O que move os terroristas
e qual a origem de
seu ódio?
Quais são os limites deste ódio?
Ao que parece, não há
limites. O treinamento de um terrorista, sobretudo o dos “homens-bomba” é
criteriosamente estruturado. A fé é a maior - ou talvez a única - convicção de
todos eles. Não se trata de luta por território, por liberdade ou dignidade,
trata-se apenas de obediência ao líder supremo: Alá!
Um terrorista não se faz
da noite para o dia. Opressão falta de liberdade, lavagem cerebral, miséria
organizada, entenda como se dá o processo de formação de um mártir islâmico!
# Recrutamento de crianças
- Segundo a CNN, 90% dos suicidas que recebem treinamento militar do movimento
islâmico no interior do Paquistão têm entre 12 e 18 anos. Para aliciar as
crianças, as facções terroristas prometem a elas uma série de "prazeres
celestiais", como recompensa pelo "sacrifício".
# Cenário reconfortante -
No complexo do Taliban, grupo que atua no Afeganistão e no Paquistão, existem
quatro salas decoradas com pinturas coloridas em que são retratados “paraísos”,
paisagens arborizadas e rios que brotam leite e mel. As pinturas se contrapõem
ao cenário árido e duro da região em que se localiza o complexo, mas causa nas
crianças que cresceram em meio a fome, miséria e sujeira, uma clara sensação de
reconforto.

# Lavagem cerebral - Desde
cedo, as crianças aprendem que a vida é um desperdício. Como cresceram cercadas
por violência e miséria, são facilmente condicionadas a acreditar no que
ensinam nos campos de treinamento. Aprendem também que seu sacrifício em nome
de Alá serve como passagem imediata para o céu, onde poderão desfrutar de
diversas recompensas. As crianças passam então a acreditar que sua verdadeira
vida só começa depois de sua morte.
#Perfil dos mártires -
Pesquisas apontam que a maioria dos mártires são jovens entre 15 e 25 anos que
carregam alguns complexos, como o de inferioridade e não têm personalidade bem
desenvolvida, além de serem idealistas e bastante impressionáveis. Ironicamente,
são pessoas que lutam incessantemente contra a morte, e a única forma de acabar
com o tormento é morrendo e sendo recompensado no paraíso.
O TERMO HOMEM-BOMBA É ALGO RECENTE
Os primeiros terroristas
suicidas que explodiam o próprio corpo apareceram entre os séculos 14 e 16.
"Naquela época, o Império Turco-Otomano vivia um período de expansão. Uma
das armas de seu Exército eram os guerreiros suicidas conhecidos como
bashi-bazouks, que se precipitavam contra fortificações ou linhas de batalha do
inimigo", diz o historiador Márcio Scalércio, da Universidade Cândido
Mendes (RJ).
Depois vieram os anarquistas da Rússia czarista, os camicases
japoneses durante a Segunda Guerra e os guerrilheiros vietnamitas a partir da
década de 50.
Mas é bom esclarecer que a expressão "homem-bomba" e a
popularização da prática são bem mais recentes - mais precisamente, nos
conflitos do Oriente Médio dos últimos 20 anos. Tudo leva a crer que a guerra
entre Irã e Iraque (1980-1988) foi o marco fundante para essa cultura de
terroristas explosivos.
Inspirados pelas ações de xiitas iranianos, grupos
radicais palestinos como Hamas, Jihad Islâmica e a Brigada dos Mártires de
Al-Aqsa fizeram do homem-bomba sua arma favorita na luta contra Israel. Hoje,
jovens são doutrinados em escolas muçulmanas ou mesquitas e recebem prêmios
pelo "ato de fé" - o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein chegava a
pagar 25 mil dólares para a família de um suicida.

Vestidos para matar
Carregados de explosivos,
suicidas usam disfarces até o momento do atentado
MASSINHA PERIGOSA
O explosivo conhecido como
C-4 (ciclotrimetileno-trinitramina) tem consistência maleável, semelhante à
argila. Depois de ser acionado por uma carga elétrica, o C-4 explode quase
instantaneamente, voando por um raio de centenas de metros. A ironia é que os
Estados Unidos são os principais fabricantes desse explosivo plástico
DESTRUIÇÃO MULTIPLICADA
Pregos, bolinhas de ferro
e pedaços de vidro são embalados junto com a massa explosiva. Quando a bomba é
acionada, o material é arremessado com um impulso que supera em várias vezes a
velocidade do som, alojando-se no corpo das vítimas. A hemorragia causada pelos
estilhaços causa mais mortes que o impacto da explosão
O ÚLTIMO TRAJE
Embora não haja um padrão
de roupa, no Oriente Médio os homens-bomba costumam usar um cinturão ou um
colete com vários bolsos, onde são colocados pacotes contendo até 9 quilos de
explosivo. Esse traje é usado sob a roupa normal do terrorista. Assim,
disfarçado, ele chega ao alvo sem ser identificado
FOGO NA BOMBA
Nos atentados mais
recentes, homens-bomba palestinos têm usado detonadores elétricos ligados a uma
pilha. Quando o botão é acionado, a pilha emite um leve impulso elétrico, que
logo detona toda a carga de C-4
CÍRCULO DO TERROR
Um homem-bomba consegue
ferir pessoas a um raio de até 200 metros da explosão. Na hora da detonação, os
terroristas escolhem locais cheios de gente, como centros comerciais

Meus parabéns, você relatou muito bem explicado e resumidamente!E adorei as imagens, bjs!
ResponderExcluir