ELIZABETH I - RAINHA DA INGLATERRA , FRANÇA E IRLANDA |
QUEM FOI E ONDE NASCEU?
Isabel I - ELIZABETH I - (nascimento em 7 de
setembro de 1533 – falecimento em 24 de março de 1603), também chamada de
"A Rainha Virgem", foi a Rainha da Inglaterra e Irlanda de 1558 até sua morte e a
quinta e última monarca da Casa de Tudor.
Como filha do rei Henrique VIII,
Isabel nasceu dentro da linha de sucessão; entretanto, sua mãe Ana Bolena foi
executada dois anos e meio após seu nascimento e o casamento de seus pais foi
anulado. Isabel assim foi declarada ilegítima.
Seu meio-irmão Eduardo VI sucedeu a Henrique e reinou até morrer em 1553.
Seu meio-irmão Eduardo VI sucedeu a Henrique e reinou até morrer em 1553.
Ele colocou a coroa em Joana
Grey, excluindo da sucessão suas meia-irmãs Isabel (ELIZABETH I) e a católica Maria, apesar
da existência de um estatuto declarando o contrário.
Seu testamento acabou sendo colocado de lado e Maria tornou-se rainha, com Joana sendo executada. Isabel (ELIZABETH I) ficou presa por quase um ano durante o reinado de Maria por suspeitas de apoiar os rebeldes protestantes.
Seu testamento acabou sendo colocado de lado e Maria tornou-se rainha, com Joana sendo executada. Isabel (ELIZABETH I) ficou presa por quase um ano durante o reinado de Maria por suspeitas de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel (ELIZABETH I) sucedeu Maria
Em
1558 passou a reinar com um bom conselho.
Ela dependia de um grupo de conselheiros de confiança liderados por Guilherme Cecil, Barão Burghley.
Ela dependia de um grupo de conselheiros de confiança liderados por Guilherme Cecil, Barão Burghley.
Uma de
suas primeiras ações como rainha foi o estabelecimento de uma igreja
protestante inglesa, da qual tornou-se sua Governadora Suprema. A Resolução
Religiosa Isabelina mais tarde desenvolveu-se na atual Igreja Anglicana.
Era
esperado que ela se casasse e gerasse um herdeiro para continuar a linhagem da
Casa de Tudor. Entretanto, nunca se casou apesar de vários pretendentes.
Isabel (ELIZABETH I) ficou famosa por sua virgindade enquanto envelhecia. Um culto cresceu ao seu
redor em que ela era celebrada em pinturas, desfiles e obras literárias.
No governo, Isabel foi
mais moderada que seu pai e seus meio-irmãos. Um de seus lemas era video et
taceo ("Vejo e digo nada"). Era relativamente tolerante em questões
religiosas, evitando perseguições sistemáticas.
Depois de 1570, quando o papa a
declarou ilegítima e liberou seus súditos de obedecê-la, várias conspirações
ameaçaram sua vida. Todos os complôs foram derrotados com a ajuda do serviço
secreto de seus ministros.
Isabel (ELIZABETH I) era cautelosa em assuntos estrangeiros,
movimentando-se entre as grandes potências da França e Espanha. Ela apoiou, sem
entusiasmo, várias campanhas militares ineficazes e mal equipadas nos Países
Baixos do Sul, na França e Irlanda. Porém, por volta da década de 1580, uma
guerra contra a Espanha já não podia mais ser evitada. Quando os espanhóis
finalmente decidiram em 1588 tentar conquistar a Inglaterra, o fracasso da
Invencível Armada associou Isabel (ELIZABETH I) a uma das maiores vitórias militares da
história inglesa.
Seu reinado é conhecido
como Período Isabelino, famoso acima de tudo pelo florescimento do drama
inglês, liderado por dramaturgos como William Shakespeare e Christopher
Marlowe, além das proezas marítimas de aventureiros ingleses como Sir Francis
Drake. Alguns historiadores são mais contidos em suas avaliações de Isabel.
Eles a representam como uma governante temperamental, às vezes indecisa e que
teve muita sorte.
Uma série de problemas econômicos e militares diminuíram sua
popularidade ao final de seu reinado. Isabel (ELIZABETH I) é reconhecida como uma intérprete
carismática e uma sobrevivente obstinada em um período quando o governo era
desorganizado e limitado, e monarcas de países vizinhos enfrentavam problemas
internos que ameaçavam seus tronos. Assim foi o caso de sua rival Maria da
Escócia, a quem ela prendeu em 1568, e acabou por executar em 1587. Depois dos
curtos reinados de Eduardo VI e Maria I, seu período de 44 anos no trono deu
estabilidade ao reino e ajudou a criar um sentimento de identidade nacional.
Início de vida
Henrique VIII e Ana
Bolena, os pais de Isabel (ELIZABETH I)
Isabel (ELIZABETH I)Tudor nasceu no
Palácio de Placentia, Greenwich, em 7 de setembro de 1533, sendo nomeada em
homenagem a suas avós: Isabel de Iorque e Isabel Howard.
Era a segunda filha do
rei Henrique VIII de Inglaterra a sobreviver a infância. Sua mãe era Ana Bolena,
a segunda esposa de Henrique.
Ao nascer, Isabel (ELIZABETH I) era a herdeira presuntiva do
trono inglês. Sua meia-irmã mais velha, Maria, havia perdido sua posição como
legítima quando o rei anulou seu casamento com sua mãe, Catarina de Aragão,
para se casar com Ana e ter um herdeiro homem a fim de garantir a sobrevivência
da dinastia da Casa de Tudor.
Ela foi batizada em 10 de setembro por Tomás
Cranmer, Arcebispo da Cantuária; seus padrinhos foram Henrique Courtenay, 1º
Marquês de Exeter; Isabel Howard, Duquesa de Norfolk; e Margarida Wotton, Viúva
Marquesa de Dorset.
Isabel c. 1546.
Sua mãe foi executada por
acusações de adultério, incesto e alta traição em 19 de maio de 1536, quando
Isabel tinha apenas dois anos e oito meses.
Ela foi declarada ilegítima e
privada de seu lugar na sucessão real.
Onze dias após a execução de Ana Bolena,
Henrique se casou com Joana Seymour, porém ela acabou morrendo de complicações
pós-parto depois de dar à luz em 1537 ao príncipe Eduardo. Desde seu
nascimento, Eduardo era o herdeiro aparentemente incontestável ao trono.
Isabel foi
colocada em sua criadagem e carregou o pano batismal em seu batizado.
A primeira governanta ou
Senhora Patroa de Isabel, Margarida Bryan, escreveu que ela era "como para
uma criança e tão gentil de condições que jamais conheci em outra em minha vida".
Isabel foi colocada aos cuidados de Branca Herbert por volta do outono de 1537,
que permaneceu como Senhora Patroa até se aposentar no fim de 1545 ou início de
1546.
Catarina "Kat" Ashley foi nomeada como governanta de Isabel em
1537 e permaneceu sua amiga até morrer em 1565, quando Branca Parry a sucedeu
como Dama de Companhia Chefe da Câmara Privada.
Ashley ensinou a Isabel quatro
línguas: francês, flamenco, italiano e espanhol.
Na época em que Guilherme
Grindal tornou-se seu tutor em 1544, ela já conseguia escrever em inglês, latim
e italiano. Com Grindal, um tutor habilidoso e talentoso, Isabel também progrediu
em francês e grego. Ele morreu em 1548, e Isabel passou a ser ensinada por
Rogério Ascham, um professor simpático que acreditava que o ensino também
deveria ser cativante. Quando sua educação formal terminou em 1550, ela era uma
das mulheres mais bem educadas de sua geração.
Isabel, ao final de sua vida, também
supostamente falava galês, córnico, escocês e irlandês.
O embaixador veneziano
afirmou em 1603, que ela "dominava essas línguas tão completamente que
cada uma parecia ser sua língua nativa".
O historiador Mark Stoyle sugere
que provavelmente Guilherme Killigrew, Criado da Câmara Privada e
posteriormente Chanceler do Tesouro, ensinou-lhe o córnico.
Henrique VIII morreu em
janeiro de 1547 e foi sucedido pelo filho de nove anos Eduardo VI, meio-irmão
de Isabel.
A sexta esposa e viúva do rei, Catarina Parr, logo se casou com
Tomás Seymour, 1.º Barão Seymour de Sudeley, tio de Eduardo e irmão de Eduardo
Seymour, 1.º Duque de Somerset e Lorde Protetor.
O casal colocou Isabel em sua
criadagem em Chelsea, Londres. Lá ela passou por uma crise emocional que alguns
historiadores acreditam tê-la afetado pelo restante de sua vida.
Seymour, então
com quase quarenta anos, porém possuindo charme e "poderoso apelo
sexual", envolveu-se em brincadeiras grosseiras com Isabel, então com
quatorze anos. Isso incluía entrar em seu quarto durante a noite, cutucá-la e
bater em suas nádegas.
Parr juntava-se ao marido ao invés de confrontá-lo por suas atividades impróprias. Duas vezes ela também cutucou a menina e em uma ocasião a segurou enquanto Seymour cortava sua camisola "em milhares de pedaços". Entretanto, Parr acabou a situação assim que descobriu os dois abraçados. Isabel foi mandada embora em maio de 1548.
Parr juntava-se ao marido ao invés de confrontá-lo por suas atividades impróprias. Duas vezes ela também cutucou a menina e em uma ocasião a segurou enquanto Seymour cortava sua camisola "em milhares de pedaços". Entretanto, Parr acabou a situação assim que descobriu os dois abraçados. Isabel foi mandada embora em maio de 1548.
Tomás Seymour planejava
controlar a família real e tentou ser nomeado Governador da Pessoa Real. Quando
Parr morreu no parto em 5 de setembro de 1548, ele renovou seu interesse por
Isabel e tinha a intenção de se casar com ela.
Os detalhes de seu comportamento
com Isabel tornaram-se públicos; isso foi a última gota para seu irmão e para o
conselho regencial.
Seymour foi preso em janeiro de 1549 sob suspeita de se
casar com Isabel e depor o irmão.
Vivendo na Casa Hatfield, Isabel não admitia
nada. Sua teimosia irritou o interrogador sir Roberto Tyrwhitt, que relatou
"Não vejo em seu rosto que é culpada". Seymour foi decapitado em 29
de março.
Reinado de Maria I
Maria I em 1554.
Eduardo VI morreu em 6 de
julho de 1553 aos quinze anos de idade. Seu testamento colocava de lado o
Terceiro Ato de Sucessão e excluía tanto Maria quanto Isabel da sucessão,
declarando como herdeira, ao invés disso, Joana Grey, neta de Maria, Duquesa de
Suffolk, irmã de Henrique VIII.
Joana foi proclamada rainha pelo Conselho
Privado, porém ela logo perdeu o apoio e foi deposta em nove dias. Maria entrou
triunfantemente em Londres com Isabel ao seu lado.
As demonstrações de
solidariedade entre as irmãs duraram pouco. A católica devota Maria, estava
determinada em esmagar a fé protestante em que Isabel havia sido educada,
ordenando que todos comparecessem às missas católicas; Isabel tinha que
obedecer.
A popularidade inicial de Maria logo desapareceu em 1554, quando
anunciou planos para se casar com o espanhol Filipe, Príncipe das Astúrias, um
católico e filho do imperador Carlos V. O descontentamento rapidamente cresceu
pelo país e muitos olhavam para Isabel como o centro da oposição religiosa.
A Rebelião de Wyatt
estourou entre janeiro e fevereiro de 1554, porém foi logo suprimida. Isabel
foi levada à corte e interrogada sobre seu papel, sendo aprisionada em 18 de
março, na Torre de Londres. Ela fervorosamente declarou sua inocência.
Apesar
de ser improvável que ela tenha tramado junto aos rebeldes, sabe-se que alguns
deles a abordaram. Simão Renard, embaixador de Carlos e confidente próximo de
Maria, afirmou que o trono dela nunca estaria seguro enquanto Isabel vivesse,
com o chanceler Estêvão Gardiner. trabalhando para colocá-la sob julgamento.
Os
apoiadores de Isabel dentro do governo, incluindo Guilherme Paget, 1.º Barão
Paget, convenceu a rainha a poupar sua irmã na falta de evidências conclusivas.
Ao invés disso, Isabel foi levada da Torre a Woodstock, passando quase um ano
em prisão domiciliar sob a supervisão de sir Henrique Bedingfeld. Multidões a aclamaram
no caminho.
O Velho Palácio da Casa
Hatfield, onde Isabel viveu sua ascensão.
Isabel foi chamada de volta à corte em 17 de abril de 1555 para comparecer aos estágios finais da aparente gravidez de Maria. Se a irmã e o filho morressem, Isabel tornaria-se rainha.
Por outro lado, se Maria desse à luz uma criança saudável, suas chances de
ascender ao trono muito diminuiriam. Quando ficou claro que Maria não estava
grávida, ninguém mais acreditava que ela seria capaz de produzir um herdeiro.
Assim, a sucessão de Isabel parecia garantida.
Filipe ascendeu ao trono
espanhol em 1556 como Filipe II, reconhecendo a nova realidade política e
cultivando sua cunhada. Ela era uma melhor aliada que a principal alternativa,
a rainha Maria da Escócia, que havia crescido na França e estava prometida a Francisco,
Delfim da França.
Quando Maria adoeceu em 1558, ele enviou Gómez Suárez de
Figueroa e Córdoba, 1.º Duque de Feria, para consultar com Isabel. A entrevista
ocorreu na Casa Hatfield, onde tinha voltado a viver em outubro de 1555. Ela já
estava fazendo planos para seu governo por volta de outubro de 1558. A rainha
acabou reconhecendo a meia-irmã como sua herdeira em 6 de novembro. Maria
morreu em 17 de novembro de 1558 e Isabel ascendeu ao trono.
CURIOSIDADE!
CURIOSIDADE!
Assinatura das rainhas Mary Stuart e Elizabeth Tudor. Mesmo depois de ter retornado para a Escócia, Mary continuou escrevendo seu nome de acordo com a variação francesa "Marie R" (Maria Regina). |
CURIOSIDADE!
CARTAS DA RAINHA ELIZABETH I MOSTRAM SUA DESCONFIANÇA SOBRE MARY, RAINHA DA ESCÓCIA. VEJA AQUI.
CARTAS DA RAINHA ELIZABETH I MOSTRAM SUA DESCONFIANÇA SOBRE MARY, RAINHA DA ESCÓCIA. VEJA AQUI.
Isabel tornou-se rainha
aos 25 anos de idade e declarou suas intenções a seu conselho e outros pariatos
que haviam ido para a Casa Hatfield jurar lealdade. O discurso contém o
primeiro relato de sua adoção da teologia política medieval dos "dois
corpos" do soberano: o corpo natural e o corpo político.
“ Meus senhores, a lei da natureza faz-me lamentar por minha irmã;
o fardo que caiu em cima de mim me deixa espantada, e mesmo assim, considerando
que sou uma criatura de Deus, ordenada a obedecer Sua nomeação, vou dessa
maneira render-me, desejando do fundo do meu coração que possa ter a
assistência de Sua graça para ser meu ministro de Sua vontade divina no cargo
agora comprometido a mim. E como sou apenas um único corpo naturalmente
concebido, embora por Sua permissão de um corpo político para governar, assim
desejo a todos ... que me ajudem, que eu com meu governo e vós com seu serviço
possamos prestar bom serviço a Deus Todo Poderoso e deixarmos algum conforto em
nossa posteridade na terra. Pretendo tomar todas as minhas ações por bons
conselhos e consultas. ”
Ela foi recebida
calorosamente por cidadãos e saudada por orações e desfiles, a maioria em forte
protestantismo, enquanto progredia por Londres triunfantemente na véspera de
sua cerimônia de coroação.
As repostas graciosas e abertas de Isabel encantaram
os espectadores, que estavam "maravilhosamente arrebatados".
No dia
seguinte, 15 de janeiro de 1559, Ela foi coroada e ungida na Abadia de
Westminster por Owen Oglethorpe, o católico Bispo de Carlisle.
Isabel então foi
apresentada à aceitação de seu povo, em meio aos sons ensurdecedores de órgãos,
pífaros, trombetas, tambores e sinos.
Resolução religiosa
As convicções religiosas
pessoais de Isabel foram muito discutidas por historiadores. Era protestante,
porém mantinha símbolos católicos como o crucifixo e diminuía o papel dos
sermões, indo contra a crença protestante.
Ela e seus conselheiros
viam a ameaça de uma cruzada católica contra a Inglaterra.
Isabel assim
procurou uma solução protestante que não ofenderia muito os católicos enquanto
ao mesmo tempo atendia os anseios dos protestantes ingleses; entretanto, não
tolerava os puritanos mais radicais, que pressionavam por reformas drásticas.
Assim, o parlamento começou a legislar em 1559 uma igreja baseada na resolução
protestante de Eduardo VI, com o monarca como chefe, mas com elementos
católicos como vestimentas sacerdotais.
A Câmara dos Comuns
apoiava fortemente as propostas, porém o projeto de lei da supremacia encontrou
oposição na Câmara dos Lordes, particularmente dos bispos.
Isabel teve a sorte
de que muitos bispados na época estavam vagos, incluindo o arcebispado da Cantuária.
Isso permitiu que apoiadores dentre os pariatos (Duque, Marquês, Conde,
Visconde e Barão)
tivessem mais votos que os
bispos e pariatos (Duque, Marquês, Conde, Visconde e Barão) conservadores.
Mesmo assim, foi forçada a aceitar o título de
Governadora Suprema da Igreja de Inglaterra em vez do mais controverso Chefe
Suprema, que muitos achavam inaceitável uma mulher portar.
Aprovou-se o novo
Ato de Supremacia em 8 de maio de 1559. Todos os oficiais públicos tinham de
prestar juramento de lealdade a monarca como governadora suprema ou correrem o
risco de perderem o cargo; revogaram-se as leis de heresia para impedir a
perseguição de dissidentes que Maria praticara.
Ao mesmo tempo também
aprovou-se o novo Ato da Uniformidade, que obrigava o comparecimento à igreja e
o uso de uma versão adaptada do Livro de Oração Comum de 1552, apesar das penas
de não-conformidade ou de não comparecimento não serem extremas.
Casamento
Isabel e seu favorito
Roberto Dudley, 1.º Conde de Leicester, c. 1575. A amizade dos dois durou mais
de trinta anos até a morte dele.
Esperava-se desde o início
de seu reinado que Isabel se casasse, surgindo questões sobre com quem.
Ela
nunca se casou, apesar de ter tido vários pretendentes; as razões para isso não
são claras.
Historiadores especularam que Tomás Seymour teve um relacionamento amoroso com ela, ou que ela sabia ser estéril.
A rainha considerou vários pretendentes
até os cinquenta anos.
Sua última corte foi com o francês Francisco, Duque de
Anjou, 22 anos mais novo.
Apesar de correr o risco de perder o poder como sua
irmã, que fazia o que Filipe II queria, o casamento oferecia a possibilidade de
um herdeiro. Entretanto, a escolha de um marido poderia provocar instabilidade
política ou até insurreições.
Roberto Dudley
Ficou evidente no verão de
1559 que Isabel apaixonara-se por Roberto Dudley, seu amigo de infância.
Disse-se que sua esposa Amy Robsart sofria de uma "doença em um de seus
seios", e que a rainha gostaria de se casar com Dudley se ela morresse.
Vários pretendentes competiram pela mão de Isabel no outono do mesmo ano; seus
impacientes interessados envolveram-se em conversas cada vez mais escandalosas
e relataram que o casamento com seu favorito não era bem visto na Inglaterra:
"Não há homem que não clama com indignação sobre ele e ela… ela não se
casará com ninguém exceto seu favorito Roberto".
Robsart morreu em
setembro de 1560 ao cair de uma escada e, apesar do inquérito legista concluir
por um acidente, muitos suspeitavam que Dudley arranjara a morte da esposa para
poder se casar com Isabel.
A rainha considerou seriamente por algum tempo se
casar com Dudley. Porém, Guilherme Cecil, Nicolau Throckmorton e outros
pariatos (Duque, Marquês, Conde, Visconde e Barão) conservadores, deixaram claro sua desaprovação. Houve rumores também
que a nobreza iria se revoltar caso o casamento ocorresse.
Roberto foi considerado
como um possível candidato entre outros pretendentes para a rainha por quase
uma década.
Isabel tinha muito ciúmes, mesmo depois de não mais pretender
casar-se com ele. Ela lhe criou o título de Conde de Leicester em 1564. Dudley
finalmente se casou outra vez em 1578 e a rainha respondeu com repetidas cenas
de descontentamento e um ódio vitalício contra sua nova esposa, Letícia
Knollys. Dudley mesmo assim "permaneceu no centro da vida emocional" de
Isabel.
Ele morreu pouco depois da derrota da Invencível Armada. Foi encontrada
uma carta dele entre os pertences pessoais de Isabel após a morte da rainha,
marcada como "sua última carta" com a letra dela.
Isabel o chamava de "sapo" e achava que não era "tão
deformado" quanto foi levada a esperar.
As negociações de
casamento eram parte de um importante elemento da política internacional de
Isabel.
Ela recusou a mão de Filipe II no início de 1559, porém contemplou por
anos a proposta do rei Érico XIV da Suécia.
Ela também negociou seriamente por
muitos anos casar-se com o arquiduque Carlos II da Áustria, primo de Filipe.
As
relações com os Habsburgo deterioraram-se por volta de 1569, e a rainha
considerou se casar com dois príncipes franceses de Valois, primeiro Henrique,
Duque de Anjou, e mais tarde seu irmão Francisco, Duque de Anjou, entre 1572 e
1581.
A última proposta estava ligada a uma possível aliança contra a Espanha
pelo controle dos Países Baixos do Sul. Isabel parece ter considerado
seriamente o cortejo por algum tempo, e usava um brinco em formato de sapo que Francisco
havia lhe enviado.
Isabel disse a um enviado
imperial em 1563: "Se eu seguir a inclinação de minha natureza, será esta:
mulher pedinte e solteira ao invés de rainha e casada".
Mais tarde no
mesmo ano, depois dela contrair varíola, a questão da sucessão passou a ser
muito debatida no parlamento.
Eles imploraram para que a rainha se casasse ou
nomeasse um herdeiro para impedir uma guerra civil após sua morte.
Isabel
recusou-se a fazer as duas coisas. Ela suspendeu o parlamento em abril, e não o
reconvocou até precisar aumentar os impostos em 1566. Tendo prometido
anteriormente que se casaria, Isabel declarou ao incontrolável parlamento:
“ Nunca quebrarei a palavra de um príncipe dita em espaço público,
pelo bem de minha honra. E, portanto, eu digo novamente: casarei-me assim que
puder convenientemente, se Deus não levar embora quem eu pretendo casar-me, ou
eu mesma, ou então alguma coisa grande deixe acontecer. ”
Algumas das principais
figuras do governo começaram aceitar, em particular por volta de 1570, que
Isabel nunca se casaria ou nomearia um herdeiro.
Guilherme Cecil já estava
procurando soluções para o problema de sucessão. Foi frequentemente acusada de
irresponsabilidade por nunca ter casado.
Entretanto, seu silêncio fortaleceu
sua própria segurança política: Isabel sabia que estaria vulnerável a um golpe
se nomeasse um herdeiro.
Isabel c. 1563. O mais
antigo retrato de corpo inteiro da rainha feito antes do surgimento dos
simbolismos representando a iconografia da "Rainha Virgem".
Era representada na poesia e
literatura como uma virgem, uma deusa ou ambas, não como uma mulher normal.
Apenas Isabel inicialmente fez de sua virgindade uma virtude: declarou na
Câmara dos Comuns em 1559 que "No final, será para mim suficiente, que uma
pedra de mármore deverá declarar que uma rainha, tendo reinado por um tempo,
viveu e morreu virgem".
Posteriormente, poetas e escritores adotaram o
tema e o transformaram numa iconografia que exaltava a rainha.
Tributos
públicos a ela em 1578 agiam como uma asserção de oposição codificada contra as
negociações de casamento de Isabel com Francisco, Duque de Anjou.
Isabel, dando um aspecto
positivo à sua situação conjugal, insistiu ser casada com seu reino e súditos,
sob proteção divina. Declarou em 1599: "todos os meus maridos, meu bom povo".
Maria da Escócia
A política inicial de
Isabel com a Escócia foi a de se opor à presença francesa.
Ela temia que os
franceses planejassem invadir a Inglaterra e colocar no trono a rainha Maria da
Escócia, considerada por muitos como herdeira da coroa inglesa.
Isabel foi
persuadida a enviar uma força para a Escócia ajudar os rebeldes protestantes;
apesar da campanha ter sido inepta, o resultante Tratado de Edimburgo de julho
de 1560 retirou a ameaça francesa no norte.
A Escócia tinha uma estabelecida
igreja protestante e um governo formado por um conselho de nobres protestantes
apoiados por Isabel quando Maria voltou para o reino em 1561 para reassumir seu
poder. Ela recusou-se a ratificar o tratado.
Isabel propôs em 1563 que
Roberto Dudley, seu próprio pretendente, se casasse com Maria, sem antes falar
com nenhum dos dois envolvidos.
Ambos não ficaram interessados e ela acabou se
casando dois anos depois com Henrique Stuart, Lorde Darnley, que tinha sua
própria reivindicação ao trono inglês.
O casamento foi o primeiro de uma série
de erros de julgamento que Maria cometeu e que acabaram dando a vitória para os
protestantes escoceses e Isabel.
Stuart rapidamente ficou impopular e depois
infame por participar do assassinato de David Rizzio, secretário italiano de
sua esposa. Ele mesmo acabou sendo morto em fevereiro de 1567 por conspiradores
quase certamente liderados por Jaime Hepburn, 4.º Conde de Bothwell.
Pouco
tempo depois, em maio, Maria se casou com Hepburn e levantou suspeitas que
havia participado do assassinato do marido. Isabel escreveu a ela:
“Como pôde fazer pior escolha para a sua honra do que na pressa
que teve em casar-se com tal sujeito que, além de outros notórios defeitos, foi
acusado em praça pública do assassinato do seu falecido marido, além de alguma
culpa também lhe tocar, apesar de acreditarmos que essa parte seja falsa. ”
Esses eventos rapidamente
levaram a derrota de Maria e seu aprisionamento no Castelo de Lochleven.
Os lordes
escoceses forçaram sua abdicação em favor do filho Jaime, que havia nascido em
junho de 1566. O novo rei foi levado ao Castelo de Stirling para ser criado
como protestante.
Maria escapou de Loch Leven em 1568, porém fugiu para a
Inglaterra depois de uma nova derrota, onde haviam lhe garantido que teria
apoio de Isabel.
O primeiro instinto de Isabel foi de restaurar a outra
monarca, entretanto ela e o conselho decidiram jogar seguro. Ao invés de
arriscarem-se a levar Maria de volta a Escócia com um exército inglês ou
enviá-la a França para seus inimigos católicos, foi decidido mantê-la na
Inglaterra onde ficou aprisionada pelos dezenove anos seguintes.
Maria logo foi o foco de
uma rebelião. Houve um grande levante católico no Norte em 1569; o objetivo era
libertar Maria, casá-la com Tomás Howard, 4.º Duque de Norfolk, e colocá-la no
trono inglês.
Mais de 750 rebeldes foram executados sob as ordens de Isabel
após sua derrota.
Acreditando que a revolta havia sido bem sucedida, o Papa Pio
V emitiu em 1570 uma bula papal chamada Regnans in Excelsis em que declarava
"Isabel, a pretensa Rainha da Inglaterra e criminosa"
excomungada e herética, liberando todos seus súditos de qualquer lealdade a ela. Católicos que obedecessem suas ordens estavam ameaçados com excomunhão.
A
bula papal provocou respostas legislativas contra católicos no parlamento, que
acabaram mitigadas pela intervenção de Isabel.
A conversão de ingleses para o
catolicismo com "o intuito" de remover sua lealdade da rainha foi
transformada em alta traição em 1581, punível com pena de morte.
Padres
missionários vindos de seminários continentais foram para a Inglaterra
secretamente a partir da década de 1570 para causar a "reconversão".
Muitos foram executados, criando um culto de martírio.
Regnans in Excelsis deu
aos católicos ingleses uma forte iniciativa para verem Maria como sua
verdadeira soberana.
Maria talvez não tenha adquirido conhecimento de todas as
tramas católicas para colocá-la no trono da Inglaterra, porém da Conspiração
de Ridolfi de 1571 (que fez com que Howard fosse decapitado) até a Conspiração
de Babington de 1586, sir Francisco Walsingham, mestre espião de Isabel, e o
conselho sutilmente reuniram um caso contra ela.
Isabel inicialmente resistiu
aos pedidos de execução de Maria. No final de 1586 ela foi persuadida a
autorizar seu julgamento e execução sob as evidências de cartas escritas
durante a Conspiração de Babington.
A proclamação de Isabel da sentença
anunciava que "a dita Maria, pretendendo o título da mesma Coroa, tinha
cercado-se e imaginado-se dentro do mesmo reino diversas coisas com a intenção
de ferir, matar e destruir nossa pessoa real".
Maria abacou sendo
decapitada em 8 de fevereiro de 1587 no Castelo de Fotheringhay,
Northamptonshire.
Após a execução, Isabel afirmou nunca tê-la ordenado e a
maioria dos relatos conta que ela pediu ao secretário Guilherme Davison, quem
lhe trouxe o mandato, para não enviar o documento mesmo estando assinado.
A
sinceridade do remorso da rainha e seus motivos para pedir a Davison não
executar o mandato foram questionados por historiadores contemporâneos e posteriores.
A política internacional
de Isabel foi principalmente defensiva.
A exceção foi a ocupação inglesa de Le Havre de outubro de 1562 a junho de 1563, que terminou em fracasso quando seus
aliados huguenote juntaram-se aos católicos para retomar a cidade.
A intenção
da rainha era trocar Le Havre por Calais, retomada pela França em janeiro de
1558.
Isabel procurou políticas agressivas apenas através das atividades de
suas frotas. Isso acabou tendo bons resultados na guerra contra a Espanha, lutada
80% nos mares.
Ela fez de Francis Drake um cavaleiro após sua circum-navegação
entre 1577 e 1580, e ele acabou ganhando fama por ataques a portos e frotas
espanholas.
Um elemento de pirataria e auto-enriquecimento motivava os
marinheiros, sob os quais Isabel tinha pouco controle.
Expedição aos Países
Baixos
Isabel evitou expedições
continentais depois da ocupação e perda de Le Havre até 1585, quando enviou um
exército inglês para ajudar rebeldes protestantes holandeses contra Filipe II.
Isso ocorreu após as mortes de seus aliados Guilherme I, Príncipe de Orange, e
Francisco, Duque de Anjou, ambos em 1584, junto com a conquista de várias
cidades holandesas por Alexandre Farnésio, Duque de Parma e Placência,
governador dos Países Baixos do Sul.
Uma aliança em dezembro de 1584 entre
Filipe e a Liga Católica francesa minou a capacidade de Henrique III de França,
irmão de Francisco, de conter a dominação espanhola dos Países Baixos.
Isso
também expandiu a influência espanhola ao longo do Canal da Mancha na costa da
França, onde a Liga Católica era forte, expondo a Inglaterra a uma invasão.
O
cerco de Antuérpia no verão de 1585 por Farnésio fez necessária uma reação por
parte dos ingleses e holandeses. O resultado foi o Tratado de Nonsuch, em que
Isabel prometia apoio militar aos holandeses.
A expedição foi liderada
por Roberto Dudley, Conde de Leicester. Desde o início Isabel não apoiou muito
esse curso de ação.
Sua estratégia era apoiar os holandeses com um exército
inglês enquanto secretamente negociava a paz com a Espanha dias antes da
chegada de Dudley, porém necessariamente entrava em conflito com a estratégia
do conde, quem os holandeses queriam e era esperado para lutar ativamente em
uma campanha.
A rainha queria "evitar a todos os custos qualquer ação decisiva
contra o inimigo". Ele irritou Isabel ao aceitar o cargo de Governador
Geral oferecido pelos Estados Gerais. Ela viu isso como uma tentativa holandesa
de fazê-la aceitar a soberania sobre os Países Baixos, que até então ela tinha
recusado.
Isabel escreveu a Dudley:
“Nunca poderíamos ter imaginado (se não tivéssemos tido a
experiência) que um homem criado por nós e extraordinariamente favorecido por
nós, acima de qualquer outro súdito desta terra, poderia ser tão desprezível em
espécie e quebrado nosso mandamento em uma causa que nos toca com tanta honra
... E portanto o nosso expresso prazer e comando é que, colocadas de lado todos
os atrasos e desculpas, você fará atualmente sobre o dever de obedecer a sua
lealdade e cumprir tudo o que o portador deste Estatuto Social deverá
direcioná-lo para fazer em nosso nome. Do qual você não falhará, como você vai
responder pelo contrário no maior risco.”
O "comando" de
Isabel era que seu emissário lesse suas cartas de desaprovação em público
diante do Conselho de Estado holandês e com Dudley presente. Essa humilhação
pública de seu "tenente general" junto com suas conversas de paz em
separado com a Espanha minaram irreversivelmente sua posição entre os
holandeses.
A campanha militar foi repetidas vezes prejudicada pelas várias
recusas da rainha de enviar os fundos prometidos para os soldados famintos. Sua
falta de vontade de comprometer-se à causa, as deficiências de Dudley como
político e líder militar e a situação caótica da política holandesa foram as
razões do fracasso da campanha.
Invencível Armada
Enquanto isso, sir Francis
Drake realizou entre 1585 e 1586 uma grande viagem contra navios e portos
espanhóis no Caribe, conseguindo atacar Cádis em 1587 e destruindo a frota
espanhola de navios de guerra destinada para a Empreitada da Inglaterra. Filipe
havia decidido fazer guerra contra os ingleses.
A mão da
rainha está sobre um globo, simbolizando seu poder internacional.
A Invencível Armada, uma
grande frota de navios, partiu para o Canal da Mancha em 12 de julho de 1588
planejando levar uma força de invasão espanhola sob comando de Alexandre
Farnésio, Duque de Parma e Placência, para a costa sul da Inglaterra a partir
dos Países Baixos.
Uma combinação de erros de cálculo, má sorte e um ataque inglês
com navios de fogo em 29 de julho perto de Gravelines acabou dispersando os
navios espanhóis para o nordeste e a Armada acabou sendo derrotada.
Ela voltou
para a Espanha em restos despedaçados, após enormes perdas ao oeste da costa da
Irlanda (alguns navios tentaram voltar para casa através do Mar do Norte,
virando para o sul depois da costa irlandesa).
Milícias inglesas, sem saber do
destino da Armada, reuniram-se para defender o reino sob o comando de Roberto
Dudley. Ele convidou Isabel para inspecionar as tropas em Tilbury, Essex, no
dia 8 de agosto.
Usando uma armadura peitoral de prata sobre um vestido de
veludo branco, ela dirigiu-se aos homens em um de seus discursos mais famosos:
“ Meu amado povo, fomos persuadidos por alguns que se preocupam
com nossa segurança, para termos cuidado com a forma como nos empenhamos em
armar multidões por medo de traição; porém garanto-vos, não desejo viver para
desconfiar de meu fiel e amado povo ... sei que tenho apenas o corpo de uma
mulher fraca é débil, porém tenho o coração e estômago de um rei, e também de
um Rei da Inglaterra, e desprezo que Parma ou a Espanha, ou qualquer outro
Príncipe da Europa ouse invadir as fronteiras de meu reino.”
A nação comemorou quando
não houve nenhuma invasão. A procissão de Isabel para um serviço de ação de
graças na Catedral de São Paulo rivalizou em espetáculo com aquela ocorrida em
sua coroação.
A derrota da Armada foi também uma enorme vitória em propaganda,
tanto para a rainha quanto para a Inglaterra protestante.
Os ingleses
consideraram o ocorrido como um símbolo da preferência divina e a
inviolabilidade da nação sob uma rainha virgem.
Entretanto, a vitória não foi
um ponto de virada na guerra, que prosseguiu e frequentemente favorecia a
Espanha. Os espanhóis ainda controlavam os Países Baixos e a ameaça de uma invasão
continuou. Sir Valter Raleigh afirmou após a morte de Isabel que a precaução
dela impediu a guerra contra a Espanha:
“ Se a falecida rainha tivesse confiado em seus homens de guerra
como fez com seus escribas, teríamos em sua época derrotado aquele grande
império em pedaços e feito seus reis em figas e laranjas como nos velhos
tempos. Porém sua Majestade fez tudo pela metade, e por invasões mesquinhas
ensinou o Espanhol como se defender, e ver suas próprias fraquezas. ”
Apesar de alguns
historiadores terem criticado Isabel por razões semelhantes, o veredito de
Raleigh foi frequentemente considerado como injusto.
A rainha tinha bons
motivos para não confiar em seus comandantes, que uma vez em ação tendiam
"a serem transportados com um comportamento de vanglória", como ela mesma
colocou.
Apoio a Henrique IV de
França
Quando o protestante
Henrique III de Navarra herdou o trono da França em 1589, Isabel lhe enviou
apoio militar.
Foi sua primeira empreitada no país desde a retirada de Le Havre
em 1563.
A ascensão de Henrique foi muito contestada pela Liga Católica e por
Filipe, com Isabel temendo que os espanhóis tomassem os portos franceses ao
longo do canal. Entretanto, as campanhas seguintes da Inglaterra em território
francês foram desorganizadas e ineficientes Lorde Peregrine Bertie, 13.º Barão
Willoughby de Eresby, ignorou as ordens da rainha e marchou para o norte da
França com quatro mil homens, porém acabou realizando muito pouco. Ele recuou
em desordem em dezembro de 1589, perdendo metade de suas tropas.
A campanha de
João Norreys em 1591 levou três mil homens a Bretanha, terminando em um
desastre ainda maior. Isabel não queria investir em suprimentos e reforços como
seus comandantes pediam por causa de tais expedições. Norreys foi para Londres
pedir apoio a rainha pessoalmente.
O exército da Liga Católica praticamente
destruiu em maio de 1591 o restante de seu exército em Craon, noroeste da
França, durante sua ausência. Isabel enviou outra força em julho sob o comando
de Roberto Devereux, 2.º Conde de Essex, para ajudar Henrique no cerco a Ruão.
O resultado foi outro desastre. Devereux não conseguiu realizar nada e voltou
em janeiro de 1592. Henrique abandonou o cerco em abril seguinte. Como sempre,
a rainha não tinha controle sobre seus comandantes uma vez que eles estivessem
no exterior. "Onde ele está, ou o que ele faz, ou o que ele fará",
ela escreveu a Devereux, "somos ignorantes".
Irlanda
Apesar da Irlanda ser um
de seus reinos, Isabel enfrentava em certos lugares uma população hostil e até
mesmo autônoma que aderia ao catolicismo e estava disposta a desafiar sua
autoridade e conspirar com seus inimigos. Sua política na região era entregar
terras a seus cortesãos e impedir que os rebeldes dessem a Espanha uma base de
onde pudesse atacar a Inglaterra.
As forças da coroa utilizaram táticas de
terra arrasada contra uma série de levantes, queimando a terra e chacinando
homens, mulheres e crianças. Durante uma revolta liderada por Geraldo
FitzGerald, 15.º Conde de Desmond, em Munster em 1582, por volta de trinta mil
irlandeses morreram de fome.
O poeta e colono Edmund Spenser escreveu que as
vítimas "foram levadas a tal miséria como que qualquer coração de pedra
teria lamentado o mesmo". Isabel aconselhou seus comandantes que
"aquela nação rude e bárbara" fosse bem tratada, porém não demonstrou
remorso quando a força e derramamento de sangue foram necessários.
Isabel enfrentou seu teste
mais severo na Irlanda entre 1594 e 1603 durante a Guerra dos Nove Anos, uma
guerra que aconteceu no ponto alto das hostilidades contra a Espanha, que
apoiava o líder rebelde Hugo O'Neill, 2.º Conde de Tyrone.
Isabel enviou
Roberto Devereux na primavera de 1599 para acabar com a revolta. Ele fez pouco
progresso e voltou para a Inglaterra contra suas ordens, para a frustração da rainha.
Devereux foi substituído por Carlos Blount, 8.º Barão Mountjoy, que precisou de
três anos para derrotar os rebeldes. O'Neill finalmente se rendeu em 1603,
alguns dias após a morte de Isabel.
Rússia
Isabel continuou a manter
as relações diplomáticas que Eduardo VI havia estabelecido com o Czarado da
Rússia.
Ela frenquentemente escrevia ao imperador Ivã IV em termos amigáveis,
apesar dele ficar frequentemente irritado por seu foco em comércio ao invés de
uma possível aliança militar.
Ivã até a pediu em casamento, também pedindo garantias
durante a segunda metade do reinado de Isabel que recebesse asilo na Inglaterra
caso seu reinado fosse colocado em risco. Seu simplório filho Teodoro I o
sucedeu depois de sua morte.
Diferentemente do pai, o novo imperador não queria
manter direitos exclusivos de comércio com a Inglaterra. Ele declarou seu reino
aberto a todos os estrangeiros, dispensando o embaixador inglês sir Jerônimo
Bowes, cuja pomposidade havia sido tolerada por Ivã.
Isabel enviou o dr. Giles
Fletcher como novo embaixador para exigir que o regente Bóris Godunov
convencesse Teodoro a reconsiderar.
As negociações falharam pois Fletcher
omitiu dois títulos ao dirigir-se a ele. A rainha continuou a falar com Teodoro
em cartas meio suplicantes e meio reprovatórias. Ela propôs uma aliança, algo
que sempre recusou com Ivã, mas nada adiantou.
A Inglaterra desenvolveu
relações diplomáticas e de comércio com Berbéria durante o reinado de Isabel.
Ela estabeleceu relações de comércio com o Marrocos em oposição a Espanha,
vendendo armaduras, munição, madeira e metais em troca de açúcar, mesmo com uma
proibição papal.
Abd el-Ouahed ben Messaoud, principal secretário de Ahmed
al-Mansur Saadi do Marrocos, visitou a Inglaterra em 1600 como embaixador na
corte para negociar uma aliança anglo-marroquina contra os espanhóis. Isabel
"concordou em vender munições e suprimentos aos Marrocos, e ela e Mulai
Ahmad al-Mansur conversaram de vez em quando sobre montarem uma operação conjunta
contra os espanhóis". As discussões permaneceram inconclusivas, com os
dois morrendo dois anos depois da visita de ben Messaoud.
Também foram estabelecidas
relações diplomáticas com o Império Otomano através do estabelecimento da
Companhia de Levante e o envio em 1578 do primeiro embaixador à Sublime Porta,
Guilherme Harborne.
Um tratado de comércio foi assinado pela primeira vez em
1580. Os dois países mandaram vários enviados uns ao outro e trocas epistolares
ocorreram entre Isabel e o sultão Murad III. Ele expressou sua noção em uma das
cartas que o islamismo e o protestantismo tinham "muito mais em comum que
ambos tinham com o Catolicismo Romano, já que os dois rejeitavam a idolatria de
ídolos", discutindo para uma aliança entre a Inglaterra e o Império
Otomano.
Os inglês exportaram estanho e chumbo (para a criação de canhões) e
munição, para o desalento da Europa católica, com Isabel discutindo seriamente
com Murad operações militares conjuntas durante o início da guerra contra a
Espanha em 1585, já que Francisco Walsingham estava fazendo lobby para um
envolvimento otomano direto contra o inimigo em comum.
O período após a derrota
da Invencível Armada em 1588 trouxe novas dificuldades a Isabel que duraram
pelos quinze últimos anos de seu reinado. Os conflitos com a Espanha e Irlanda
se arrastaram, os impostos ficaram mais pesados e a economia foi atingida por
colheitas ruins e os custos das guerras. Os preços subiram e a qualidade de
vida caiu.
A repressão contra os católicos se intensificou nessa época, com a
rainha autorizando em 1591 comissões para monitorar e interrogar chefes de
família católicos. Ela dependia cada vez mais de espiões internos e propaganda
para manter a ilusão de paz e prosperidade.
As críticas cada vez maiores
refletiam o declínio da afeição pública por Isabel em seus últimos anos.
Uma das causas para esse
"segundo reinado", como é as vezes chamado, foi a mudança da
personalidade do Conselho Privado na década de 1590, o órgão de governo de
Isabel. Havia uma nova geração no poder. Com a exceção de Guilherme Cecil, os
políticos mais importantes do reino haviam morrido por volta de 1590: Dudley em
1588, Walsingham em 1590 e sir Cristóvão Hatton em 1591. Brigas entre facções
no governo, que não existiram de forma notória antes de 1590, agora eram uma
característica. Surgiu uma grande rivalidade entre Devereux e Roberto Cecil,
filho de Guilherme, com a disputa pelas posições mais poderosas no reino
interferindo na política.
A autoridade pessoal da rainha estava diminuindo,
como foi demonstrado em 1594 pelo caso do dr. Lopez, seu médico. Quando ele foi
erroneamente acusado de traição por Devereux em uma disputa pessoal, Isabel não
conseguiu impedir sua execução, mesmo tendo ficado brava por sua prisão e
aparentando não ter acreditado que ele era culpado.
Isabel passou a depender
da concessão de monopólios durante os últimos anos de seu reinado; era um
sistema de patronagem de custo zero ao invés de pedir ao parlamento mais
subsídios em tempos de guerra.
A prática logo levou à fixação de preços, o
enriquecimento de cortesãos aos custos públicos e grande indignação. Isso
culminou em 1601 com uma agitação na Câmara dos Comuns. Em seu famoso
"Discurso Dourado" de 30 de novembro de 1601 no Palácio de Whitehall
para 140 membros, Isabel professou sua ignorância dos abusos e conquistou os
presentes com promessas a o apelo usual às emoções:
“ Quem mantém sua soberana do lapso do erro, em que, por
ignorância e não pela intenção que podem ter recaído, o agradecimento que
merecem, sabemos, por vós podem imaginar. E como há nada mais caro a nós que a
conservação dos corações de nossos súditos, o que é uma dúvida imerecida que
poderíamos ter incorrido se os abusadores da nossa liberalidade, os ameaçadores
de nosso povo, os espremedores dos pobres, não tivessem sido nos avisado!.”
Isabel c. 1595.
Entretanto, esse mesmo
período de incerteza política produziu um florescimento literário insuperável
na Inglaterra. Os primeiros sinais de um novo movimento literário apareceram ao
final da segunda década do reinado de Isabel, com Euphues de John Lyly e The
Shepheardes Calender de Edmund Spenser em 1578. Alguns grandes nomes da
literatura inglesa entraram em sua maturidade durante a década de 1590,
incluindo William Shakespeare e Christopher Marlowe.
O teatro inglês alcançou
seu auge nesse período e no Período Jacobino que seguiu-se. A noção de um
grande Período Isabelino depende muito dos construtores, dramaturgos, poetas e
músicos que estavam em atividade no reinado de Isabel.
Deviam pouco diretamente
à rainha, que nunca foi uma grande patrona das artes.
A imagem de Isabel mudou
gradualmente enquanto envelhecia. Ela foi retratada como Belphoebe e Astreia, e
também como Gloriana, a eternamente jovem Rainha das Fadas do poema de Spenser,
após a derrota da Invencível Armada.
Seus retratos deixaram de ser realistas e
passaram a ser um conjunto de ícones enigmáticos que a faziam parecer muito
mais jovem que era. Na realidade, sua pele havia sido marcada e 1562 pela
varíola, a deixando meia careca e dependente de perucas e cosméticos. Sir
Valter Raleigh a chamou de "uma senhora cujo tempo ultrapassou".
Entretanto, enquanto mais diminuía sua beleza, mais seus cortesãos a elogiavam.
Isabel gostava de
representar o papel, porém é possível que ela passou a acreditar em sua própria
interpretação na última década de sua vida.
Ela se afeiçoou e ficou indulgente
ao charmoso e petulante Roberto Devereux, que era sobrinho de Dudley e tomava
certas liberdades com ela que acabavam sendo perdoadas. Isabel repetidas vezes
o nomeou para cargos militares apesar de seu histórico cada vez maior de
irresponsabilidade.
A rainha o colocou em prisão domiciliar depois de desertar
em 1599 de seu comando na Irlanda, tirando seus monopólios no ano seguinte.
Devereux tentou armar uma rebelião em Londres em fevereiro de 1601 com a
intenção de tomar posse de Isabel, porém não conseguiu reunir apoio e foi
executado no dia 25 do mesmo mês.
A rainha sabia que seus próprios erros de
julgamento eram em parte responsáveis pelos acontecimentos. Como um observador
relatou em 1602, "Seu prazer é sentar-se no escuro, e por vezes derramar
lágrimas para lamentar Essex".
Morte
Cortejo fúnebre de Isabel,
com os estandartes de seus antecessores reais.
Guilherme Cecil, 1.º Barão
Burghley, o principal conselheiro de Isabel, morreu em 4 de agosto de 1598. Seu
manto político foi passado ao filho Roberto Cecil, que logo tornou-se o líder
do governo.
Uma das tarefas que ele tomou conta foi preparar o caminho para uma
sucessão tranquila. Cecil foi obrigado a trabalhar em segredo já que Isabel nunca
nomeou um sucessor. Assim ele entrou em correspondências codificadas com o rei
Jaime VI da Escócia, que tinha uma reivindicação forte mas não reconhecida.
Cecil aconselhou o impaciente rei escocês a ser gentil com Isabel e
"assegurar o coração da mais elevada, para cujo sexo e qualidade nada é
assim inadequado quer como admoestações desnecessárias ou sobre muita
curiosidade em suas próprias ações".
O conselho funcionou. O tom de Jaime
encantou a rainha, que respondeu: "Então confio que vós não duvidará que
tuas últimas cartas são tão aceitas e tomadas como meus agradecimentos que não
faltam à mesma, mas oferecei-los a vós de maneira grata".
Na visão do
historiador J. E. Neale, Isabel pode não ter abertamente declarado seus desejos
a Jaime, porém os fez conhecidos por meio de "frases inconfundíveis, senão
veladas".
Efígie de Isabel em sua
tumba na Abadia de Westminster.
A saúde da rainha
permaneceu boa até o outono de 1602, quando uma série de mortes entre seus
amigos a colocaram em uma grande depressão.
A morte de Catarina Howard,
Condessa de Nottingham e sobrinha de sua amiga Catarina Carey, em fevereiro de
1603 a atingiu severamente.
Isabel adoeceu no mês seguinte e permaneceu em uma
"melancolia assentada e irremovível".
Isabel morreu no dia 24 de
março de 1603 no Palácio de Richmond entre às 2h e 3h da madrugada.
Cecil e o
conselho colocaram seus planos em movimento algumas horas depois e proclamaram
Jaime VI da Escócia como Jaime I da Inglaterra.
O caixão de Isabel foi
carregado pelo rio Tâmisa em uma barca com tochas durante a noite até o Palácio
de Whitehall. Seu funeral ocorreu no dia 28 de abril, com o caixão sendo levado
até a Abadia de Westminster em um carro fúnebre puxado por quatro cavalos
decorados com veludo preto. Nas palavras do crônico John Stow:
“Westminster estava sobrecarregada com multidões de todos os
tipos de pessoas em suas ruas, casas, janelas, pistas e sarjetas, que sairam
para ver o funeral, e quando eles viram a sua estátua deitada sobre o caixão,
houve tal suspiro, gemino e choro como nunca tenha se visto ou conhecido na
história do homem.”
Isabel foi enterrada na
Abadia de Westminster ao lado de sua meia-irmã Maria. A inscrição em latim da
tumba, Regno consortes & urna, hic obdormimus Elizabetha et Maria sorores,
in spe resurrectionis, se traduz para "Consortes em reino e tumba, aqui
dormimos, Isabel e Maria, irmãs, na esperança de ressurreição".
Legado e memória
Isabel c. 1600, uma
representação alegórica da rainha, que tornou-se atemporal em sua velhice.
Isabel foi lamentada por
muitos de seus súditos, porém outros ficaram aliviados por sua morte. As
expectativas para Jaime começaram altas porém caíram, então por volta da década
de 1620 houve um reavivamento nostálgico do culto a Isabel. Ela foi louvada
como uma heroína da causa protestante e governante de uma era de ouro. Jaime
era representado como um simpatizante católico que presidia sobre uma corte
corrupta.
A imagem triunfalista que Isabel cultivou ao final de seu reinado,
contra um fundo de dificuldades econômicas e militares, foi tomada como se
realidade fosse e sua reputação foi inflada.
Godofredo Goodman, Bispo de
Gloucester, lembra: "Quando tivemos a experiência de um governo escocês, a
Rainha parecia reviver. Então sua memória foi muito ampliada. Seu reinado foi
idealizado em uma época que a coroa, igreja e parlamento trabalhavam em
equilíbrio constitucional.
A imagem de Isabel
retratada por seus admiradores protestantes no início do século XVII mostrou-se
duradoura e influente.
Sua memória também foi reavivada durante a Guerras
Napoleônicas, quando a nação encontrou-se novamente a beira de uma invasão.
Na
Era Vitoriana, a lenda Isabelina foi adaptada para a ideologia imperial da época,
e no meio do século XX ela era um símbolo romântico da resistência nacional
contra uma ameaça estrangeira. Alguns historiadores do período como J. E. Neale
e A. L. Rowse interpretaram seu reino como uma época de ouro do progresso.
Neale e Rowse também idealizaram a rainha pessoalmente: ela sempre fez tudo
corretamente; seus traços mais desagradáveis foram ignorados ou explicados como
sinais de estresse.
Isabel após 1620, durante
o primeiro reavivamento de interesse em seu reinado. Tempo dorme à sua direita
e Morte olha sobre seu ombro esquerdo; dois putti seguram a coroa sobre sua
cabeça.
Entretanto, historiadores
recentes assumiram uma visão mais complicada de Isabel. Seu reinado é mais
famoso pela derrota da Invencível Armada e por ataques bem sucedidos contra os
espanhóis, como aqueles em Cádiz em 1587 e 1596, porém alguns historiadores
salientam fracassos militares tanto em terra quanto no mar. As forças de Isabel
acabaram prevalecendo na Irlanda, porém suas táticas sujaram o registro.
Ela é
mais frequentemente considerada como cautelosa em questões estrangeiras ao
invés de uma corajosa defensora das nações protestantes contra a Espanha e os
Habsburgo. Isabel ofereceu apenas apoio bem limitado a protestantes
estrangeiros e não conseguiu prover fundos suficientes para seus comandantes
fazerem a diferença internacionalmente.
Isabel estabeleceu uma
igreja inglesa que ajudou a moldar uma identidade nacional que permanece até
hoje. Aqueles que posteriormente a elogiaram como heroína protestante
negligenciaram o fato dela ter se recusado a abandonar todas as práticas de
origem católica na Igreja Anglicana.
Historiadores perceberam que os
protestantes fervorosos da época consideravam o Ato de Resolução e Uniformidade
de 1559 como um compromisso. Na realidade, a rainha acreditava que a fé era
pessoal e não queria "criar janelas nos corações e pensamentos secretos
dos homens", como Francis Bacon colocou.
Apesar de Isabel ter
seguido uma política internacional defensiva, seu reinado valorizou a
Inglaterra no estrangeiro. "Ela é apenas uma mulher, apenas a senhora de
meia ilha", afirmou o Papa Sisto V, "e mesmo assim se faz temida pela
Espanha, pela França, pelo Império, por todos!" Sob Isabel, a nação ganhou
uma nova auto-confiança e senso de soberania, uma cristandade fragmentada.
A
rainha foi a primeira Tudor a perceber que o monarca governa por consenso
popular. Assim ela sempre trabalhou com o parlamento e conselheiros em quem
confiava para lhe dizerem a verdade – uma forma de governo que seus sucessores
Stuart falharam em seguir. Alguns historiadores a chamaram de sortuda. Isabel
acreditava que Deus a estava protegendo. Orgulhando-se de ser "meramente
inglesa", ela confiava em Deus, em conselhos honestos e no amor de seus
súditos para governar. Em oração, agradeceu:
“Em uma época que guerras e sedições com cruéis perseguições
contrariaram todos os reis e países ao meu redor, meu reinado foi pacífico, e
meu reino um receptáculo a tua aflita Igreja. O amor de meu povo parece ser
firme, e frustrados os dispositivos de meus inimigos.
CURIOSIDADE!
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