quinta-feira, 7 de março de 2013

Ninguém nasce mulher, mas sim torna-se mulher.


Iniciarei essa postagem com um belíssimo texto retirado da peça: Viver sem Tempos Mortos.
O texto retrata divinamente, nas palavras de Simone de Beauvoir, o que é ser mulher.
Esta foi a forma que encontrei para homenagear a todas as mulheres que já viveram e as que vivem nesse mundo cuja religião, economia, política e o senso comum AINDA são tão machistas que precisamos ter UM DIA DA MULHER para refletirmos sobre as desigualdades de gênero.


A impressão que eu tenho é de não ter envelhecido embora eu esteja instalada na velhice. O tempo é irrealizável. Provisoriamente, o tempo parou pra mim. Provisoriamente. Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa pra minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. O que eu sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida, unicamente o sabor da minha vida. Acho que eu consegui fazê-lo; vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha feminilidade. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.



Trecho da Peça VIVER SEM TEMPOS MORTOS, inspirada na correspondência de Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, com Fernanda Montenegro.




UMA BREVE HISTÓRIA DO FEMINISMO







Estudantes muçulmanas protestam na Indonésia









"Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem" Rosa Luxemburgo
SIMONE DE BEAUVOIR









Leia o livro completo AQUI




DENUNCIE ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER





ASSUNTO RELACIONADO: A DITADURA DA BELEZA

Nenhum comentário:

Postar um comentário