De 1923 a 1948 quem
dominava essa região eram os ingleses, que na tentativa de conciliar árabes e
sionistas firmou um tratado de independência futura. Com a guerra na Alemanha
os sionistas cooperaram muito com os aliados com o desejo de combater o regime
nazista e fortalecer sua posição junto das potências ocidentais. Em contra
partida os árabes perderam terreno.
Assim, nos primeiros 5
anos de guerra 75.000 judeus emigraram para a região, organizando um exército
clandestinos de judeus que em 1942, com o apoio dos judeus dos Estados Unidos
conseguiu aprovar o fim do domínio inglês, o reconhecimento de uma comunidade
judaica e de um exército. Porém haviam dois obstáculos a serem ultrapassados:
expulsar os ingleses que insistiam em não sair da região e decidir quem
dominaria depois da retirada inglesa, os árabes ou os judeus, pois eles
continuavam lutando pela posse do território. Por isso, em 1947 a ONU aprovou o
plano de partilha da região entre árabes:
Palestina: Faixa de Gaza e
Cisjordânia,
judeus: Israel e uma zona
internacionalizada ao redor de Jerusalém.
Derrotados todos em 1948,
os judeus fizeram com que os árabes fugissem para países vizinho, os ingleses
abandonassem aquelas terras, ficando estas nas mãos do judeus que instalaram um
governo provisório. Em 1949 realizaram eleições para o parlamento. E nesse ano
Israel ingressou na ONU. No ano seguinte as fronteiras de Israel forma fixadas.
Porém em 1952 as relações
entre Israel e seus vizinhos palestinos foram piorando. Em 1967 incidentes
entre Israel e Síria agravaram a tensão, sempre presente na região. O
presidente Nasser, do Egito, pediu e obteve a retirada das forças da ONU do
Sinai, para onde mandou muitos militares ao mesmo tempo que fazia alianças
militares com a Jordânia, Síria e Iraque. Até que Nasser bloqueou o estreito de
Tiran à navegação israelense e a guerra começou. Israel venceu em seis dias,
quando ocupou toda a península do Sinai, a Cisjordânia, Gaza e as Colinas de
Golan. A devolução dessas regiões só seria possível para Israel se fosse feito
um contrato de paz, o que agravou a crise.
Em 1973 um novo conflito
surgia: Síria e Egito contra Israel. Até que a ONU conseguiu acabar com isso.
Internamente, as necessidades de defesa e segurança passaram a ser os aspectos
mais importantes de Israel, com reflexos políticos e econômicos. O país gastava
muito no setor militar, piorando sua situação econômica.
Com a ajuda dos Estados
Unidos, Egito e Israel chegaram em 1979 a um acordo sobre a devoulução dos
territórios ocupados. Mas em 1981 o presidente de Israel iniciou uma política
agressiva, invadindo o Líbano em 1982.
Em 1983 o prestígio do
governo abalou-se com problemas internos, massacres de israelenses na região
ocupada do Líbano e a crise financeira. Iniciando a retirada das tropas
israelenses do Líbano em 83. Contudo, Israel não iria terminar a retirada
enquanto forças sírias permanecessem no Norte do Líbano, fazendo com que a
retirada israelense só terminasse em 1985.
Os ataques muçulmanos
(xiitas árabes) contra o Exército do Sul do Líbano (ESL) aumentaram, assim como
a Organização para a Libertação da Palestina ressurgia no Sul do Líbano e
recomeçava os ataques com mísseis contra cidades israelenses fronteiriças. Com
a ajuda da ONU foram feitas outras negociações visando a devolução das terras
ocupadas pelos israelenses.
Em 1986 o primeiro
ministro israelense foi substituído por Itzhak Shamir, que acabou com as
negociações ocasionando várias rebeliões iniciadas em 1988. A Autoridade
Nacional Palestina sobre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foi estabelecida pelo
acordo de paz assinado entre Israel e a OLP (Organização para a Libertação da
Palestina) em 4 de maio de 1994, no Cairo. O acordo prevê a retirada das tropas
israelenses de quase toda a Faixa de Gaza e de uma região da Cisjordânia,
ocupados desde 1967. Numa primeira etapa retiram-se as tropas da Faixa de Gaza
e de uma região de 56 km2 na Cisjordânia. Mas os militares israelenses ainda
ocupam uma parte da Faixa de Gaza e quase toda a Cisjordânia.
Conflitos
Depois de 50 anos de
existência Israel ainda tem problemas fronteiriços com a Síria e o Líbano, seus
vizinhos, além da séria Questão Palestina. Durante esse meio século de vida, o
Estado judeu travou quatro guerras com os países árabes, além de ser agredido
em 1991 com a Guerra do Golfo (Iraque x Kwait).
A primeira guerra, da
Independência, ocorreu de 1948 a 1949 - quando Israel foi formado. Contra os israelenses estavam todos seus vizinhos árabes, mas que não foram suficientes
para deter o novo Estado de vencer a guerra, conquistando ainda novos
territórios e aumentando em 50% sua área.
O segundo conflito, a
guerra dos seis dias, aconteceu em 1967, quando Israel obteve grandes
conquistas sobre o Egito, Síria e Jordânia - ampliando ainda mais seu
território.
No ano de 1973, eclodiu a
guerra do Yom Kippur, com Egito e Síria tentando recuperar os territórios
perdidos para Israel em 1967.
A quarta guerra, se é que
pode ser considerada como tal, começou em 1982, e ganhou o nome de guerra do
Líbano - foi a invasão do território libanês por israelenses formando a Faixa
de Segurança, que dura até hoje, como a invasão das colinas de Golã, sírias
desde 1967.
Em 1979, foi assinado um
acordo chamado Acordos de Camp David, onde Israel concorda em devolver a
Península do Sinai (Adquirida em 1967) para o Egito. Contudo Israel, apesar de
todas essas vitórias, não obteve paz; pois continua lutando com um quinto elemento:
os palestinos, que foram destituídos de seu território e hoje se encontram
vivendo em áreas sob controle israelense (Faixa de Gaza e Cisjordânia), o
acampamentos em Israel ou refugiados em países árabes vizinhos.
Assim, desde a doação de
uma parte da Palestina para os judeus pela ONU (Declaração de Balfour) não
houve paz na região. Até entre os próprios judeus criou-se profunda divisão; a
ponto do primeiro ministro de Israel Ytzak Rabin, em 1995, ser assinado por um
judeu, apenas porque o ministro era favorável do Acordo de Oslo (1993 -
"terra para os palestinos e os demais vizinhos em troca de paz para os
israelenses"). Essa divisão entre israelenses ficou mais clara em 1996 com
a eleição de Binyamin Netanyahu - para primeiro ministro - que defendia um
estado judeu que ocupasse quase toda a terra de Israel. E o fracasso de Shimon
Peres a favor do Acordo de Oslo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário