Confira a lista completa
dos presidentes do Brasil desde o ano de 1889, quando foi instaurado o regime
republicano, até os dias atuais.
Saiba um pouco da história
e qual o período de mandato de cada um dos políticos que assumiram a
presidência de nosso País!
1- MANUEL DEODORO DA FONSECA (Deodoro da Fonseca) – 1889 –1891
Nasceu na cidade velha de Alagoas ( hoje
Marechal Deodoro ) a 5 de agosto de
1827, filho do tenente-coronel Manuel Mendes da Fonseca e D. Rosa Maria Mendes
da Fonseca. Em 1945, ingressou no Exército. Tomou parte em várias campanhas,
sendo promovido até o posto de marechal – de – campo. Distinguiu-se por
extraordinária bravura na Guerra da Paraguai. Gozava de enorme prestígio entre
os militares e era considerado líder da sua classe. A 15 de novembro de 1889,
chefiou o movimento que depôs o último gabinete da monarquia presidido pelo
Visconde de Ouro Preto, proclamando a República. Nos mesmo dia foi aclamado
chefe do Governo Provisório e como tal conseguiu a adesão de todos os Estados
para os quais nomeou governadores; estabeleceu a separação da Igreja do Estado,
o casamento civil, promulgou o novo Código Penal e aprovou a nova bandeira da
País. Convocou a Assembléia Constituinte
que aprovou a Primeira Constituição Republicana em 24 de fevereiro de
1891. Eleito pela Assembléia, assumiu a Presidência da República. Entretanto em conflito com o
Poder Legislativo, dissolveu o Congresso Nacional, o que provocou reação por
parte da Marinha, comandada pelo Almirante Custódio de Melo. Preferiu renunciar
a enfrentar uma guerra civil, passando o poder ao vice-presidente, com ele
eleito pela Constituinte, Marechal Floriano Peixoto. Faleceu no Rio de Janeiro
a 23 de Agosto de 1892.
CURIOSIDADE: Segundo relatos, o
primeiro presidente da República era dono de um humor ácido. Certa vez, um
engenheiro procurou Deodoro da Fonseca (1889-1891) para reivindicar a concessão
de uma estrada de ferro e obteve a seguinte resposta: ''e quanto às estradas de
ferro, só darei uma única concessão, e será a que partir do inferno e vá
terminar na casa da mãe de quem me pedir''. Além disso, o marechal tinha o
hábito de andar coberto de joias, como um pesado anel no dedo mínimo, um
prendedor de gravata de pérola e uma grande corrente para segurar o relógio de
bolso. O ''Generalíssimo'', como era conhecido, não saía de casa sem perfumar a
barba com fragrância de violetas
2- FLORIANO VIEIRA PEIXOTO
(Floriano
Peixoto ) 1891– 1894
Peixoto ) 1891– 1894
Nasceu
na Vila Ipioca. Província de
Alagoas, a 30 de Abril de 1939, filho de Manuel Vieira Peixoto e D. Ana Joaquina de Albuquerque Peixoto. Acentou
praça em 1857, atingindo o posto de Marechal – de – Campo. Distinguiu-se pela
bravura na Guerra do Paraguai. Foi presidente da Província de Mato Grasso e
ocupou o cargo de ajudante-general do Exército. Com a renúncia de Deodoro,
assumiu a chefia do Governo e exerceu-o até 15 de novembro de 1894. Durante seu
governo eclodiram duas revoluções: a Federalista, no Rio Grande do Sul, e a da
Armada, no Rio de Janeiro, chefiada pelo Almirante Saldanha da Gama. Floriano
reconvocou o Congresso e resistiu aos 2 movimentos revolucionários, despertando
forte movimento nacionalista, sendo cognominado, por isso, Marechal de Ferro, e
Consolidor da República. Enfrentou grande oposição parlamentar e foi implacável
em relação aos oficiais que representaram contra sua permanência no Governo.
Era membro do Supremo Tribunal Militar. Faleceu em Cambuquira, Minas Gerais, a
29 de julho de 1895. É até hoje venerado como defensor do espírito republicano,
tendo rompido relações com Portugal por terem os navios dessa nação dado asilo
aos oficiais da marinha rebeldes.
3- PRUDENTE JOSÉ DE MORAIS
BARROS
( Prudente de Morais )
( Prudente de Morais )
1894 – 1898
Nasceu em Itu, São Paulo,
a 4 de outubro de 1841. Era filho de José Marcelino de Barros e D. Catarina
Maria de Barros. Bacharel em Direito pela Faculdade de São Paulo em 1863,
exerceu advocacia em Piracicaba. Foi eleito deputado à Assembléia Provincial,
primeiro pelo Partido Liberal e, depois, pelo Partido Republicano. Em 1885
elegeu-se para a Câmara dos Deputados. Integrou a Assembléia Constituinte
Republicana como senador, sendo eleito para presidi-la. Concorreu com o
Marechal Deodoro à Presidência da República. Em 1894, foi escolhido Presidente da
República, em eleição direta, tomando posse a 15 de novembro. Restabeleceu
relações com Portugal e resolveu pacificamente o conflito com a Inglaterra que
ocupava nossa Ilha Trindade. Sob seu governo foi o Brasil vitorioso por
arbitragem dos Estados Unidos, na questão de limites com a Argentina, conhecida
como Questão das Missões. Também firmou-se com a França um tratado para
resolver a Questão do Amapá, com arbitragem da Suíça. Em virtude de doença,
passou o exercício do governo ao vice-presidente Manuel Vitorino Pereira, de 10
de novembro de 1894 a 5 de março seguinte. Sofreu um atentado por um soldado
fanático a 5 de novembro de 1897, no qual tombou mortalmente o Ministro da
Guerra, Marechal Machado Bittencourt, que defendeu o presidente. No seu governo
iniciou-se o conflito de Canudos. Faleceu em 1902.
CURIOSIDADE: Ao chegar ao Rio de
Janeiro para tomar posse após vencer as eleições de 1894, em vez de honrarias,
Prudente de Morais (1894-1898) foi ignorado pelo governo que se despedia.
Ninguém o recebeu na Central do Brasil, onde desembarcou. Foi preciso contar
com a solidariedade de um amigo para conseguir uma carruagem velha e alugada
para levá-lo até a posse. Na lista de apelidos do presidente, estava ''Prudente
Demais'', já que ele dizia que era ''Prudente pelo nome, prudente por
princípios e por hábito''.
4- MANUEL FERRAZ DE CAMPOS
SALES
( Campos Sales ) 1898 – 1902
( Campos Sales ) 1898 – 1902
Nasceu em Campinas, São
Paulo, a 13 de fevereiro de 1841, filho de Francisco de Paula Sales e D. Ana
Cândida de Sales. Bacharelou-se em Direito na Faculdade de São Paulo. Foi
deputado provincial pelo Partido Liberal em 1867. Aderiu ao Partido
Republicano, sendo um dos signatários do Manifesto republicano de 1870. Foi
eleito deputado geral em 1885. Proclamada a República, foi Ministro da Justiço da
Governo Provisório. Senador na Constituinte de 1890, interrompeu o mandato por
Ter sido eleito presidente do Estado de São Paulo. Eleito Presidente da
República, de 15 de novembro de 1898 à 15 de novembro de 1902, visitou a
Argentina em caráter oficial, passando o exército do Governo a Francisco de
Assis Rosa e Silva de 19 de outubro a 08
de novembro de 1900. O seu governo caracterizou-se pela atenção dada à situação
financeira do País. Antes de assumir o Governo, visitou a Europa, onde entrou
em entendimento com os credores, estabelecendo uma severa política fiscal a
cargo do Ministro da Fazenda Joaquim Murtinho. Para fortalecer o Governo
estabeleceu a chamada "política dos governadores", pela qual as
bancadas dos Estados prestigiadas pelos chefes das unidades teriam o
reconhecimento assegurado em troca de apoio que dariam ao Governo Federal. A
severidade na cobrança dos impostos diminuiu-lhe a popularidade, mas, ao deixar
o Governo, as finanças se encontravam em boas situações. Em 1906, voltou a
ocupara a cadeira de senador por São Paulo. Faleceu a 28 de junho de 1913.
5- FRANCISCO DE PAULA
RODRIGUES ALVES
( Rodrigues Alves )
( Rodrigues Alves )
1902 – 1906
Nasceu em Guaratinguetá,
São Paulo, a 07 de junho de 1841. Estudou no Colégio Pedro Segundo,
bacharelou-se em Letras e diplomou-se na Faculdade de Direito de São Paulo.
Pertencia ao Partido Conservador pelo qual foi eleito deputado provincial e
geral. Foi presidente da Província de São Paulo em 1887, recebendo o título de
Conselheiro. Aderindo a República, foi deputado à Constituinte em 1890. Em 1891
foi nomeado a Ministro da Fazenda sob o Governo de Marechal Floriano. Em 1893
foi eleito senador por seu Estado, renunciando em 1894, para ocupar a pasta da
Fazenda no Governo Prudente de Morais. Foi o negociador da consolidação dos
empréstimos externos ( funding-loan ) com os banqueiros ingleses Rothschild.
Foi eleito presidente de São Paulo em 1900 e presidente da República em 1902.
Governou o País de 15 de novembro de 1902 a 15 de novembro de 1906. Durante o
seu mandato realizou-se a reforma urbana do rio de Janeiro sob os planos do
Engenheiro Pereira Passos e o saneamento da cidade, extinguiu-se a febre
amarela pela ação do higienista Osvaldo Cruz. Sua administração financeira foi
das mais bem-sucedidas. Deixou a Presidência com grande prestígio, sendo
chamado "O Grande Presidente". Em 1912, foi novamente eleito
Presidente de São Paulo. Em 1916, voltou a ocupar uma cadeira no Senado
Federal, representando seu Estado. Em 1919, único exemplo da nossa história,
foi eleito Presidente da República, não se empossando por motivo de doença.
Faleceu no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1919, estando no exercício do
cargo o vice-presidente Delfim Moreira.
6- AFONSO AUGUSTO MOREIRA
PENA
( Afonso Pena ) 1906 – 1909
( Afonso Pena ) 1906 – 1909
Nasceu em Santa Bárbara,
em Minas Gerais, a 30 de novembro de 1947. FOI aluno do Colégio Caraça,
dirigido pelos Padres Lazaristas. Bacharelou-se e doutorou-se em Direito pela
Faculdade de São Paulo. Foi deputado provincial e geral pelo Partido Liberal e
ministro de várias pasta durante a Monarquia, recebendo o título de
Conselheiro. Aceitando a República, foi constituinte do Estado de Minas Gerais
e, em seguida, seu presidente. Durante o governo de Rodrigues Alves, presidiu o
Banco do Brasil, e ocupou a vice-presidência da República. Foi eleito
presidente a 01 de março de 1906. Suas principais obras foram: representação do
Brasil na Conferencia de Haia; construção de mais de 4 mil Km de ferrovias;
incentivo à indústria e o povoamento do solo. Com a morte do governador de
Minas, João Pinheiro, seu sucessor natural, criou-se um impasse político.
Afonso Pena tentou lançar o nome de seu Ministro David Campista, ao qual se
contrapôs o nome do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca. Em meio à
crise sucessória, Afonso Pena faleceu, no Palácio do Catete, a 14 de junho de
1909.
CURIOSIDADE: O mineiro Affonso Penna
(1906-1909) foi o sexto presidente da República e o primeiro a morrer durante o
mandato. Mais: foi o primeiro presidente a morrer no Palácio do Catete, sede do
governo na capital carioca, onde Getúlio Vargas se suicidaria em 1954. Affonso
Penna sempre teve uma boa saúde, mas, ao perder o filho, ficou profundamente
abalado. Além disso, o então presidente enfrentou sérios embates envolvendo sua
sucessão presidencial. Uma forte gripe o deixou bastante debilitado
7-NILO PROCÓPIO PEÇANHA
( Nilo Peçanha ) 1909 – 1910
( Nilo Peçanha ) 1909 – 1910
Nasceu a 02 de outubro de
1867 em Campos, Estado do Rio de Janeiro. Estudou Direito em São Paulo e depois
no Recife, onde se formou. Participou das campanhas abolicionista e
republicana, iniciando sua vida política em 1890 ao ser eleito a Assembléia
Constituinte. Em 1903 foi sucessivamente senador e presidente do Estado do Rio,
permanecendo neste cargo até 1906 quando foi eleito, na chapa de Afonso Pena,
vice-presidente da República. Em 1909, com a morte de Afonso Pena, assumiu a
Presidência. Embora curto, o seu governo foi marcado pela agitação política em
razão a suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano
Conservador. Em conseqüência da campanha civilista, tornaram-se mais agudos os
conflitos entre as oligarquias estaduais, sobretudo de Minas Gerais e São
Paulo. Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria,
Serviço de Proteção ao Índio e inaugurou no Brasil e ensino técnico
profissional. Ao fim de seu mandato, voltou ao Senado e dois anos mais tarde
foi eleito a presidência do Estado, cargo que renunciou em 1917 para assumir a
pasta das Relações Exteriores. Eleito novamente senador em 1918, encabeçou em
1921 a chapa de Movimento Reação Republicana, que tinha por objetivo contrapor
o liberalismo político contra a política vigente das oligarquias estaduais.
Morreu em 1924 no Rio de Janeiro afastado da vida política.
8- Hermes Rodrigues da
Fonseca
( Hermes da Fonseca ) 1910 – 1914
( Hermes da Fonseca ) 1910 – 1914
Militar, nasceu em São
Gabriel, Rio Grande do Sul, em 1855, e era sobrinho de Marechal Deodoro da
Fanseca. Em 1889, Hermes da Fonseca participou da Revolta Republicana com
Marechal Deodoro. De quem foi ajudante – de – campo e secretário militar.
Dirigiu o Arsenal da Guerra da Bahia, fundou e dirigiu a Escola dos Sargentos,
durante o governo de Floriano Peixoto. A 15 de novembro de 1910 venceu a
campanha civilista que apoiava Rui Barbosa e assumiu a Presidência da
República. Logo após sua posse várias revoltas eclodiram e foram combatidas
pelas tropas governamentais. Ainda durante o seu governo iniciou-se a política
de "salvações iniciais", sério de intervenções militares nos Estados,
visitando ao expurgo de elementos da oposição, cujo prestígio combatia com a
autoridade da Presidência. Depois de deixar a Presidência, foi eleito senador
pelo Parido Republicano Conservador ( PRC ), mais não assumiu. Em 1922
envolveu-se na Revolta do Forte de Copacabana, sendo preso por seis meses, ao
fim dos quais retirou-se para Petrópolis, onde morreu em 9 de setembro de 1923.
CURIOSIDADE: Hermes da Fonseca
(1910-1914), sobrinho do marechal Deodoro, teve sua imagem ofuscada pela sua
mulher, a primeira-dama Nair de Tefé. Ela é considerada por alguns autores a
primeira caricaturista mulher do mundo. Assinava seus desenhos sob o pseudônimo
''Rian'' (Nair de trás para frente). Nair costumava promover saraus no Palácio
do Catete com músicos populares. Em um desses recitais, foi lançada a música
''Corta Jaca'', de sua amiga Chiquinha Gonzaga. Tais episódios, vistos como
vulgares, causavam escândalo nos altos círculos sociais e ira de figuras
proeminentes, como Rui Barbosa. Outra curiosidade sobre o então presidente é
que ele tinha fama de azarado. Tanto que o povo lhe deu o apelido de "Dudu
da Urucubaca"
9- Venceslau Brás Pereira
Gomes
( Venceslau Brás ) 1914 – 1918
( Venceslau Brás ) 1914 – 1918
Nasceu em São Caetano da
Vargem Grande, hoje Brasópolis, antigo Distrito de Itajubá, Minas Gerais, a 26
de fevereiro de 1868. Mineiro, vice-presidente de Hermes da Fonseca. Sua
carreira política foi rápida e intensa: deputado estadual de 1892 a 1898;
secretário do Interior do governo de Minas Gerais de 1898 a 1902; deputado
federal de 1903 a 1908 e Presidente do Estado de Minas Gerais de 1909 a 1910,
completando o mandato do falecido João Pinheiro. Candidato único à eleição.
Governou durante toda a Primeira Guerra Mundial. Os conflitos estaduais se
seguiram. Enfrentou a Campanha do Contestado no Paraná. Terminado o mandato,
retirou-se da vida pública e faleceu a 15 de maio de 1966 em Itajubá, Minas
Gerais.
10- Delfim Moreira da Costa
Ribeiro
( Delfim Moreira ) 1918 – 1919
( Delfim Moreira ) 1918 – 1919
Nasceu em Cristina, Minas
Gerais, em 1868. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi
deputado estadual de 194 a 1902, sendo nomeado secretário do Interior de Minas
Gerais pelo Governador Francisco Sales,
permanecendo no cargo de 1902 a 1906. No ano seguinte foi eleito senador
estadual e, em 1909, deputado federal, cargo a que renunciou um ano depois,
quando foi novamente nomeado Secretário do Interior de Minas Gerais. Presidente
deste Estado em 1914, ocupou o cargo até 1918, quando foi eleito
vice-presidente na capa de Rodrigues Alves. Como o presidente eleito não
pudesse assumir, Delfim Moreira foi empossado e manteve o ministério que
Rodrigues Alves nomeara. Seu estado de saúde, com tudo também, não era bom, e
foi Afrânio de Melo Franco, ministro da Viação, quem assumiu temporariamente os
encargos do Governo. Após o falecimento de Rodrigues Alves, Delfim Moreira
assumiu a Presidência. No seu governo, o
Brasil se fez representar na Conferência de Paz, em Paris, pelo senador
Epitácio Pessoa, eleito Presidente da República a 13 de maio, em disputa como
candidato da oposição, Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do
exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo em 28 de julho de 1919, voltado à
vice-presidência. Morreu em 1 de julho de 1920.
11- Epitácio Lidolfo da Silva
Pessoa
( Epitácio Pessoa ) 1919 – 1922
( Epitácio Pessoa ) 1919 – 1922
Nasceu em Umbezeiro, Paraíba, em 23 de maio de
1865. Ministro da Justiça no governo de Campos Sales: exerceu simultaneamente o
cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e procurador-geral da República
de 1902 a 1905.Foi eleito Presidente da República, tomando posse em 28 de julho
de 1919, em substituição de Rodrigues Alves, que falecera antes de tomar posse.
Ao deixar a Presidência da República, foi eleito Ministro da Corte Permanente
da Justiça Internacional do Haia, mandato que exerceu até novembro de 1930.
Seus principais atos como Presidente da República foram: a construção de açudes
no nordeste; a criação da Universidade do Rio de Janeiro – a primeira do
Brasil; a comemoração do primeiro Centenário da Independência, e a inauguração da
primeira estação de rádio. Durante seu mandato o País sofreu grave crise
econômico-financeira, sendo contratado um empréstimo com a Inglaterra para
fazer frente a uma terceira valorização do café. A sua administração foi
marcada por greves e agitações políticas, como a da Bahia, Maranhão e
Pernambuco – A que respondeu com intervenção federal. A nomeação de ministros
civis para as pasta militares deu inicio a uma crescente insatisfação que
culminou com o fechamento do Clube Militar e a prisão de seu presidente, o
Marechal Hermes da Fonseca. O levante do Forte de Copacabana, em 5 de julho de
1922, da Escola Militar do Rio de Janeiro, e da guarnição de Mato Grasso, foi
declarado estado se sítio por 30 dias, prorrogado, sucessivamente, até 1926,
faleceu em 13 de fevereiro de 1942.
12- Artur da Silva Bernardes
( Artur Bernardes ) 1922 - 1926
( Artur Bernardes ) 1922 - 1926
Nasceu em Viçosa, Minas
Gerais, em 8 de agosto de 1875. Em 15 de novembro de 1922, Artur Bernardes foi
eleito com o apoio de São Paulo e Minas para a Presidência da República depois
de acirrada campanha, cujo candidato oposicionista era Nilo Peçanha, que
contava com o apoio da "Reação Republicana", formada pelos estados da
Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e o Partido Republicano do Rio Grande do Sul.
O governo de Artur Bernardes foi marcado por vários movimentos revoltosos,
como: a Revolta no Rio Grande do Sul contra a continuidade de Borges de
Medeiros no Governo do Estado; a Revolta em São Paulo, chefiada por Isidoro
Dias Lopes e promovida pelos "Tenentes"; a coluna Prestes – Miguel
Costa – União das Duas Colunas Revolucionárias de Paulistas e Gaúchos; o Motim
de Couraçado São Paulo, que ameaçava bombardear o Palácio do Catete. Enfrentou
a Revolta do Forte de Copacabana, conseqüência direta dos problemas com os
militares. Teve início o movimento Tenentista. No final de seu mandato, em
1926, o Presidente conseguiu fortalecer o Poder Executivo através de uma
reforma na Constituição de 1891.Governou
sob Estado de Sítio durante 44 meses. Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de março
de 1955
13- Washington Luís Pereira de
Souza
( Washington Luís ) 1926 - 1930
( Washington Luís ) 1926 - 1930
Nasceu no Rio de Janeiro,
mas eleito por São Paulo, procurou concentrar poderes em suas mãos e pacificar
o país. Libertou presos políticos e diminuiu a censura à imprensa. Suspendeu o
Estado de Sítio. Propagou um discurso anticomunista. A Quebra da Bolsa de Nova
York, em 1929, levou à baixo todos os seus projetos econômicos. O preço do café
desabou, levando a uma crise séria. Lançou Júlio Prestes, paulista, para sua
sucessão, quebrando a ordem do Café com Leite. Não terminou seu mandato, sendo
deposto por Getúlio Vargas, que liderou a Revolução de 30. Faleceu em São Paulo
a 4 de agosto de 1957.
República Nova
14-Getúlio Dornelles Vargas
(Getúlio Vargas)1930- 1945
(Getúlio Vargas)1930- 1945
Nasceu em São Borja, Rio
Grande do Sul. Bacharel em Direito, foi deputado estadual, deputado federal,
governador do Rio Grande do Sul e ministro da Fazenda no governo de Washington
Luís. Chefe do Governo Provisório organizado logo após a vitória da Revolução
de 1930, até 1934, quando foi eleito presidente da República pela Assembleia
Constituinte. Durante o Governo Provisório, o Código Eleitoral estabeleceu o
voto secreto, a Segunda Constituição Republicana, que, entre outras
determinações, instituiu o salário mínimo e a Justiça do Trabalho. Sob o
pretexto de um golpe comunista ( Plano
Cohen ), em 1937, Vargas dissolveu o Congresso e os partidos políticos.
Estabelecido o Estado Novo com o golpe, outorgou a Carta de 1937, que
fortaleceu o poder executivo. A economia brasileira foi dirigida no sentido de
atender aos interesses nacionais, com ênfase na diversificação agrícola e no
desenvolvimento industrial. Datam desse período a criação do Conselho Nacional
do Petróleo, o planejamento da Hidrelétrica de São Francisco, a Companhia
Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda. Devido a Consolidação das Leis do
Trabalho e à valorização dos Institutos de Previdência Social. Vargas tornou-se
o líder dos trabalhadores. O fim da guerra ( 1939 – 1945 ) e a articulação liberal
exigiam a redemocratização do País. No início de 1945, pelo Ato Adicional e
outras medidas. Vargas autorizou eleições para presidente e para uma Assembleia
Constituinte. Decrescentes, as Forças Armadas forçaram a sua renúncia em 29 de
outubro de 1945.
15-Eurico Gaspar Dutra (
Eurico Dutra )
1946 - 1951
1946 - 1951
Nasceu em Cuiabá, Mato
Grosso, no dia 18 de maio de 1883. Eleito com larga vantagem Dutra assumiu o
Governo no mesmo dia em que instalou a Assembléia Constituinte ( 31 de janeiro
de 1946 ).A promulgação da Quarta
Constituição republicana ( 18 de setembro do mesmo ano ) foi o fato mais
relevante do seu governo. A Carta estabeleceu a responsabilidade do Presidennte
e de seus ministros de Estados perante o Congresso e assegurou aos cidadãos os
direitos do liberalismo político além de manter os direitos adquiridos,
anteriormente, pelos trabalhadores. Em seu governo foram construídas a rodovia
Rio – São Paulo ( Via Dutra ) e a Companhia Hidrelétrica de São Francisco. As
revelações diplomáticas com a URSS foram cortadas e foram caçados os direitos
do Partido Comunista Brasileiro ( PCB ) . Faleceu no Rio de Janeiro em 11 de
junho de 1974.
CURIOSIDADE: O general Eurico Gaspar
Dutra (1946-1951) era chamado de ''catedrático do silêncio'' por falar pouco.
Na verdade, o que o então presidente queria era evitar constrangimento, já que
sofria de um problema de dicção que o fazia trocar o som do ''s'' e do ''c''
por ''x''. Mas não adiantou, já que seu jeito de falar foi mote para caricaturas
e paródias. Dona Santinha, sua mulher, teve papel de destaque em seu governo,
com grande influência sobre o marido e sobre o que acontecia no governo. Muitos
atribuem a ela a proibição do jogo no país. Polêmica, forçava a nomeação de
parentes para cargos públicos. Dona Santinha morreu em 1949, no Palácio
Guanabara
16-Getúlio Dornelles Vargas
( Getúlio Vargas ) 1951 - 1954
( Getúlio Vargas ) 1951 - 1954
Após a sua renúncia em
1945, Vargas foi eleito senador ao mesmo tempo por São Paulo e por Rio Grande
do Sul e a deputado federal por seis Estados. Em 1950, concorreu à Presidência
da República, tendo como candidato a vice João Café Filho. Eleito com 48.7% dos
votos, tomou posse em 31 de janeiro de 1951. Durante o seu governo foi criada a
Petrobrás. Diante da agitação política e de um atentado ao líder da oposição e
jornalista Carlos Lacerda, Vargas sofreu pressões de vários segmentos para
renunciar, terminando por suicidar-se em 24 de agosto de 1954, no Palácio do
Catete.
CURIOSIDADE: Segundo relatos, o pequeno
presidente (de 1,60 m) era muito bom de garfo. Gaúcho genuíno, seu prato
predileto era o churrasco. Getúlio Vargas (1930-1945 / 1951-1954) tinha enorme
apetite por carne vermelha. Também apreciava frango cozido ou assado, mas
deixava as refeições mais frugais para os jantares com a família. O que nunca
dispensava era um robusto charuto cubano depois do café. Além disso, gostava de
bilhar e golfe. Em um dos trechos de seu diário, faz referência ao hábito de
jogar pingue-pongue todos os dias após o almoço com sua mulher, dona Darcy
17-João Café Filho ( Café
Filho ) 1954 - 1955
Nasceu em Natal, Rio
Grande do Norte, no dia 3 de fevereiro de 1899. Eleito deputado federal em 1934
e em 1945, foi, na Câmara, um dos mais destacados parlamentares, participando
ativamente da vida política nacional. Como resultado de uma coalizão política,
foi indicado pelo PSP candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas.
Após a morte de Vargas, o vice-presidente assumiu. Facilitou ainda mais a
penetração do capital externo, o que descontentou os nacionalistas e o
operariado. Café Filho foi depois ministro do Tribunal de Contas do Estado de
Guanabara e faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.
18-Nereu de Oliveira Ramos
( Nereu Ramos ) 1955 – 1956
( Nereu Ramos ) 1955 – 1956
Nasceu em Lajes, Santa Catarina, em 3 de
setembro de 1888. Assumiu com a hospitalização do Presidente Café Filho e o
impedimento decretado a seu substituto Carlos Luz, foi empossado Nereu Gomes na
Presidência da República. Seu Mandato se deu sob o estado de sítio e em 31 de
janeiro de 1956 passou o cargo ao presidente eleito Juscelino Kubitschek,
assumindo o Ministério da justiça. Em 1957, deixou este cargo, voltando ao Senado. Faleceu em 16 de junho de
1958, em um desastre aéreo.
19-Juscelino Kubitschek de
Oliveira
(Juscelino Kubitschek ) 1956 - 1961
(Juscelino Kubitschek ) 1956 - 1961
Nasceu em Diamantina,
Minas Gerais, em 12 de setembro de 1902, habilidoso em contornar crises sem
muita violência ou repressão. Encampou o projeto "50 anos em 5",
falando em modernizar amplamente o país. Construiu a Rodovia Belém – Brasília;
impulsionou a indústria automobilística; empreendeu, no setor hidrelétrico, as
gigantescas obras de Furnas e de Três Marias; auxiliou a expansão da Petrobrás.
Sua grande realização, entretanto, foi a fundação de Brasília. Terminou seu
mandato enfrentando uma enorme dívida externa e uma galopante inflação.
Entregou a Presidência em 1961 a Jânio Quadros. No governo de Jânio foi eleito
senador por Goiás. Em 1964 seu mandato foi caçado e seus direitos políticos
suspensos por 10 anos. Faleceu em desastre de automóvel quando vinha de São
Paulo para o Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1976.
CURIOSIDADE: Boêmio, Juscelino Kubitschek
(1956-1961) tinha hábitos extravagantes. Seu café da manhã era farto. Gostava
de filé bem passado, leite, café, mel, pão e manteiga na primeira refeição do
dia. Por ser um dos pratos que mais apreciava, uma receita de picadinho leva
seu nome como homenagem. Outra mania do então presidente era tirar os sapatos
em reuniões em que estivesse sentado
20-Jânio da Silva Quadros
( Jânio Quadros ) 1961
( Jânio Quadros ) 1961
Nasceu em Campo Grande,
Mato Grosso, em 25 de janeiro de 1917. Com carreira brilhante na política
paulista, Jânio apresentou-se para a eleição com uma força enorme, atraindo
votos de todo tipo de eleitor. Já empossado, não conseguiu contentar estes
setores, com uma política econômica de sacrifícios e uma política externa de
independência vista como perigosa. Renunciou em agosto de 1961, à espera de ser
aclamado pelo exército e pela burguesia. Perdeu seu cargo.
CURIOSIDADE: Jânio
(1961) não foi dos presidentes mais simpáticos. A fama de irritadiço vinha de
quando era criança. Conta-se que arremessou um tinteiro na cabeça de um colega
de escola quando tinha apenas sete anos. Como governador de São Paulo, proibiu
que se tocasse rock and roll nos bailes. Se tanta rabugice era pouca, na
Presidência Jânio foi à desforra. Proibiu desde o uso de maiôs em concursos de
beleza e de biquínis nas praias até corridas de cavalo em dias úteis, brigas de
galo e espetáculos de hipnose em locais públicos. Mas o presidente, apelidado
de "vassourinha" por causa de um jingle de campanha eleitoral, também
tinha um lado romântico. Segundo uma entrevista de Hebe Camargo em 1987, o
ex-presidente a assediou com tal insistência que a apresentadora chegou a
marcar um encontro com ele, mas não compareceu
21-João Belchior Marques Goulart
( João Goulart - Jango ) 1961-1964
( João Goulart - Jango ) 1961-1964
Nasceu em São Borja, Rio
Grande do Sul, em 1 de março de 1919, vice de Jânio, quase foi impedido de
tomar posse. Adotou-se então um sistema parlamentarista, em que se tirava o
centro do poder das mãos do presidente. Este regime durou até 1963, onde,
através de um plebiscito, Jango recuperou o sistema presidencialista e retomou
sua atuação. Apoiando-se nos trabalhadores, sugeriu reformas de base para
diminuir os abismos sociais do Brasil. Foi visto como representante do perigo
comunista e deposto em 1964. Morreu no exílio no dia 6 de dezembro de 1976, no município argentino de Mercedes,
vítima de um ataque cardíaco.
CURIOSIDADE: Conhecido como Jango
(apelido comum na região Sul do Brasil para quem se chama João), o presidente
João Goulart (1961-1964) era boêmio e gostava de pescar. Quando Jânio Quadros
renunciou à Presidência, Jango estava na China. Ao voltar ao Brasil, esperou em
Porto Alegre o Congresso decidir se ele assumiria o cargo vago ou não.
Ministros militares vetavam a ascensão do vice de Jânio. Conta-se que Jango
passou uma noite em um sofá do Palácio Piratini, aguardando a decisão
Movimento Militar de 1964
22-Marechal Humberto de
Alencar Castelo
Branco ( Castelo Branco ) 1964 - 1967
Branco ( Castelo Branco ) 1964 - 1967
Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 20 de setembro de 1897.O Supremo Comando da Revolução fez com que o Congresso o elegesse, em 11 de abril de 1964,assumindo o governo no dia 15 do mesmo mês, para uma presidência provisória. Seu ministério era formado por membros da linha dura do exército, e administradores que tomaram para si o projeto de saneamento das finanças. O presidente ganhou o poder de governar com decretos-lei, e contava com os Atos Institucionais para tirar a oposição do caminho. Havia forte repressão às manifestações contrárias às atitudes do governo. Faleceu em um desastre aéreo, em 18 de julho de 1967, após haver deixado a Presidência.
23-Marechal Artur Costa e
Silva
( Costa e Silva ) 1967 - 1969
( Costa e Silva ) 1967 - 1969
Nasceu em Taquari, no Rio
Grande do Sul, a 3 de outubro de 1902. Seu governo representou um período de
uma ditadura ainda mais repressiva. Decretou o Ato Institucional n 5, e fechou
o Congresso por dez meses. Fortaleceu os radicais da ala militar. Foi afastado
da presidência por uma trombose cerebral. Assumiu uma Junta Militar, que nomeou
o próximo presidente. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 17 de dezembro de 1969,
vítima de um distúrbio circulatório. A partir de sua doença o governo foi
exigido interinamente por uma junta militar composta pelo ministros do
Exército, Marinha e Aeronáutica, que passaram o poder ao Presidente Emílio
Garrastazu Médici.
24-General Emílio Garrastazu
Médici
( Garratazu Médici ) 1969 - 1974
( Garratazu Médici ) 1969 - 1974
Nasceu em Bagé, Rio Grande
do Sul, a 4 de dezembro de 1905. Com a enfermidade do Presidente Costa e Silva, foi indicado e
eleito pelo Congresso Nacional para a Presidência da República. Governou sob o
clima do Milagre Econômico, que entusiasmou a classe média. A divulgação de
seus projetos pela televisão criaram um clima de ufanismo nacional. A vitória
na Copa de 70, por exemplo, foi utilizada como símbolo do futuro de sucesso do
Brasil. Investiu em grandes obras de necessidade duvidosa, como a rodovia
Transamazônica. Ao mesmo tempo, os militares tiveram que enfrentar a reação de
grupos que encontraram na luta armada o caminho de oposição à ditadura. Os
êxitos econômicos do "Milagre" justificaram o rígido controle
político – ideológico, mantido durante o seu mandato. Faleceu em 9 de outubro
de 1985.
CURIOSIDADE: Durante todo o seu
mandato, Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) concedeu apenas uma entrevista à
imprensa, que foi transmitida em cadeia nacional. Ligado à chamada "linha
dura" do Exército, exigiu, às vésperas da Copa do Mundo de 1970, que o
centroavante Dadá Maravilha fosse convocado. João Saldanha, técnico da equipe
canarinho, teria se negado a cumprir a ordem do sumo mandatário com a frase:
"Eu não escalo o ministério, e ele não escala a seleção". Saldanha,
que era esquerdista e integrante do Partido Comunista, acabou perdendo a vaga para
Zagallo. O "Velho Lobo" convocou Dadá, que foi reserva no time
tricampeão no México
25-General Ernesto Geisel (
Geisel )
1974 - 1979
1974 - 1979
Nasceu em Bento Gonçalves,
no Rio Grande do Sul, no dia 3 de agosto de 1908. Foi lançado oficialmente candidato à
Presidência em 18 e julho de 1973, vencendo o pleito do Colégio Eleitoral em 15
de janeiro de 1974. Assumiu a presidência logo após a Crise do Petróleo, que
encontrou um Brasil otimista e despreparado para enfrentá-la. Mesmo assim
manteve construção de obras gigantescas, como a ponte Rio-Niterói e a Usina
Nuclear em Angra dos Reis. Iniciou o processo de abertura política, pressionado
pelos opositores e pela opinião pública. Entre suas principais realização
destacam-se o reatamento das relações com a China; o II Plano Nacional de
Desenvolvimento, visando ao desenvolvimento do País; a busca de novas fontes de
energia, realizando o acordo nuclear com a Alemanha e criando os contratos de
risco com a Petrobrás; início do processo de redemocratização do País. Em 1979,
passou o Governo ao General João Batista de Oliveira Figueiredo.
Nasceu no Rio de Janeiro
em 15 de janeiro de 1918. Com o general – exército, foi escolhido pelo seu
partido – ARENA – candidato à Presidência, obtendo a vitória pelo Colégio
Eleitoral em 15 de outubro de 1978, prometendo "a mão estendida em
conciliação". Como presidente, discursou na ONU, a 27 de setembro de 1979,
onde criticou os autos juros impostos pelos países desenvolvidos que impediam
os demais de crescerem. Último
presidente do regime militar, deu seqüência ao processo de abertura. Em 1979
assinou a Lei de Anistia, que permitia o retorno de exilados políticos ao
Brasil. Governou sob grave recessão econômica, acompanhada de numerosas greves.
Ao final de seu governo, os políticos da oposição estavam extremamente
prestigiados.
CURIOSIDADE: Apelidado de "João do
Povo", João Baptista Figueiredo (1979-1985) contou com uma campanha para a
popularização de seu nome. Uma surpreendente aparição diante das câmeras
fazendo exercícios apenas de sunga ajudou a alavancar sua imagem. Eleito,
sofreu enquanto esteve na cadeira presidencial devido às fortes dores nas
costas que o acometiam. O pretenso "João do Povo" da época da
candidatura acabou legando à história dos presidentes do Brasil a impopular
frase de que preferia o "cheiro de seus cavalos" ao "cheiro do
povo". Em uma entrevista de despedida do governo, foi instado a deixar uma
mensagem à população. "Que me esqueçam", disse Figueiredo
27- Em 1984, foi substituído no Governo por José Sarney, vice –
presidente de Tancredo Neves, eleito indiretamente pelo Congresso Nacional.
Redemocratização
28-José Ribamar Ferreira de
Araújo Costa
( José Sarney ) 1985 - 1990
( José Sarney ) 1985 - 1990
Nasceu no Rio de Janeiro,
no dia 12 de agosto de 1949. Primeiro presidente brasileiro eleito por voto
direto depois da ditadura militar e o único, até agora, a sofrer um processo de
Impeachment. Foi com um discurso anti-corrupção e modernizador. Implantou o
Plano Collor, que revoltou a população ao impedir saques de contas particulares
e poupanças nos bancos acima de uma determinada quantia. Abriu o mercado para a
entrada de produtos estrangeiros. Mesmo buscando manter uma imagem de herói
junto à população, sofreu um processo de Impeachment por corrupção e renunciou
ao seu cargo. De volta a Brasília, escolhe São Paulo como domicílio eleitoral e
anuncia a intenção de concorrer para a Prefeitura da cidade em 2000.
CURIOSIDADE: Fernando Collor
(1990-1992) é lutador de karatê e amante da velocidade. Ele dirigiu uma Ferrari
a mais de 200 km/h em uma fábrica italiana, pilotou um caça da Aeronáutica e
andava de jet sky no Lago Paranoá, em Brasília. Antes de ser presidente do
Brasil, Collor foi presidente do CSA, time mais popular do Estado de Alagoas
30-Itamar Augusto Cautieiro
Franco
( Itamar Franco )1992 - 1994
( Itamar Franco )1992 - 1994
Nasceu em 1930, abordo de
um navio que fazia a rota Salvador – Rio de Janeiro, e passou a infância em
Juiz de Fora, Minas Gerais. Vice de Fernando Collor de Melo, assumiu a
presidência em caráter definitivo, em 29 de dezembro de 1992, após sua
renúncia. Enfrentando novamente o retorno da inflação, deu início ao processo
de desindexação que levou ao Plano Real, no mandato seguinte. Deixou o mandato
em 1 de janeiro de 1995, com índice de popularidade entre os mais altos da
República.
CURIOSIDADE: Uma curiosidade bem
conhecida do ex-presidente Itamar Franco (1992-1994) era seu gosto pelo Fusca.
Não se sabe se foi por um capricho pessoal, pela vontade franca de ressuscitar
um carro popular ou para agradar a ex-namorada Lislie, que tinha um modelo 1981
do veículo. Fato é que Itamar trouxe de volta o Fusca para o Brasil no início
de seu governo, em 1993. O modelo havia deixado de ser produzido no país em
1986. Menos conhecidas eram as superstições de Itamar. Não usava terno marrom.
Em viagens de avião, jamais se sentava do lado da janela e não usava meias ou
sapatos pretos durante os voos. Também em eleições, tinha seus caprichos:
votava pontualmente às 16h45
31-Fernando Henrique Cardoso
( FHC )
1994 – 2003
1994 – 2003
radicado em São Paulo, nasceu em 18 do junho de 1931, assumiu
prometendo vincular o projeto econômico com o social. Implementou o Plano Real,
que reduziu significativamente a inflação. Iniciou o processo de privatização
das empresas estatais, enfrentando protestos. Conseguiu aprovar no Congresso
Nacional várias emendas à Constituição, inclusive a que permite a sua própria
reeleição.
CURIOSIDADE: Com fama de ser vaidoso,
Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) também gosta de helicópteros. Em
entrevista a uma rádio de Nova York, em 2006, três anos após deixar o Palácio
do Planalto, falou sobre o tempo de presidente. "Acima de tudo, eu tenho
de dizer, talvez seja bobagem, mas eu gosto de helicópteros e, como presidente,
eu tinha helicópteros para me levar para lá e para cá. Não mais"
32-Luiz Inácio Lula da Silva
(Lula) 2003 – 2011
Nascido em Garanhuns (PE)
em 1945, filho de lavradores, mudou-se em 1952 para Santos, no litoral do
Estado de São Paulo. Tornou-se metalúrgico aos 15 anos, foi presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e liderou algumas
greves operárias que o projetaram como líder do movimento sindical brasileiro.
É cofundador e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), pelo qual
disputou as eleições à presidência da república, perdendo por três vezes
seguidas e conseguindo se eleger em sua quarta tentativa, no ano de 2002. Lula
bateu recordes de popularidade durante seu governo e uma das marcas de seu
mandato foi a criação de programas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família.
CURIOSIDADE: No livro ''Viagens com o
presidente'', os jornalistas Eduardo Scolese e Leonencio Nossa contam que Luiz
Inácio Lula da Silva (2003-2010) fala palavrões com uma frequência fora do
comum. Em uma viagem a Tóquio, por exemplo, durante um jantar, Lula disse:
"tem horas, meus caros, que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a
p*** que o pariu. É verdade. Eu tenho mesmo". O ex-presidente também era
conhecido pelas grandes festas juninas que dava na Granja do Torto. Entre os
convidados, ministros e assessores próximos. Todos vestidos a caráter, conforme
pedia a primeira dama, dona Marisa. Além disso, Lula possui dotes culinários:
sua especialidade é coelho ao vinho, mas ele não leva jeito para fazer arroz
33-Dilma Rousseff 2011 – até 31/08/2016
Economista, nascida no ano
de 1947 em Belo Horizonte (MG), tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo de
presidente do Brasil, em 2011. Durante o governo do presidente Lula, Dilma
assumiu os ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil. Disputou pela
primeira vez as eleições à presidência da república no ano de 2010. Seu
primeiro mandato foi marcado pela continuidade e ampliação dos programas
sociais e também por escândalos de corrupção que acabaram despertando uma onda
de protestos da população em todas as regiões do país. Dilma se reelegeu no ano
de 2014.
CURIOSIDADE: Já na Presidência, uma
estripulia de Dilma Rousseff (2011-atual) repercutiu em toda a imprensa. A
presidente conseguiu driblar os seguranças e saiu de moto pelas ruas de
Brasília. ''Coloquei o capacete e saí andando pelas ruas'', contou a presidente
para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. À época, o Palácio do
Planalto
afirmou a presidente não tem carteira de habilitação.
MICHEL TEMER: MANDATO DE 31/08/2016 ATÉ 31/12/2018
Michel Miguel Elias Temer
Lulia é um político, advogado e escritor brasileiro, atual presidente da
República Federativa do Brasil após o impeachment da titular, Dilma Rousseff.
À época, Dilma não
conseguiu reunir o apoio político necessário no Congresso para evitar a
abertura do processo de impeachment. Ao assumir temporariamente a chefia do
país, Temer formou uma nova base aliada, encabeçada pelo PMDB e composta,
principalmente, por ex-aliados do PT, como PP, PR e PSD, e por adversários de
Dilma, entre os quais PSDB, DEM e PPS.
As primeiras críticas ao
presidente surgiram já no dia em que ele assumiu interinamente o comando do
país devido ao perfil do novo ministério. Não havia mulheres nem negros no
primeiro escalão indicado pelo peemedebista.
Imediatamente, o novo
ministério passou a ser alvo de ataques nas redes sociais e nos movimentos
sociais. Uma semana depois, na tentativa de minimizar as críticas, o presidente
recebeu no Palácio do Planalto 20 parlamentares mulheres de vários partidos de
sua base aliada.
No campo político, Temer
tentou imprimir mudanças rápidas para marcar a diferença de estilo em relação à
gestão da antecessora. Ex-presidente da Câmara, o novo presidente passou a
negociar a votação de projetos diretamente com as bancadas do Congresso
Nacional.
Ele também passou a
receber, quase que diariamente, uma romaria de deputados e senadores no Palácio
do Planalto para afagar os aliados políticos.
Em um esforço para
assegurar o apoio do Legislativo, Temer passou a ter encontros frequentes com
os presidentes da Câmara e do Senado, incluindo cafés da manhã, almoços e
jantares. Essa aproximação com os chefes do Legislativo foi fundamental para o
governo aprovar, no ano passado, a emenda constitucional que estabeleceu um
limite para os gastos públicos.
PRESIDENTE JAIR MESSIAS BOLSONARO
PRESIDENTE JAIR MESSIAS BOLSONARO
Jair Bolsonaro (1955) é capitão
da reserva do Exército e presidente eleito do Brasil. Filiado ao Partido Social
Liberal (PSL), foi eleito o 38º presidente do Brasil, para o mandato de 2019 a
2022, com 55,13% dos votos.
Jair Messias Bolsonaro nasceu em
Campinas, São Paulo, no dia 21 de março de 1955. Filho de Perci Geraldo
Bolsonaro e de Olinda Bonturi, ambos descendentes de famílias italianas. Foi
aluno da Escola Preparatória de Cadetes do Exército, de Campinas. Em 1977
formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, Rio de Janeiro.
Cursou a Brigada de Paraquedismo do Rio de Janeiro. Em 1983 formou-se no curso
de Educação Física do Exército. Chegou à patente de Capitão.
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Fonte caricaturas: pinterest.com
Texto: Mundo Vestibular
Curiosidades: Presidentes
do Brasil,
de Fábio Koifman; Guia dos Curiosos;
Folha de S.Paulo
Um trabalho bem feito como esse, e nenhum comentário. Um povo que não conhece sua história está fadado a repetir os erros do passado.
ResponderExcluirÉ verdade editor. Obrigada pelo elogio. Volte sempre, será bem-vindo.
ExcluirHá muito não vejo um trabalho tão bem feito e necessário. Terei o maior prazer em divulgá-lo, se eu puder compartilhar. Aplausos para a professora Isabel Aguiar!
ResponderExcluirGrata Heloisa!
ExcluirSeu blog está fazendo parte dos meus favoritos na preparação de minhas aulas. Muito bem feito e com ótimo nível na pesquisa. Parabéns!
ResponderExcluir