O que move os terroristas
e qual a origem de
seu ódio?
Quais são os limites deste ódio?
Ao que parece, não há
limites. O treinamento de um terrorista, sobretudo o dos “homens-bomba” é
criteriosamente estruturado. A fé é a maior - ou talvez a única - convicção de
todos eles. Não se trata de luta por território, por liberdade ou dignidade,
trata-se apenas de obediência ao líder supremo: Alá!
Um terrorista não se faz
da noite para o dia. Opressão falta de liberdade, lavagem cerebral, miséria
organizada, entenda como se dá o processo de formação de um mártir islâmico!
# Recrutamento de crianças
- Segundo a CNN, 90% dos suicidas que recebem treinamento militar do movimento
islâmico no interior do Paquistão têm entre 12 e 18 anos. Para aliciar as
crianças, as facções terroristas prometem a elas uma série de "prazeres
celestiais", como recompensa pelo "sacrifício".
# Cenário reconfortante -
No complexo do Taliban, grupo que atua no Afeganistão e no Paquistão, existem
quatro salas decoradas com pinturas coloridas em que são retratados “paraísos”,
paisagens arborizadas e rios que brotam leite e mel. As pinturas se contrapõem
ao cenário árido e duro da região em que se localiza o complexo, mas causa nas
crianças que cresceram em meio a fome, miséria e sujeira, uma clara sensação de
reconforto.
# Os pais - As crianças
muitas vezes são enviadas pelos próprios pais para esses centros de
treinamento. Os pais imaginam que lá seus filhos receberão uma boa educação,
baseada nos ensinamentos islâmicos. Além disso, lá eles serão alimentados, e
isso pesa na decisão dos pais que muitas vezes não fazem ideia do tipo de
educação a que seus filhos serão submetidos.
# Lavagem cerebral - Desde
cedo, as crianças aprendem que a vida é um desperdício. Como cresceram cercadas
por violência e miséria, são facilmente condicionadas a acreditar no que
ensinam nos campos de treinamento. Aprendem também que seu sacrifício em nome
de Alá serve como passagem imediata para o céu, onde poderão desfrutar de
diversas recompensas. As crianças passam então a acreditar que sua verdadeira
vida só começa depois de sua morte.
# Treinamento - Durante a
vida, estas pessoas recebem todo tipo de treinamento de manipulação de armas,
preparação de coletes suicidas e táticas de emboscada. Algumas facções concedem
ajuda financeira às famílias de homens-bomba. Em muitos casos, este valor serve
como incentivo final ao mártir que sente-se mais tranquilo ao saber que sua
família estará “amparada”.
#Perfil dos mártires -
Pesquisas apontam que a maioria dos mártires são jovens entre 15 e 25 anos que
carregam alguns complexos, como o de inferioridade e não têm personalidade bem
desenvolvida, além de serem idealistas e bastante impressionáveis. Ironicamente,
são pessoas que lutam incessantemente contra a morte, e a única forma de acabar
com o tormento é morrendo e sendo recompensado no paraíso.
O TERMO HOMEM-BOMBA É ALGO RECENTE
Os primeiros terroristas
suicidas que explodiam o próprio corpo apareceram entre os séculos 14 e 16.
"Naquela época, o Império Turco-Otomano vivia um período de expansão. Uma
das armas de seu Exército eram os guerreiros suicidas conhecidos como
bashi-bazouks, que se precipitavam contra fortificações ou linhas de batalha do
inimigo", diz o historiador Márcio Scalércio, da Universidade Cândido
Mendes (RJ).
Depois vieram os anarquistas da Rússia czarista, os camicases
japoneses durante a Segunda Guerra e os guerrilheiros vietnamitas a partir da
década de 50.
Mas é bom esclarecer que a expressão "homem-bomba" e a
popularização da prática são bem mais recentes - mais precisamente, nos
conflitos do Oriente Médio dos últimos 20 anos. Tudo leva a crer que a guerra
entre Irã e Iraque (1980-1988) foi o marco fundante para essa cultura de
terroristas explosivos.
Inspirados pelas ações de xiitas iranianos, grupos
radicais palestinos como Hamas, Jihad Islâmica e a Brigada dos Mártires de
Al-Aqsa fizeram do homem-bomba sua arma favorita na luta contra Israel. Hoje,
jovens são doutrinados em escolas muçulmanas ou mesquitas e recebem prêmios
pelo "ato de fé" - o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein chegava a
pagar 25 mil dólares para a família de um suicida.
E a moda macabra já lança
tendências: no Sri Lanka e na Chechênia já existem mulheres-bomba e, na
Palestina, os terroristas não são mais mortos de fome sem perspectivas. Uma
pesquisa recente mostrou que a maioria dos homens-bomba palestinos vêm da
classe média e têm boa educação.
Vestidos para matar
Carregados de explosivos,
suicidas usam disfarces até o momento do atentado
MASSINHA PERIGOSA
O explosivo conhecido como
C-4 (ciclotrimetileno-trinitramina) tem consistência maleável, semelhante à
argila. Depois de ser acionado por uma carga elétrica, o C-4 explode quase
instantaneamente, voando por um raio de centenas de metros. A ironia é que os
Estados Unidos são os principais fabricantes desse explosivo plástico
DESTRUIÇÃO MULTIPLICADA
Pregos, bolinhas de ferro
e pedaços de vidro são embalados junto com a massa explosiva. Quando a bomba é
acionada, o material é arremessado com um impulso que supera em várias vezes a
velocidade do som, alojando-se no corpo das vítimas. A hemorragia causada pelos
estilhaços causa mais mortes que o impacto da explosão
O ÚLTIMO TRAJE
Embora não haja um padrão
de roupa, no Oriente Médio os homens-bomba costumam usar um cinturão ou um
colete com vários bolsos, onde são colocados pacotes contendo até 9 quilos de
explosivo. Esse traje é usado sob a roupa normal do terrorista. Assim,
disfarçado, ele chega ao alvo sem ser identificado
FOGO NA BOMBA
Nos atentados mais
recentes, homens-bomba palestinos têm usado detonadores elétricos ligados a uma
pilha. Quando o botão é acionado, a pilha emite um leve impulso elétrico, que
logo detona toda a carga de C-4
CÍRCULO DO TERROR
Um homem-bomba consegue
ferir pessoas a um raio de até 200 metros da explosão. Na hora da detonação, os
terroristas escolhem locais cheios de gente, como centros comerciais
Meus parabéns, você relatou muito bem explicado e resumidamente!E adorei as imagens, bjs!
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