticos entre as duas espécies
são compartilhados porque os cruzamentos entre elas eram comuns. Eles sugerem
que os neandertais foram sendo extintos por terem chegado a ponto no qual a sua
população passou a ser significativamente inferior. Os estudiosos acreditam que
o processo de miscigenação pode ter sido o destino de nossos primos ancestrais,
que teriam minguado através de um processo no qual sua presença foi sendo
diluída pela mistura com indivíduos de uma espécie que se tornou numericamente
muito superior, enfim, eles não aceitam uma ideia que durante muito tempo se
propaga que trata da extinção como um processo no qual os neandertais quase que
simplesmente desapareceram.
E eles não encerram aí
suas conclusões: Avaliando resquícios materiais deixados pelos neandertais, os
especialistas também não acham que eles fossem "inferiores" ou menos
hábeis e capazes que nossa espécie.
Wil Roebroeks (da
Universidade de Leiden) e Paola Villa (Universidade do Colorado) concordam com
outras possibilidades a respeito do que se imaginava sobre os neandertais e sua
suposta inferioridade. Eles defendem a tese de que as pesquisas mais antigas e
até mais conhecidas acabaram induzindo a um importante erro de avaliação porque
os pesquisadores costumavam comparar restos de espécimes de neandertais com
esqueletos de Homo sapiens do paleolítico superior, quando, na verdade,
deveriam realizar as comparações com homens modernos contemporâneos dos
neandertais. Segundo Paola Villa "isso é como dizer que as pessoas no
século 21 são mais inteligentes do que as do 19 porque estas últimas não tinham
laptops nem realizavam viagens espaciais" e conclui afirmando: "O que
estamos dizendo é que a visão convencional de neandertais não é verdade".
As pesquisas mais recentes
também recorrem a novos métodos e exploram as potencialidades dos estudos
genéticos.
Fonte: História Blog
Fonte: História Blog
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