- Século VII -árabes muçulmanos conquistam terras no norte da África
- Difundiram o Islamismo entre os povos do deserto do Saara (berberes)
- Através do comércio, os berberes difundiram sua religião islâmica entre os povos sudaneses
- Pontos de comércio deram origem a cidades prósperas
- Algumas dessas cidades tornaram-se capitais dos reinos e impérios africanos (séc. VII e XV)
- Maior e mais duradouro império africano
- Sabemos sobre ele por conta de fontes : orais, arqueológicas e escritos árabes
- Século XIII, África Ocidental
- Povos de etnia mandinga se expandiram a leste e oeste da África
Os mandingos (em mandingo:
Mandinka) são um dos
maiores grupos étnicos da África Ocidental, com
uma
população estimada em 11 milhões.
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- Conquistaram terras e fundaram um império
- Líder: SUNDIATA KEITA (recebeu o título de mansa, adotou o Islamismo)
Mali – Sundiata – Reprodução |
- SUNDIATA converteu-se ao Islamismo por causa do comércio com os árabes muçulmanos
- SUNDIATA deslocou a capital do império para NIANI (sul) para proteger de invasões
- Nas estradas que ligavam NIANI ao Nordeste da região, surgem cidades
- Cidades: DJENNÉ, TOMBUCTU e GAO
CURIOSIDADE:
Mansa Musa, foi o homem mais ricos de todos os tempos
Muitos especialistas acreditam
que Mansa Musa (1280 - 1337), o rei de Tombuctu, foi a pessoa mais rica da
história. De acordo com o professor de história Richard Smith, o reino da
África Ocidental de Musa (atual Mali) provavelmente era o maior produtor de
ouro do mundo em um momento em que esse material passava por um momento de alta
demanda.
Historiadores e economistas ainda
não conseguiram estimar quantos trilhões de dólares a fortuna no governante
valeria hoje. Trilhões, sim. Em uma lista da Time de 2015, o Imperador Augusto
César aparece em segundo lugar com US$ 4,6 trilhões.
Ele governou o Império do Mali no
século 14 e sua terra era recheada de recursos naturais lucrativos: "Sua
grande riqueza era apenas uma parte de seu rico legado", afirma Jessica
Smith, em aula da plataforma TED-Ed.
Musa assumiu o poder em 1312 e
expandiu as fronteiras de seu império em cerca de 3 mil quilômetros.
Quando foi para a cidade sagrada
de Meca em 1324, levou uma caravana tão grande que "cronistas descrevem
uma comitiva de dezenas de milhares de soldados, civis e escravos, 500
mensageiros vestidos com sedas finas e ouro, e muitos camelos e cavalos
carregados de barras de ouro", explica Smith. Para se ter noção, quando
passou pelo Cairo, no Egito, Musa doou tanto ouro para os pobres que a economia
local sofreu com inflação e crise financeira por anos.
Durante seu reinado, o Homem Mais
Rico de Todos os Tempos criou escolas, mesquitas e até uma universidade. Dentre
seus feitos está a famosa Mesquita de Djinguereber, em Tombuctu.
Depois de 25 anos como imperador,
Mansa Musa morreu em 1337 e foi sucedido por seu filho, Maghan I. Até hoje, o
legado do imperador persiste: existem mausoléus, bibliotecas e mesquitas que
são testemunho da chamada "idade de ouro" do Mali.
Fonte: Revista Galilleu
- Localização: as margens do Rio Níger
- Ponto de parada de caravanas comerciais que atravessavam o deserto
- Por lá passavam o sal, ouro, tecidos e grãos, noz-de-cola, peles, plumas, marfim, instrumentos de metal.
- Séc. XIV - Mali era cidade intelectual
- 150 escolas - estudo do Corão
- Estudantes de vários lugares
Mesquita de Djenné - influênvia islâmica |
Mesquita de Sankoré |
- Mesquita de SANKORÉ - onde funciona a Universidade de Sankoré
Imagem recente de Tombuctu - UNESCO PÕE TOMBUCTU NA LISTA DO PATRIMÔNIO EM RISCO |
- Bibliotecas vivas
- Transmitiam o conhecimento histórico local
- Preservavam histórias e canções africanas
- No passado, quando faleciam eram enterrados dentro da árvore de BAOBÁ
- Isso serviria para continuar a tradição das histórias e canções
A ECONOMIA DO IMPÉRIO DE MALI - (ótimos comerciantes)
- Maior produtor de ouro da África Ocidental
- A pop. vivia da agropecuária (bovinos, ovinos, caprinos), artesanato (metal e madeira) e comércio.
- Cultivavam arroz, milhete, feijão, inhame, algodão (vale do Rio Níger)
Milhete - saiba mais AQUI |
- Comércio: cobre (muito apreciado),ouro, sal (tão valioso quanto ouro) e noz-de-cola
- Chegou a ter 45 milhões de habitantes
- Durou 230 anos
- Poderoso exército (arqueiros, cavaleiros e lanceiros)
- Controle da extração do ouro
- Reprimiam rebeldes nas revoltas
- Respeitavam as tradições dos povos dominados
- Conflito entre as lideranças
- Surgem novos centros de poder (ex.: Reino de Songai)
- 1470- Songai conquista Tombucto
- Songai torna-se a principal força política da região
- Localização: sul do Saara
- Origem comum: mesma língua (banta)
- 1500 a. C- se deslocaram de Camarões para o centro, leste e sul da África
- O deslocamento durou 2.500 anos
- Foi a maior migração da África Subsaariana
- A região deixou de ser terra de nômades para se tornar agrícola e com técnicas de metalurgia
- Organizaram reinos importantes. ex.: CONGO
- Congo = Bacia do Rio Zaire
- Recebeu o nome Congo dos portugueses
- Habitantes: grupos bantos (ambundo, bacongo, luba e lunda)
- Líder: NIMI-A-LUKENI
- Época: séc. XIV (final) e séc. XV (início)
- Atravessou o Rio Zaire e dividiu espaço com antigos moradores da região
- NIMI fez alianças por meio de casamentos
- Fundou a cidade de MBANZA CONGO
Mbanza Congo - Capital do Reino do Congo |
- Controlam o território
- NIMI recebeu o título de MANI CONGO (senhor do Congo)
- NIMI possuía 12 conselheiros (secretários reais, oficiais militares, coletores de impostos...)
- 4 mulheres conselheiras representando o clã das avós do rei
Imagem da República do Congo atual |
- Homens: caça, pesca, coleta de alimentos
- Mulheres: agricultura (lugumes, verduras, frutas..)
- Principal cereal: SORGO
- Criavam porcos, carneiros, cabras, bois
- Faziam artesanato com RÁFIA (tipo de palmeira), cobre e ferro
- Ferro: instrumentos de trabalho e armas.
- O fundador do reino era ferreiro, por isso, trabalho com ferro era reservado aos nobres
- Comércio intenso (ferro e sal)
- Pagavam impostos (em espécie ou dinheiro) ao Mani Congo
- A moeda era o NZIMBU (concha marinha)
- Só o rei poderia explorar essas conchas
- O Mani Congo os protegia espiritualmente
- 1483- chegaram portugueses no Congo
- Faziam comércio com líderes africanos
- MANI CONGO NZINGA MBEMBA se aliou aos portugueses
- Trocou seu nome para AFONSO I
- Converteu-se ao Catolicismo
- Se vestia como os portugueses.
- Pediu aos portugueses para enviar profissionais para modernizar o Congo
- Foram enviado missionários para catequizar o povo
- Mercadores portugueses começaram a frequentar o Congo
- Mani Congo se sentiu ameaçado
- Pediu aos portugueses para proibir o comércio em sua região
- Os portugueses não atenderam
- Portugueses passaram a explorar o Congo
- Buscavam ouro e prata (séc. XVII)
- 1655- BATALHA DE MBUWILA ( portugueses X Congo)
Saiba mais da Batalha de Mbuwila AQUI |
- Portugueses venceram
- Morreram: MANI CONGO ANTÔNIO I , nobres e soldados
- O Reino do Congo declinou e tornou-se principal fornecedor de escravizados para o Brasil.
- Séc. XVI e XIX
- Falavam línguas bantas: quimbundo, quicongo e umbundo
- Essas línguas influenciaram o idioma português brasileiro.
- Ex: Berimbau, caçula, canjica, carimbo, cochilo, dendê, fubá, jiló, moleque, quiabo, quitute, samba...
O JONGO
- Canto, dança coletiva com percussão e tambores
- Herança dos povos bantos que estiveram no Brasil
- 2005 - Jongo foi registrado pelo IPHAN como patrimônio cultural imaterial do Brasil
- África Ocidental
- Civilização urbana
- Cidades, ruas e avenidas retas
- Mercados movimentados
- Principais cidades: Ifé, Keto, Oió (capital política)
- Comerciantes - homens e mulheres - circulavam por terra e rios
- Canoas carregadas de produtos das florestas: pele de leopardo, pimenta, marfim, noz-de-cola...
- Artesanato: objetos de couro, metal e marfim.
- Cidade de Oió havia bairros especializados em : curtume, serralheria e fundição
- Séc. XII e XV, Ifé - Capital religiosa
- Oni: líder religioso, administrava a cidade e era juiz.
- Oni: escolhia os líderes das cidades. ex.: Ifé e Oió
A ARTE IORUBÁ
- Esculturas realistas
- Cabeças humanas em bronze em tamanha natural
- Influenciou a arte do Reino de Benin
O REINO DE BENIN (sudoeste de Ifé)
Selo nigeriano com imagem
de uma máscara de
madeira típica do reino de Benin
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- Século XII
- Fundador: Oranyan
- O rei (obá): governava a cidade e era líder religioso
- Ao chegar ao poder o rei teria que ir a Ifé para ter seu título reconhecido como rei pelo Oni
- Cidade mais importante: Benin
- Ruas e avenidas retas, maiores que muitas cidades europeias
- Comércio: peixe seco, inhame, cobre, sal, dendê, couro , carne e escravizados (guerras)
- A cidade era bem localizada para o comércio
- O palácio do Obá era enorme e luxuoso
- Séc. XV - os artistas passaram a representar os mercadores, marinheiros e soldados europeus em suas artes
- Século XIX (final) - ingleses dominam a África e o Reino de Benin
- Ingleses saquearam as obras de arte do Reino de Benin e hj elas estão no Museu Britânico
Ingleses saquearam a arte do Reino de Benin |
- A arte IORUBÁ alcançou a Europa e a América (Cuba e Brasil)
IORUBÁS NO BRASIL
- 1830- vieram para o Brasil
- Os muçulmanos destruíram sua capital (OIÓ)
- Chegaram no Brasil pelo porto de Salvador
- Entre os IORUBÁS vieram: sacerdotes, príncipes, líderes políticos, artistas...
- Os reis, artistas e intelectuais iorubás foram empregados no Brasil em trabalhos domésticos e urbanos
- Ficaram na cidade de Salvador e no Recôncavo Baiano
- A arte iorubá pode ser vista em todo Brasil, principalmente na Bahia
- Na Bahia nasceram alguns dos principais representantes da música a artes plásticas iorubás.
- Música: Olodum e Ilê Aiyê, Carlinhos Browm, Margareth Menezes
- Artes Plásticas escultores: Manuel Araújo, Mestre Didi
- Pintores: Cerybé e Menelaw Sete (Picasso do Brasil)
RIO DE JANEIRO RECEBERÁ A MAIOR COLEÇÃO DE ARTE IORUBÁ FORA DA ÁFRICA
Fonte: Carta Capital - 05/03/2019 |
O Rio de Janeiro vai receber a
maior coleção de arte iorubá fora da África. Serão centenas de peças, em
processo de escolha e catalogação, que chegarão a partir de agosto. Os
artefatos milenares devem ser exibidos em um espaço sem correspondente no
mundo: a Casa de Herança Oduduwa, um local para exposições, aulas de língua
iorubá, centro de estudos e um teatro, num elo permanente de comunicação e
intercâmbio entre o Brasil e o povo iorubá. Uma forma de aproximar as culturas
e auxiliar o povo brasileiro a conhecer melhor suas origens, heranças,
histórias, e até suas feições.
A vinda desse tesouro histórico,
religioso e cultural é um esforço pessoal do rei de Ifé, Ojaja II, de 44 anos,
a maior autoridade tradicional e religiosa do povo iorubá, que originariamente
habitava o Reino de Ketu e o Império do Oyó, áreas atualmente do Benin e da
Nigéria. Há ainda um grande número de iorubás vivendo no Togo e em Serra Leoa,
além de, fora da África, em Cuba, na República Dominicana e no Brasil. O desejo
do rei nasce de uma coincidência propiciada pelo fato de o povo brasileiro
desconhecer seus antepassados africanos.
Bom
ResponderExcluirPow mano bem interessante
ResponderExcluirNossa, muito bom de vdd,estava procurando algo assim para fazer o trabalho de história e só achei nesse site😀🙂❤
ResponderExcluirMuito legal!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar saberes conosco!
Excelente! Parabéns!
ResponderExcluirAdorei! Foi muito útil pra eu estudar para a prova!👍👏
ResponderExcluirQue massa bom legau
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirBoa fonte de pesquisa e estudo
ResponderExcluirAjudo no meu trabalho obgggg
ResponderExcluirExcelente!👏👏
ResponderExcluirLegal
ResponderExcluirExcelente trabalho!
ResponderExcluirMuito obrigado ajudo muito eu a aprender sobre este assunto
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